Produção leiteira de ovelhas Texel submetidas a suplementação
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12500Palavras-chave:
Agroindústria; Ovinocultura; Pecuária familiar; Queijo ovino.Resumo
A ovinocultura brasileira representa um importante segmento dentro da pecuária nacional, gerando emprego e renda ao longo da cadeia produtiva. Dentro deste segmento a produção de leite ovino ainda é incipiente no Brasil, porém apresenta grande potencial pela capacidade de agregação de valor ao produto através da produção de derivados, apreciado em mercados consumidores diferenciados. O objetivo deste estudo foi avaliar a produção leiteira de ovelhas Texel, manejadas em campo nativo recebendo suplementação. Foram utilizadas 17 ovelhas adultas, manejadas em campo nativo recebendo 1% de ração comercial contendo 14% de proteína bruta. As ovelhas foram ordenhadas em duas oportunidades dentro do período de lactação, com auxílio de ordenhadeira mecânica e administração prévia de ocitocina. O manejo nutricional permitiu manutenção do escore de condição corporal. A produção leiteira foi considerável para o padrão da raça que não representa um biótipo leiteiro. O estudo permite inferir que existe potencial para utilização da raça Texel em sistemas de produção de leite ovino.
Referências
Ávila, V. S., Fruet, A. P. B., Barbieri, M., Bianchini, N. H. & Dörr, A. C. 2013. O retorno da ovinocultura ao cenário produtivo do Rio Grande do Sul. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, Santa Maria, 11(11), 2419-2426. https://doi.org/10.5902/22361170.
Bencini, R. & Puliuna, G. 1997. The quality of sheep milk: a review. Australian Journal of Experimental Agriculture. 45, 182 – 220. https://doi.org/10.1071/EA96014
Brito, M. A., González, F. D., Ribeiro, L. A., Campos, R., Lacerda, L., Barbosa, P. R. & Bergmann, G. 2006. Composição do sangue e do leite em ovinos leiteiros do sul do Brasil: variações na gestação e na lactação. Ciência Rural, Santa Maria, 36(3), 942-948. https://doi.org/10.1590/S0103-84782006000300033
Corradello, E. F. A. 1988. Criação de ovinos: antiga e contínua atividade lucrativa. São Paulo: Ícone. 124 p.
Doney, J. M., Peart, J. N, Smith, W. F. & Louda, F.. 1979. A consideration of the techniques for estimation of milk yeld by suckled sheep and a comparision of estimates obtained by two methods in relation to the breed, level of production and stage of lactation. Journal of Agricultural Science, 92(1), 123-132. https://doi.org/10.1017/S0021859600060573
Fontoura, E. A. B, Rodrigues, D. P., Damilano, A. S, Perez, H. S.A, Rosa, R. S, Tâmara, J. Q., Gomes, A. F.F., Corrêa, G. F. & Menezes, L. M. 2018. Composição química do leite de ovelhas Texel criadas extensivamente. VI Congreso Aupa - Asociación Uruguaya De Producción Animal. Tacuarembó, Uruguay.1, 25.
Fontoura, E. A. B, Tâmara, J. Q., Rodrigues, D. P., Maydana, G. M., Santos, R. M. L., Munhoz, M. L., Corrêa, G. F. & Menezes, L. Características da lactação de ovelhas Texel criadas extensivamente. Brazilian Journal of Development., Curitiba, 6(1),1586-1597. https://doi.org/10.34117/bjdv6n1-109
Gonzalo, C., Carriedo, J. A., Baro, J. A. & San Primitivo, F. Factors influencing variation of test day milk yield, somatic cell count, fat and protein in dairy sheep. Journal of Dairy Science, 77, 1537-1542. https://doi.org/10.3168/jds.S0022-0302(94)77094-6.
Guyoti, V. M. Efeito da esquila durante a gestação no metabolismo de ovelhas e cordeiros na fase pós nascimento. 2013. 76 f. Dissertação (Mestrado em ciências veterinárias) – Faculdade de veterinária. Programa de pós-graduação e ciências veterinárias, Porto Alegre.
Kalantzopoulos, G., Dubeuf, J. P., Vallerand, F., Piris, A., Casalta, E., Lauret, A. & Trujillo, A. Characteristics of sheep and goat milks: quality and hygienic factors for the sheep and goat dairy sectors. Bulletin-International Dairy Federation, 390, 17-24, 2004. https://hal.inrae.fr/hal-02672240
Luquet, F.M. La leche: de la mama a la lechería. Zaragoza: Acribia, 1991. 195p.
Maisi, P. Milk NAGase, CMT and antitrypsin as indicators of caprine subclinical mastitis infections. Small Ruminant Research, 3, 493- 501.
https://doi.org/10.1016/0921-4488(90)90080-P
Menezes, L. M., Fontoura, E. A. B., Damilano, A. S., Rosa, R. S., Perez, H. A., Gomes, A. F. F., Cunha, P. T., Chagas, R. A., Corrêa, G. F. Desempenho de cordeiros Texel e Corriedale mantidos em azevém em fim de ciclo. Revista electrónica de Veterinaria. 18(12):1-9. 2017. https://doi.org/10.34117/bjdv6n1-353
Morais, O. R. de. Produção de leite de ovelhas no Brasil. 2013. In: 4. Simpósio Internacional De Bovinocultura Leiteira. Viçosa, MG: UFV. 317-324.
Pires, C. C., Silva, L. F., Farinatti, L, H. E., Peixoto, L. A. O., Fübner, M. C. & Cunha, M. A. Crescimento de cordeiros abatidos com diferentes pesos. 2. Constituintes corporais. Ciência Rural, Santa Maria, 30(5), 869-873, 2000. https://doi.org/10.1590/S0103-84782000000500022
Rabassa, V. R., Tabeleão, V. C., Schneider, A., Menezes, L. M., Schossler, E., Severo, N., Schwegler, E., Goulart, M. A., Del Pino, F. A. B., Nogueira, C. E. W. & Corrêa, M. N. 2009. Avaliação metabólica de ovelhas de cria mantidas em campo nativo durante o período de outono/inverno. Revista Brasileira de Agrociência, 15(1-4), 125-128. https://doi.org/ 10.18539/cast.v15i1-4.1999
Ribeiro, E. L. A., Mizubuti, I. Y., Rocha, M. A., Silva, L. D. F., Bergamo, H., Mori, R. M., Podleskis. M. R. & Ferreira, D. L. 2004. Uso da ocitocina na estimativa de produção e composição do leite de ovelhas Hampshire Down. Revista Brasileira de Zootecnia, 33(6), 1833-1838. https://doi.org/10.1590/S1516-35982004000700022
Roda, D. S., Dupas, W., Santos, L. E., Feitoza, A. S. L.& Bianchine, D. 1987. Produção de leite de ovelhas Ideal e Corriedale e desenvolvimento do cordeiro. Boletim de Indústria Animal, Nova Odessa, SP, 44(2), 297-307. http://www.iz.sp.gov.br/pdfsbia/1379440677.pdf
Russel, A. J. F., Doney, J. M., Gunn, R. G. Subjective assessment of body fat in live sheep. Journal of Agricultural Science, 72, 451-454.
https://doi.org/10.1017/S0021859600024874
Scholz, W. 1997. Elaboración de quesos de oveja y de cabra. Zaragoza: Acribia, 145p.
Siqueira, E. R. Recria e terminação de cordeiros em confinamento. In: Silva Sobrinho, A. G., Batista, A. M. V., Ortolani, E. L. 1996. (Eds.). Nutrição de ovinos. Jaboticabal: FUNEP, 175-212.
Souza, A. C. K., Osório, M. T., Osório, J. C. S., Oliveira, N. M., Vaz, C. M. S., Souza, M., Corrêa, G. F. Produção, composição química e características físicas do leite de ovinos da Raça Corriedale. Revista Brasileira de Agrociência, 11(1), 73 -77.
https://doi.org/ 10.18539/cast.v11i1.1173
Susin, I. 1996. Exigências nutricionais de ovinos e estratégias de alimentação. In: Silva Sobrinho, A. G. et al. (Eds.). Nutrição de ovinos. Jaboticabal: FUNEP. p. 119-141.
Zeppenfeld, C. C., Pires, C. C., Muller, L., Cunha, M. A., Carvalho, S., & Bandeira, A. H. 2007. Produção e composição do leite ovino durante as sete primeiras semanas de lactação. Zootecnia Tropical, 25(2), 77-81. http://ve.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0798-72692007000200003
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Leonardo de Melo Menezes; Eduarda Arteche Berón da Fontoura; Joziéli Quevedo Tâmara; Michelle da Luz Munhoz; Dinah Pereira Rodrigues; Alex Fabiano Fernandes Gomes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.