Ideação suicida em adolescentes em situação de vulnerabilidade social
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12808Palavras-chave:
Adolescência; Saúde mental; Vulnerabilidade social; Ideação suicida.Resumo
Objetivo: Identificar entre adolescentes em situação de vulnerabilidade social os que apresentam ideação suicida. Método: Estudo de abordagem quantitativa, corte transversal e descritivo, realizado com adolescentes, com idades 12 a 18 anos, em situação de vulnerabilidade social e façam parte de uma Organização Não Governamental. Para a coleta de dados foram utilizados os instrumentos: questionário estruturado e Escala de Avaliação do Risco de Suicídio de Columbia. Resultados: A maioria dos adolescentes é do sexo feminino, vivem em famílias com média de cinco pessoas, com renda de até um salário mínimo. Dentre os entrevistados 17 adolescentes afirmaram que nunca desejaram estar morto ou nunca pensaram em se matar, enquanto, 13, revelaram a presença de ideação suicida. Todos os adolescentes entrevistados vivem em famílias com média de cinco pessoas, com renda de até um salário mínimo e mais de 50% dos adolescentes responderam que seus pais são casados ou têm uma união estável. A maior parte dos responsáveis possui ensino fundamental incompleto e 15% desses estão em situação de desemprego. Conclusão: Frente à gravidade da temática, é necessário pensar em intervenções eficazes que possam detectar precocemente a presença de ideação suicida nos adolescentes.
Referências
Abasse, M. L. F., Oliveira, R. C. D., Silva, T. C. & Souza, E. R. D. (2009). Análise epidemiológica da morbimortalidade por suicídio entre adolescentes em Minas Gerais, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 14(2), 407-16.
Abreu, K. P. D., Lima, M. A. D. D. S., Kohlrausch, E. R., & Soares, J. D. S. F. (2010). Comportamento suicida: fatores de risco e intervenções preventivas. Revista Eletrônica de Enfermagem. Goiânia. 12(1), 195-200.
Araújo, L. D. C., Vieira, K. F. L. & Coutinho, M. D. P. D. L. (2010). Ideação suicida na adolescência: um enfoque psicossociológico no contexto do ensino médio. Psico-USF, 15(1), 47-57.
Arruda Silva, M. F. & Siqueira, A. C. (2017). O perfil de adolescentes com comportamentos de autolesão identificados nas escolas estaduais em Rolim de Moura-RO. Revista farol, 3(3), 5-20.
Avanci, J. Q., Assis, S. G., Oliveira, R. V., Ferreira, R. M. & Pesce, R. P. (2007). Fatores associados aos problemas de saúde mental em adolescentes. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 23(3), 287-294.
Avanci, R. D. C., Pedrão, L. J. & Costa Júnior, M. L. D. (2005). Perfil do adolescente que tenta suicídio em uma unidade de emergência. Revista brasileira de Enfermagem, 58(5), 535-539.
Azevedo, A. & Matos, A. P. (2014). Ideação suicida e sintomatologia depressiva em adolescentes. Psicologia, Saúde & Doenças, 15(1), 179-190.
Baggio, L., Palazzo, L. S. & Aerts, D. R. G. D. C. (2009). Planejamento suicida entre adolescentes escolares: prevalência e fatores associados. Cadernos de Saúde Pública, 25, 142-150.
Baptista, M. N., Baptista, A. S. D. & Dias, R. R. (2001). Estrutura e suporte familiar como fatores de risco na depressão de adolescentes. Psicologia: ciência e profissão, 21(2), 52-61.
Borges, V. R. & Werlang, B. S. G. (2006). Estudo de ideação suicida em adolescentes de 15 a 19 anos. Estudos de Psicologia (Natal), 11(3), 345-351.
Borsa, J. C. & Nunes, M. L. T. (2017). Aspectos psicossociais da parentalidade: o papel de homens e mulheres na família nuclear. Psicologia Argumento, 29(64).
Brasil, M. (2014). Atenção psicossocial a crianças e adolescentes no SUS: tecendo redes para garantir direitos. Ministério da Saúde, Conselho Nacional do Ministério Público.
Campos, H. R. & Francischini, R. (2003). Trabalho infantil produtivo e desenvolvimento humano. Psicologia em Estudo, 8(1), 119-129.
Chechi, P. & Dias, A. C. G. (2003). Comunicação em famílias com filhos adolescentes. Disciplinarum Scientia Saúde, 4(1), 143-156.
Coelho, M. D. R. P. & Alves, D. O. I. M. (2015). O menor aprendiz: contrato de aprendizagem e o desenvolvimento social nas relações de trabalho. Revista Científica da FACERB, Rio Bonito, 2 (1), 21-44.
Conte, M., Meneghel, S. N., Trindade, A. G., Ceccon, R. F., Hesler, L. Z., Cruz, C. W. & Jesus, I. (2012). Programa de Prevenção ao Suicídio: estudo de caso em um município do sul do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 17, 2017-2026. & Saúde Coletiva, 17, 2017-2026.
Costa, I. A. N. C. D. (2012). Adolescência: Ideação suicida, depressão, desesperança e memórias autobiográficas (Doctoral dissertation, ISPA-Instituto Universitário das Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida).
Cunha, A. D. J. D. (2013). A importância das atividades extracurriculares na motivação escolar e no sucesso escolar (Doctoral dissertation, [sn]).
Dias, C. N. & Pereira, E. R. (2016). Hip Hop na ONG: os sentidos produzidos por crianças e adolescentes em oficinas de danças. Horizonte Científico, 10 (1), 1-18.
Eisenstein, E. (2005). Adolescência: definições, conceitos e critérios. Adolescência e saúde, 2(2), 6-7.
Fernandes, F. Y., Freitas, B. H. B. M. D., Marcon, S. R., Arruda, V. L. D., Lima, N. V. P. D., Bortolini, J. & Gaíva, M. A. M. (2020). Tendência de suicídio em adolescentes brasileiros entre 1997 e 2016. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 29, e2020117.
Franklin, J. C., Ribeiro, J. D., Fox, K. R., Bentley, K. H., Kleiman, E. M., Huang, X. & Nock, M. K. (2017). Risk factors for suicidal thoughts and behaviors: a meta-analysis of 50 years of research. Psychological bulletin, 143(2), 187.
Merten Fernandes, V. & Grasel Zacharias, D. (2016). Adolescência, suicídio e redes de apoio: o desejo de morte enquanto grito pela vida. Jornada de Pesquisa em Psicologia.
Muza, G. M., Bettiol, H., Muccillo, G. & Barbieri, M. A. (1997). Consumo de substâncias psicoativas por adolescentes escolares de
Ribeirão Preto, SP (Brasil). I-Prevalência do consumo por sexo, idade e tipo de substância. Revista de saúde pública, 31(1), 21-29.
Gaspari, V. P. P., Botega, N. J. (2002). Rede de apoio social e tentativa de suicídio. J. bras. psiquiatr, 51(4), 233-240.
Lima Braga, L. & Dell'Aglio, D. D. (2013). Suicídio na adolescência: fatores de risco, depressão e gênero. Contextos Clínicos, 6(1), 2-14.
Martins, P. D. O.; Trindade, Z. A. & Almeida, Â. M. D. O. (2003). O ter e o ser: representações sociais da adolescência entre adolescentes de inserção urbana e rural. Psicologia: Reflexão e crítica, 16(3), 555-568.
Moreira, L. C. D. O. & Bastos, P. R. H. D. O. (2015). Prevalência e fatores associados à ideação suicida na adolescência: revisão de literatura. Psicologia Escolar e Educacional, 19(3), 445-453.
