Gêneros discursivos: conceitos e desenvolvimentos teóricos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12718

Palavras-chave:

Gêneros discursivos; Sociorretórica; Sociosemiótica; Teorias.

Resumo

Com sua origem nas últimas três décadas do século XX, sob forte influência da revolução tecno-linguística, surge uma linguagem de natureza enunciativa com mais semioses do que usualmente, trazendo consigo, uma variada gama de gêneros discursivos, permeados por arranjos sociais, com diferentes características composicionais e propósitos comunicativos. É por meio dos gêneros discursivos que a comunicação é estabelecida através da língua. A partir de uma pesquisa bibliográfica, este artigo tem como objetivo apresentar semelhanças e distinções entre as diversas abordagens de teorias de gêneros abarcando, em especial a teoria de Bakhtin (1997), a abordagem sociossemiótica de Hasan (1995), Martin (1984) e Kress (1997) e a abordagem sociorretórica de Swales (1990), Miller (1994) e Bazerman (1994). A partir deste trabalho foi possível estabelecer um paralelo, considerando os desenvolvimentos teóricos sobre os gêneros discursivos cunhado por diferentes autores e os conceitos que vêm enriquecendo as pesquisas na área da Linguística e da Linguística Aplicada. Essa discussão teórica, apresenta-se dividida em duas seções sendo a primeira sobre o conceito e a segunda sobre os desenvolvimentos teóricos acerca das perspectivas de gêneros discursivos.

Biografia do Autor

Valéria Iensen Bortoluzzi, Universidade Franciscana

Possui graduação em Letras Português Inglês e Respectivas Literaturas, mestrado e doutorado em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (2001 e 2008 respectivamente). Atualmente é professor Adjunto da Universidade Franciscana (UFN, RS). Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Análise Crítica do Discurso, atuando principalmente nos seguintes temas: linguagem e (multi)letramentos. Atua nos cursos de Letras Língua Portuguesa e Letras Português e Inglês e no Mestrado em Ensino de Humanidades e Linguagens. É coordenadora pedagógica e auditora de materiais didáticos da UFN Digital da Universidade Franciscana.

Taís Steffenello Ghisleni, Universidade Franciscana

Doutorado em Comunicação (POSCOM - UFSM). Possui Graduação em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda (Unijuí), Especialização em Ciência do Movimento Humano - Laboratório de Comunicação, Movimento e Mídia (UFSM) ; e Mestrado em Engenharia de Produção (UFSM). Atualmente integra o corpo docente do Mestrado em Ensino de Humanidades e Linguagens e também do Curso de Publicidade e Propaganda na Universidade Franciscana (UFN) atuando principalmente nos seguintes temas: estratégias comunicacionais, publicidade digital, ensino e tecnologias.

Referências

Alves, M. A. (2011). Da hermenêutica filosófica à hermenêutica da educação. Acta Scientiarum, 33 (1), 17-28. doi: 10.4025/actascieduc.v33i1.11265

Bakhtin, M. M. (1997). Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes.

Balocco, A. E. (2005). A perspectiva teleológica de Martin para a análise dos gêneros textuais. In: Meurer, J. L.; Bonini, A. & Motta-Roth, D. (org.). Gêneros teorias, métodos e debates. São Paulo: Editora Parábola.

Bawarshi, A. S.; Reiff, M. J. (2013). Gênero: história, teoria, pesquisa, ensino. São Paulo: Editora Parábola.

Bazerman, C. (1994). Systems of genres and the Enactement of Social Intentions. In: Freedman, A. & Medway, P. (orgs.). Genre and The New Rethoric. London: Taylor & Francis.

Bazerman. C. (2005). Atos de fala, gêneros textuais e sistema de atividades: como os textos organizam atividades e pessoas. In: Dionísio & Hoffnagel (Org.). Gêneros textuais, tipificações e interações. São Paulo: Cortez.

Berger, P. L. & Luckmann, T. (2003). Os fundamentos do conhecimento na vida cotidiana. A construção social da realidade. Rio de Janeiro: Vozes.

Carvalho, G. (2005). Gênero como ação social em Miller e Bazerman: o conceito, uma sugestão metodológica e um exemplo de aplicação. In: Meurer, J. L.; Bonini, Adair & Motta-Roth, Désirée (org.). Gêneros teorias, métodos e debates. São Paulo: Editora Parábola.

Dell’isola, R. L. P. (2007). Retextualização de gêneros escritos. Rio de Janeiro: Lucerna.

Eggins, S. (2004). An introduction to systemic functional linguistics. Londres: Continuum.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, p. 45.

Halliday, M. A. K. (1985). An Introduction to Functional Grammar. London: Edward Arnold.

Halliday, M. A. K. & Hasan, R. (1989). Language, Context and Text: Aspects of Language in a Social-Semiotic Perspective. Oxford: Oxford Univerity Press.

Hasan, R. (1995). The Conception of Context in Text. In Fries, P., Gregory, M. (org.). Discourse in Society: Sistemic Functional Perspectives. Meaning and Choice in Language: Studies for Michael Halliday. Norwood: Ablex.

Hemais, B. & Biasi-Rodrigues, B. (2005). A proposta sociorretórica de John M. Swales para o estudo de gêneros textuais. In: Meurer, J. L.; Bonini, Adair & Motta-Roth, Désirée (org.). Gêneros teorias, métodos e debates. São Paulo: Editora Parábola.

Hoffnagel, J. (2012). Gênero textual, agência e tecnologia: estudos. Gênero como ação social. São Paulo: Parábola Editorial.

Hyland, K. (2003). Genre-Based Pedagogies: A Social Response to Process. Journal of Second Language Writing 12, China.

Júnior, O. V. & Lima-Lopes, R. E. (2005). A perspectiva teleológica de Martin para a análise dos gêneros textuais. In: Meurer, J. L.; Bonini, A.; Motta-Roth, D. (org.). Gêneros teorias, métodos e debates. São Paulo: Editora Parábola.

Kress, G. Leite-Garcia, R. & Van leeuwen, T. (1997). Discourse Semiotics. In: Van Dijk, T. A. (org.). Discourse as Social Interaction. London: Sage.

Lüdke, M.; André, M.E.A. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo, EPU.

Marcuschi, Luiz Antonio. (2008). Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial.

Martin, J. R. (1992). English Text: Systems and Structure. Philadelphia; Amsterdam: John Benjamins Publishing Company.

Martin, J.R. (1984). Language, register and genre. In: Cristie, F. Language studies: children’s writing: reader. Deakin University Press.

Miller, C. R. (1984). Genre as social action. Quarterly Journal of Speech, 1984.

Miller, C. R. (1994). Rethorical Community: The Cultural Basis of Genre. In: Freedman, A.; Medway, P. (org). Genre and the New Rethoric. London: Taylor & Francis.

Motta-Roth, D. & Heberle, V. M. (2005). O conceito de “estrutura potencial de gênero” de Ruqayia Hasan. In: Meurer, J. L.; Bonini, A.; Motta-Roth, D. (org.). Gêneros teorias, métodos e debates. São Paulo: Editora Parábola

Pereira, A. S. et al. (2018) Metodologia da Pesquisa Científica. Santa Maria: [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM.

https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/358/2019/02/Metodologia-da-Pesquisa-Cientifica_final.pdf

Pradanov, C. C. & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo. Feevale.

http://www.feevale.br/Comum/midias/8807f05a-14d0-4d5b-b1ad-1538f3aef538/Ebook%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientifico.pdf.

Swales, J. M. (1990). Genre Analysis: English in Academic and Research Settings. Cambridge: Cambridge University Press.

Downloads

Publicado

22/02/2021

Como Citar

SANTOS, G. B. de B. dos .; BORTOLUZZI, V. I. .; GHISLENI, T. S. . Gêneros discursivos: conceitos e desenvolvimentos teóricos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 2, p. e44810212718, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i2.12718. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12718. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais