Aspectos microbiológicos e imunológicos relacionados à colonização e infecção de pacientes por Acinetobacter baumannii resistente em ambiente nosocomial
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12650Palavras-chave:
Acinetobacter baumannii; Resistência bacteriana; Imunologia; Antibioticoterapia.Resumo
Introdução: Conforme avançamos no desenvolvimento de antimicrobianos, observamos novas formas de resistência bacteriana decorrente da seletividade proveniente do uso irracional destes fármacos. Emerge uma espécie capaz de causar graves infecções especialmente em ambiente nosocomial: Acinetobacter baumannii. Ao produzir mecanismos de resistência, adapta-se a meios menos favoráveis, o que o torna pauta de debates mundiais no que tange ao futuro da antibioticoterapia por ser responsável por altas taxas anuais de mortalidade decorrente de infecções hospitalares. Apesar disso, há escassez de dados epidemiológicos que promovam a conscientização, especialmente no Brasil. Objetivo: Reunir informações acerca dos aspectos imunológicos decorrentes da colonização por esta bactéria e mecanismos de defesa envolvidos nos casos de indivíduos infectados. Metodologia: Revisão de literatura através da análise de artigos dos bancos Pubmed e Scielo, obteve-se informações sobre formas de transmissão, doenças associadas, reações imunológicas causadas e principais formas de resistência. Resultados: Frequentemente, as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) brasileiras detectam casos de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Nos casos em que as cepas de Acinetobacter baumannii são responsáveis, geralmente apresentam resistência aos antimicrobianos disponíveis, causando altos custos financeiros no tratamento e taxa de mortalidade de aproximadamente 47% por conta da fragilidade imunológica e realização de procedimentos invasivos. Conclusão: O paciente colonizado por A. baumannii se torna um agente de transmissão indireta de patógeno ao ambiente hospitalar e as infecções são severas, portanto, elucidar os modos de transmissão e perfil de resistência é de extrema relevância clínica e epidemiológica, considerando a escassez de dados epidemiológicos.
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