World Health Organization (WHO). (2006). Prevenção do suicídio: Um recurso para conselheiros. Genebra: OMS. http://www. who. int/mental_health/media/counsellors_portuguese. pdf.
Organização Mundial da Saúde (OMS). (2012). Ação de saúde pública para a prevenção de suicídio: uma estrutura.
Pereira, A. S., Willhelm, A. R., Koller, S. H. & Almeida, R. M. M. D. (2018). Fatores de risco e proteção para tentativa de suicídio na adultez emergente. Ciência & Saúde Coletiva, 23, 3767-3777.
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologi-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Pessalacia, J. D. R., Menezes, E. S. D. & Massuia, D. (2010). A vulnerabilidade do adolescente numa perspectiva das políticas de saúde pública. Bioethikos, 4(4), 423-30.
Poli, L. C. & Poli, L. M. A família contemporânea: reflexões sobre o casamento homoafetivo à luz dos princípios constitucionais. Nomos: Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFC, 33(1).
Polli, R. G. & Arpini, D. M. (2012). O olhar de meninos de grupos populares sobre a família. Estudos de Psicologia (Campinas), 29(4), 531-540.
Posner, K., Brown, G. K., Stanley, B., Brent, D. A., Yershova, K. V., Oquendo, M. A. & Mann, J. J. (2011). The Columbia–Suicide Severity Rating Scale: initial validity and internal consistency findings from three multisite studies with adolescents and adults. American journal of psychiatry, 168(12), 1266-1277.
Quiroga, F. L. & Vitalle, M. S. D. S. (2013). O adolescente e suas representações sociais: apontamentos sobre a importância do contexto histórico. Physis: revista de saúde coletiva, 23, 863-878.
Rodrigues, M. E. D. S., Silveira, T. B. D., Jansen, K., Cruzeiro, A. L. S., Ores, L., Pinheiro, R. T. & Souza, L. D. D. M. (2012). Risco de suicídio em jovens com transtornos de ansiedade: estudo de base populacional. Psico-USF, 17(1), 53-62.
Schoen-Ferreira, T. H., Aznar-Farias, M. & Silvares, E. F. D. M. (2010). Adolescência através dos séculos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(2), 227-234.
Setti, L. A. P. (2011). Suicídio: uma reflexão discursiva e as possibilidades de ações preventivas a partir dos fatores de riscos. Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Programa de Pós–Graduação Stricto Sensu em Saúde Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do Trabalho. Itajaí, Santa Catarina, SC, Brasil.
Silva, A. M. B. & Enumo, S. R. F. (2016). Teses e Dissertações Brasileiras Sobre Fatores de Risco e Proteção, Vulnerabilidade e Resiliência na Adolescência. Revista Brasileira Adolescência e Conflitualidade, (14), 13-20.
Silva, M. N. (2010). A exploração do trabalho da criança e do adolescente e o contrato de trabalho do menor-aprendiz em conformidade com a CLT e a garantia do acesso à educação. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF, 17.
Silva, R. G. D. (2008). Ideação suicida: A influência da vinculação e do bem-estar psicológico (Doctoral dissertation).
Teixeira, C. M. F. S. (2002). A escola como espaço de prevenção ao suicídio de adolescentes–relato de experiência. Revista Inter Ação, 27(1), 99-114.
Zangirolami-Raimundo, J., Echeimberg, J. O. & Leone, C. (2018). Tópicos de metodologia de pesquisa: Estudos de corte transversal. J Hum Growth Dev, 28(3), 356-60.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Bruna Olivia Santos da Silva; Marina Araújo Rosas; Keise Bastos Gomes da Nóbrega; Manuela Martins da Silva; Maria Gisele Cavalcanti de Oliveira; Juliana da Silva Cajueiro; Mayara Silva Gadelha; Naianna Ribeiro Mocelin dos Santos; Sayonara Queiroz Coelho; Mariza Maria Fabrício; Ivo de Andrade Lima Filho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
