Cálcio na produção e qualidade de sementes de couve-flor
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12763Palavras-chave:
Brassica oleracea var. botrytis; Cloreto de cálcio; Germinação; Vigor.Resumo
Existem pesquisas com uso de cálcio para produzir couve-flor de consumo comercial, mas para a produção de sementes não foram encontrados estudos. Este elemento é fundamental na fixação dos botões florais e portanto, na produção e qualidade das sementes. O objetivo foi avaliar o efeito da aplicação foliar de cálcio nos diferentes estágios fenológicos das plantas de couve-flor na produção e qualidade de sementes. Foram estudados 11 tratamentos, variando número (1 a 4) de aplicações de cálcio (6 g L-1 de cloreto de cálcio) e estádios fenológicos (E1 = haste floral com 30 cm; E2 = abertura das primeiras flores; E3 = formação das primeiras síliquas; E4 = 50% de síliquas formadas), resultando nos seguintes tratamentos: T1 = controle sem aplicação de Ca; T2 = E1; T3 = E1 + E2; T4 = E1 + E2 + E3; T5 = E1 + E2 + E3 + E4; T6 = E2; T7 = E2 + E3; T8 = E2 + E3 + E4; T9 = E3; T10 = E3 + E4; T11 = E4). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições. Foram obtidas maior massa de sementes por planta nos tratamentos T10 (E3 + E4) e T11 (E4), com 42 e 48 g de sementes por planta, assim como maior número de sementes por planta, com 12.379 e 12.978 sementes, respectivamente, comparativamente ao controle (T1): 23 g e 5.725 sementes por planta. As aplicações de cálcio em diferentes estádios fenológicos não influenciaram a qualidade fisiológica (germinação e vigor) de sementes de couve-flor ‘Piracicaba Precoce’. Aplicação desses tratamentos em outras cultivares são promissores para novos estudos.
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