Avaliação do grau de estenose de narinas em cães braquicefálicos atendidos no Projeto Narizinho da Universidade Federal Fluminense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13098

Palavras-chave:

Síndrome braquicefálica; Cornetos nasais aberrantes; Vias aéreas anteriores.

Resumo

Afim de diagnosticar, classificar e associar o grau estenose de narinas à parâmetros epidemiológicos, foram avaliados 134 cães braquicefálicos atendidos no Projeto Narizinho -UFF. Destes 79 (59%) eram machos e 55 (41%) fêmeas, sendo observado uma estenose mais intensa em indivíduos do sexo masculino 58/79 (73%). A idade média dos animais foi de 2,7 anos, onde setenta e cinco por cento dos indivíduos entre dois e seis anos de idade apresentavam estenose grave de narinas. Os cães admitidos pertenciam às raças Buldogue francês, Buldogue Inglês, Pug e Shih tzu, com a maioria dos exemplares 90/134(67%), classificados com narinas gravemente estenosadas. A raça Buldogue francês foi a que apresentou maior percentagem de exemplares com o nível mais intenso de estenose de narinas 72% (57/79). Todos os animais da raça Pug foram diagnosticados com narinas estenóticas, sendo a segunda raça mais prevalente com obstrução da narina grave 62% (23/37). Entre os buldogues ingleses 50% apresentavam narinas gravemente estenosadas. A raça Shih Tzu foi a que exibiu um maior percentual de indivíduos sem estenose, 36% (5/14), não obstante a maioria dos indivíduos apresentavam uma grave obstrução das narinas 57% (8/14). Os diferentes graus de estenose de narinas causando a obstrução das vias aéreas anteriores em cães braquicefálicos está associado à raça e idade, dificultando o fluxo normal do ar até os pulmões, desta maneira impactando diretamente na sintomatologia clínica e qualidade dos animais.

Referências

Coppola, D. & Craven, B. (2013). The effects of naris occlusion on mouse nasal turbinate development. The Journal of experimental biology, 217, 12, 2044-2052.

Dupré, G. & Heidenreich, D. (2016). Brachycephalic Syndrome. Veterinary Clinics Small Animal, 1-17.

Geiger, M. & Haussman, S. (2016). Cranial sutureclosure in domestic dog breeds and its relationships to skull morphology. Anatomical Record, 299, 4, 412–420.

Grosso, F. V., Haar, G. T. & Boroffka S. (2015). Gender, weight, and age effects on prevalence of caudal aberrant nasal turbinates in clinically healthy english bulldogs: A computed tomographic study and classification. Veterinary Radiology and Ultrasound, 56, 5, 486–493.

Haimel, G. & Dupré, G. (2015). Brachycephalic airway syndrome: a comparative study between pugs and French bulldogs. Journal of Small Animal Practice, 56, 714-719.

Liu, N. C. et al. (2017). Conformational risk factors of brachycephalic obstructive airway syndrome (BOAS) in pugs, French bulldogs, and bulldogs. PLoS ONE, 12, 8, 1–24.

Liu, N. C. et al. (2016). Whole-Body Barometric Plethysmography Characterizes Upper Airway Obstruction in 3 Brachycephalic Breeds of Dogs. Journal of veterinary internal medicine / American College of Veterinary Internal Medicine, 853–865.

Kaye, B. M., Rutherford, L., Perridge, D. J. & Ter Haar, G. (2018). Relationship between brachycephalic airway syndrome and gastrointestinal signs in three breeds of dog. Journal of Small Animal Practice, 59, 11, 670–673.

Ladlow, J., Liu, N.C., Kalmar, L. & Sargan, D. (2018). Brachycephalic obstructive airway syndrome. Veterinary Record, 182, 13, 375–378.

Oechtering, G. U. et al. (2016). A Novel Approach to Brachycephalic Syndrome. 1. Evaluation of Anatomical Intranasal Airway Obstruction. Veterinary Surgery, 45, 2, 165–172.

Packer R. M. A., O'Neill D. G., Fletcher F., & Farnworth M. J. (2019). Great expectations, inconvenient truths, and the paradoxes of the dog-owner relationship for owners of brachycephalic dogs. Plos One, 14, 7, 1-23.

Packer, R. M A., Hendricks, A., Tivers, M. S. & Burn, C. C. (2015). Impact of facial conformation on canine health: Brachycephalic obstructive airway syndrome. PLoS ONE, 10, 10, 1–21.

Packer, R. M. A. & Tivers, M. S. (2015). Strategies for the management and prevention of conformation-related respiratory disorders in brachycephalic dogs. Veterinary Medicine: Research and Reports, 6, 219– 232.

Mendes Junior, A. F. et al. (2019). Hemogasometria arterial pré e pós-rinoplastia em cães braquicefálicos portadores de estenose de narina. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 71, 1, 137–142.

Roedler, R. S., Pohl, S. & Oechtering, G. U. (2013). How does severe brachycephalic affect dog’s lives? Results of a structured preoperative owner questionnaire. The Veterinary Journal, 198(3), 606– 10.

Schoenebeck, J. J. & Ostrander, E. A. (2013). The genetics of canine skull shape variation. Genetics, 193(2), 317–325.

Downloads

Publicado

09/03/2021

Como Citar

MENDES JUNIOR, A. F. .; SANTOS, G. S. L. B. dos .; DUARTE, P. C. de S.; HOTZ, M. R. .; CHALHOUB, F. L. L. .; ALMEIDA, V. G. F. de .; MOTHÉ, G. B.; SOARES, A. M. B.; ALMOSNY, N. . R. P. Avaliação do grau de estenose de narinas em cães braquicefálicos atendidos no Projeto Narizinho da Universidade Federal Fluminense. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 3, p. e13510313098, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i3.13098. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13098. Acesso em: 4 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas