A extensão universitária no Brasil e seus desafios durante a pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.12991Palavras-chave:
COVID-19; Ensino; Extensão; Instituições de ensino superior.Resumo
O cenário atual, permeado por desafios devido à pandemia da COVID-19, fez com que as ações extensionistas promovidas por Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras tivessem que se readequar. O objetivo deste estudo é retratar os caminhos percorridos por tais instituições para adaptar ações já existentes e desenvolver novas que atendessem às necessidades encontradas. Esse trabalho caracteriza-se como pesquisa documental, descritiva, qualitativa e quantitativa sobre a extensão acadêmica durante a pandemia da COVID-19. Utilizou-se dados primários, em domínio público, como editais, regulamentos e notícias disponíveis nos websites das instituições, buscando-se responder variáveis pré-estabelecidas. A população (129) abarcou as IES federais e estaduais disponibilizadas no website do e-MEC, sendo a amostra 126. Como parte dos resultados encontrados, 87,5% das IES públicas optaram por continuar as ações de extensão durante 2020, com 87,9% sendo adaptadas e 71,8% com flexibilização das normas. As modalidades extensionistas, tais como projetos (90,3%), programas (75%), cursos (78,2%) e eventos (75%), foram expressivamente realizadas. Todavia, apenas 51% das IES apresentaram prestação de serviços. Ações destinadas ao enfrentamento da COVID-19 envolveram disponibilização de informações (34%), confecção/entrega de materiais destinados a prevenção (12%) e realização de atendimento aos casos (4%). 24% das instituições publicaram edital de extensão com vigência para 2021 com adequações à pandemia, enquanto 38% publicaram edital sem adequações. Conclui-se que a extensão foi adaptada às necessidades desencadeadas pela pandemia da COVID-19 e ações de enfrentamento foram desenvolvidas para amenizar o cenário pandêmico.
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