Desafios da população indígena ao acesso à saúde no brasil: revisão integrativa de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13203Palavras-chave:
Povos Indígenas; Saúde Indígena; Atenção primária à saúde.Resumo
Este estudo teve como objetivo analisar os desafios enfrentados pela população indígena ao acesso à saúde. Trata-se de um estudo do tipo de revisão integrativa de literatura (RIL) pelo método de Ganong (1987), que propõe um processo de sistematização e análise dos dados, objetivando a compreensão do tema em estudo. Foram arrolados 11 artigos das bases de dados SciELO e LILACS, completos e com a temática sobre como se dá o enfrantamento da população indígena frente as dificuldades enfrentadas no acesso à saúde. Os indígenas tem enfrantado como principais dificuldades no tempo de permanência nas casas de apoio ou quando há necessidade de internação hospitalar; no rompimento da dieta, pois na aldeia baseia-se em alimentos provenientes da caça e pesca; dificuldades quanto a marcação de consulta e no deslocamento de onde vivem para a casa de apoio ao indígena; há dificuldades após o atendimento ou procedimentos necessários, pois acabam comprando os fármacos com os próprios recursos financeiros e nem sempre tem. Quanto a assistência da equipe de enfermagem, percebeu-se o despreparado para lidar com os costumes e questões culturais desses povos; contudo, muitos indígenas demonstraram satisfação no atendimento recebido. O presente estudo mostrou que os indígenas ainda enfrentam grandes desafios, principalmente quanto ao fator cultural, pois ainda sofrem com no acesso a assistência à saúde e na interação entre indígenas com profissionais não indígenas, devido a pela alta rotatividade. Apesar dessas observações, alguns estudos mostram que os profissionais facilitaram o acesso as casas de saúde e sua estadia no local de apoio.
Referências
Azevedo, A. L. M., Gurgel, I. G. D., Tavares, M. A. (2014). O poder de acessar à saúde: uma análise do acesso à saúde na etnia indígena Xukuru do Ororubá, Pesqueira (PE). Cadernos Saúde Coletiva, 22(3), 275–280.
Borghi, A. C., Alvarez, A. M., Marcon, S. S., Carreira, L. (2015). Singularidades culturais: o acesso do idoso indígena aos serviços públicos de saúde. Rev Esc Enferm USP, 49(4): 589-595.
Brasil. Fundação Nacional de Saúde. (2002). Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. 2º Ed. Brasília, DF: Ministério da saúde: Fundação Nacional de Saúde.
Brasil. Ministério da saúde. (2016). Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação nà saúde. Departamento de Gestão da Educação nà saúde. Programa de Qualificação de Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN) / Ministério da saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação nà saúde, Departamento de Gestão da Educação nà saúde. – Brasília: Ministério da saúde.
Chagas, C. A., Castro, T. G., Leite, M. S., Viana, M. A. C. B. M., Beinner, M. A., Pimenta, A. M. (2020). Prevalência estimada e fatores associados à hipertensão arterial em indígenas adultos Krenak do Estado de Minas Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública, 36(1): e00206818.
Fávaro, T. R., Santos, R. V., Cunha, G. M., Leite, I. C., Coimbra Jr., C. E. A. (2015). Obesidade e excesso de peso em adultos indígenas Xukuru do Ororubá, Pernambuco, Brasil: magnitude, fatores socioeconômicos e demográficos associados. Cad. Saúde 20 Pública, 31(8): 1685-1697.
Ganong, L.H. (1987). Integrative reviews of nursing research. Research in Nursing & Health, 10(11): 1-11.
Graeff, s. V. B., Pícolli, R. P., Arantes, R., Castro, V. O. L., Cunha, R. V. (2019). Aspectos epidemiológicos da infecção pelo HIV e da aids entre povos indígenas. Revistà saúde Pública, 53: 71.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia E Estatística. (2010). Os indígenas no censo demográfico 2010: primeiras considerações com base no quesito cor ou raça. Brasília: IBGE. http://www. ibge.gov.br/indigenas/indigena_ censo2010.pdf.
Malacarne, j., Gava, C., Escobar, A. L., Souza-Santos, R., Basta, P. C. (2019). Acesso aos serviços de saúde para o diagnóstico e tratamento da tuberculose entre povos indígenas do estado de Rondônia, Amazônia Brasileira, entre 2009 e 2011: um estudo transversal. Epidemiol. Serv. Saúde, 28(3): e2018231.
Mendes, A. M., Leite, M. S., Langdon, E. J., Grisotti, M. (2018). O desafio da atenção primária nà saúde indígena no Brasil. Revista Panamericana Salud Publica, 42: e184.
Nascimento, V. F., Hattori, T. Y., Trettel, A. C. P. T. (2019). Desafios na formação de enfermeiros indígenas em Mato Grosso, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 25(1): 47- 56.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J. & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Pontes, A. L. M., Garnelo, S. R., Garnelo, L. (2015). O modelo de atenção diferenciada nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas: reflexões a partir do Alto Rio Negro/AM, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 20(10): 3199-3210.
Santos, M. M., Cruz, K. J. C., Sá, L. C. R., Batista, C. C., Aguiar, E. M. G., Nogueira, A. M. T. (2016). Assistência prestada pelo Sistema Único de Saúde de Teresina à população indígena do Maranhão, 2011: um estudo descritivo*. Epidemiol. Serv. Saúde, 25(1): 127-136.
Scopel, D., Scopel, R. P. D., Langdon, E. J. (2015). Intermedicalidade e protagonismo: a atuação dos agentes indígenas de saúde Munduruku da Terra Indígena KwatáLaranjal, Amazonas, Brasil. Cad. Saúde Pública, 31(12): 2559-2568.
Silva, d. M., Nascimento, E. H. S., Santos, L. A., Martins, N. V. N., Sousa, M. T., Figueira, M. C. S. (2016). Dificuldades enfrentadas pelos indígenas durante a permanência em uma Casa de Saúde Indígena na região Amazônica/Brasil. Saúde Soc., 25(4): 920-929.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Francinete Gonçalves de Oliveira; Paulo César Pereira de Oliveira; Raimundo Nonato Barbosa de Oliveira Filho; Heriederson Sávio Dias Moura; Dina Gaspar da Silva ; Raphaela Cecília Cordeiro Lima; Maria Leila Fabar dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.