Sentença judicial proferida por força de prevaricação, concussão e corrupção do juiz: nulidade ou inexistência do ato jurídico?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12779Palavras-chave:
Inexistência jurídica; Nulidades; Sentença; Concussão; Corrupção; Prevaricação.Resumo
O presente estudo visa analisar a hipótese de cabimento do meio autônomo de impugnação conhecido como ação rescisória, quando configurada a hipótese do art. 966, I, do Código de Processo Civil, que trata da decisão proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz. O objetivo é investigar, sob uma ótica da escada ponteana dos planos do ato jurídico, se o defeito da decisão prolatada nessas circunstâncias fulmina a validade ou a própria existência do ato jurídico, alcançando-se, em desfecho, o entendimento pela segunda hipótese. Analisam-se os efeitos processuais decorrentes da referida constatação, mormente quanto ao instrumento cabível para impugnação. Utiliza-se, para tanto, o método dedutivo, onde se parte da possibilidade geral, contemplada no retromencionado dispositivo, para análise específica sob o prisma dos planos do ato jurídico. Tem objetivo metodológico em seu viés propositivo. O trabalho pautar-se-á em pesquisa bibliográfica e análise do texto legal, de jurisprudência e de artigos acadêmicos.
Referências
Alvim, T. A. (2019). Nulidades do Processo e da Sentença. (10a. ed). São Paulo: Thomson Reuters Brasil.
Bittencourt, C. R. (2015). Tratado de Direito Penal. Parte Especial. (2a.ed). São Paulo: Saraiva.
Buzaid, A. (1978) Da Responsabilidade do Juiz. Revista de Processo. (vol. 9/1978).
Caldas, F. D. A. (2016). Curso de Processo Civil: parte geral. São Paulo: Malheiros
Calmon de Passos, J. J. (1998). Comentários ao Código de Processo Civil. (8a. ed) Rio de Janeiro: Forense.
Carneiro, A. G. (2012). Jurisdição e competência. (18a. ed.) São Paulo: Saraiva
Carvalho, M. F.. (2013). A Ação Rescisória no Projeto de Novo Código de Processo Civil e uma sugestão de lege ferenda. Revista de Processo. (vol. 225/2013).
Cunha, M. F. & Freire, R. C. (2017) Novo Código de Processo Civil. (7a. ed.) Salvador: Juspodivm.
De Lucca, R. R. (2011). Querela nullitatis e réu revel não citado no processo civil brasileiro. Revista de Processo. (vol. 202). São Paulo: Ed. RT.
Dezem, G. M. (2020). Curso de Processo Penal. (6a. ed. rev., atual. e ampl.) São Paulo: Revista dos Tribunais
Didier Jr, F. (2017). Curso de Direito Processual Civil. (vol. 19.ed.). Ed. Salvador: Juspodvim.
Donizetti, E. (2017). Novo Código de Processo Civil anotado. (2a. ed.) São Paulo: Atlas.
Fônseca, V. (2018). Processo Civil e Direitos Humanos. São Paulo: Thomson Reuters Brasil.
Gajardoni, F. D. F (2000). Sentenças inexistentes e a querela nullitatis. Revista Jurídica da Universidade de Franca.
Godoy, A. S. (1995) Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. RAE - Revista de Administração de Empresas, São Paulo. (v. 35, n. 2)
Gomes Junior, L. M.; Lima, D. A. & Novak, M. S. (2020). Querela Nullitatis e Segurança Jurídica. Research, Society and Development. (vol. 9, n. 10)
Greco, R. (2019). Curso de Direito Penal: parte especial. (16a. ed.) Niterói, RJ: Impetus.
Grinover, A. P.; Dinamarco, C. R. & Cintra, A. C. A. (2015). Teoria Geral do Processo. São Paulo: Malheiros.
Hungria, N. (1997) Código Penal e sua interpretação jurisprudencial. (6a. ed.) São Paulo, Revista dos Tribunais.
Marinoni, L. G.& Mitidiero, D. (2017). Novo Código de Processo Civil Comentado. São Paulo: Revista dos Tribunais.
Marinoni, L. G.; Mitidiero, D. & Sarlet, I. W. (2018). Curso de Direito Constitucional. (7a. ed.) São Paulo: Saraiva Educação.
Marques, J. F. Instituições de Direito Processual Civil, (4ª. ed.), Rio de Janeiro.
Medina, J. M. G. (2014). Assessoramento de julgador não pode influenciar parcialidade. Conjur. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2014-mar-10/processo-assessoramento-julgador-nao-influenciar-parcialidade#_ftn8_8831. Acesso em: 31 out. 2020.
Medina, J. M. G. (2020). Código de Processo Civil comentado. (6a. ed.) São Paulo: Revista dos Tribunais.
Medina, J. M. G. (2020). Curso de Direito Processual Civil Moderno. (3a ed.). São Paulo: Revista dos Tribunais.
Mirabete, J. F. (2005) Dos sujeitos ativos nos Delitos de corrupção. Revista dos Tribunais. (vol. 834).
Nery Jr, N. (2017). Princípios do Processo na Constituição Federal. (13a. ed.). São Paulo: Revista dos Tribunais.
Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Pontes De Miranda, F. C. (1974). Tratado de direito privado. (4a ed). São Paulo: RT
Prado, L. R.; Carvalho, E. M.& Carvalho, G. M.. (2015) Curso de Direito Penal Brasileiro. (14a. ed.) São Paulo: Revista dos Tribunais.
Tesheiner, J. M. (2001). Eficácia da sentença e coisa julgada no processo civil. São Paulo: Ed. RT.
Theodoro Junior, H.. (1980) Nulidade, Inexistência e Rescindibilidade da Sentença. Revista de Processo. (vol. 19).
Watanabe, K.. (1980). Controle jurisdicional e mandado de segurança contra atos judiciais. São Paulo: Revista dos Tribunais.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 José Miguel Garcia Medina; Mariana Sartori Novak; Diogo de Araujo Lima
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.