Assistência pré-natal em serviços públicos de saúde do Estado do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12543Palavras-chave:
Saúde Materna; Assistência Pré-natal; Qualidade da assistência à saúde.Resumo
Objetivo: analisar a assistência pré-natal em serviços públicos de três Regionais de Saúde do Paraná. Metodologia: transversal, descritivo, quantitativo, recorte de uma coorte prospectiva, realizado em serviços de saúde da 9ª., da 10ª. e da 17ª. regionais, de julho de 2017 a março de 2018, com 1.211 mulheres. Utilizado prontuário materno, cartão de gestante e instrumento com informações socioeconômicas, demográficas e variáveis do pré-natal, agrupados e analisados estatisticamente no programa SPSS v20.0. Resultados: predominância de mulheres entre 19 e 34 anos (78,1% na 9ª., 80,5% na 10ª. e 77,6% na 17ª.); renda familiar de 1 a 3 salários mínimos (67,8% na 9ª., 62,9% na 10ª. e 63% na 17ª.); 99% aderiram ao pré-natal nas 3 Regionais, com início até 14 semanas (81,6% na 9ª., 69,6% na 10ª. e 79,0% na 17ª.); 80% das gestantes realizaram 6 ou mais consultas, com classificação de risco habitual (65,5% na 9ª., 62,8% na 10ª. e 53,1% na 17ª.); baixas taxas de encaminhamentos a serviço especializado (14,9% na 9ª., 27,5% na 10ª. e 28,7% na 17ª.) com tempo de espera maior (47,2%) de 29 dias na 17ª; na 17ª destaca-se baixa realização de citologia oncótica e consulta odontológica em apenas 59,5% e 63,2%, respectivamente. Conclusão: a assistência pré-natal nos serviços públicos de saúde, de modo geral, atende às determinações do Ministério da Saúde, porém, faz-se necessário que os gestores proporcionem capacitações assertivas aos profissionais envolvidos, para implementação adequada dos protocolos nacionais visando desfechos positivos do período gravídico-puerperal.
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