Mediação e Arbitragem na resolução de conflitos sobre preços dos contratos de parcerias empresariais no agronegócio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13356

Palavras-chave:

Mediação; Arbitragem; Agronegócio; Contratos; Conflitos.

Resumo

O presente artigo traz à discussão a funcionalidade da mediação e da arbitragem como instrumentos alternativos de solução de controvérsias potenciais nos conflitos de interesse oriundos do setor empresarial do agronegócio, com  enfoque nos valores e preços de contratos entre pessoas jurídicas, onde o intuito é a harmonização dos interesses comuns e privados, solucionando questões econômicas contratuais, através de procedimentos mais céleres, desburocratizados e eficazes, em vistas à prestação de decisões atentas às personalidades dos casos, colaborando também com a redução da judicialização de conflitos, utilizando uma construção metodológica de pesquisas bibliográficas, com revisão da legislação, da doutrina e da jurisprudência já desenvolvida até o presente momento, num procedimento quantitativo-qualificativo-descritivo de conceitos e resultados, contextualizando modelos de contrato desta senda da indústria, que tradicionalmente vincula-se estreitamente a interesses de governos, legislações internacionais e trespasses financeiros de grande monta. Os resultados obtidos comprovam que, face a legislações internacionais conflitantes, a mediação e arbitragem são os métodos mais benéficos para o equilíbrio de interesses das partes dos contratos.

Biografia do Autor

Camila Braga Corrêa, Universidade Federal Fluminense

Mestra em Justiça Administrativa (NUPEJ/PPGJA), pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Gilvan Luiz Hansen, Universidade Federal Fluminense

O Professor Gilvan Luiz Hansen possui graduação em Filosofia pela Universidade de Passo Fundo (1985), Graduação em Direito pelo Centro Universitário Plínio Leite (2010), Mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997) e Doutorado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004). Atualmente é professor do Departamento de Direito Privado da Universidade Federal Fluminense, docente da Graduação em Direito, do Mestrado e do Doutorado em Justiça Administrativa, do Mestrado e Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais. Tem experiência e publicações na área de Filosofia e em Direito, com ênfase em Ética, História do Direito, Filosofia do Direito, Teoria do Direito, Filosofia da Educação e Filosofia Política. Pesquisador de temas atinentes às discussões contemporâneas sobre Ética, Justiça, Cidadania, Direito e Democracia, especialmente a partir de uma plataforma discursiva. Dedica-se atualmente ao estudo do pensamento de Jürgen Habermas e às implicações deste na construção de uma teoria crítica da sociedade, com atividades interinstitucionais e no âmbito do Instituto Gilvan Hansen – IGH, do qual é presidente.

Referências

Alves, E. R. de A., Souza, G. da S. E., & Marra, R. (2011). Êxodo e sua contribuição à urbanização de 1950 a 2010. Revista Política Agrícola, Brasília, DF, 20(2), 80-88.

Bazerman, M. H. & Neale, M. A. (1992). Negotiating Rationally. The Free Press.

Borges. A. M. (2012). Curso Completo de Direito Agrário - Doutrina - Prática - Jurisprudencia – Legislação. Editora Contemplar.

Borges, R. C. B. (2007). Reconstrução do conceito de contrato: do clássico ao atual. In: Hironaka, G. M. F. N.; Tartuce, F. (Org.). Direito contratual: temas atuais. Método, 2007. p. 19-40.

Brasil. Conselho Nacional de Justiça. (2017). Justiça em Números 2017: ano-base 2016/Conselho Nacional de Justiça. Anual. Brasília: CNJ. 188p.

Brasil. (1964). Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964 - Dispõe sobre o Estatuto da Terra, e dá outras providências. < https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/104451/estatuto-da-terra-lei-4504-64>.

Brasil. (1996). Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996: Dispõe sobre a arbitragem. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9307.htm>.

Brasil. (1996). Lei nº 11.443, de 5 de janeiro de 2007. Dá nova redação aos arts. 95 e 96 da Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, que dispõe sobre o Estatuto da Terra. < http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2007/lei-11443-5-janeiro-2007-549029-norma-pl.html>.

Brasil. (2015). Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015: Dispõe sobre a mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública; altera a Lei no 9.469, de 10 de julho de 1997, e o Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972; e revoga o § 2o do art. 6o da Lei no 9.469, de 10 de julho de 1997. < http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13140.htm>.

Burbridge, R. M. (2007). Gestão de negociação. (2a ed.), Saraiva.

Cahali, F. J. (2012). Curso de Arbitragem. (2a ed.), Revista dos Tribunais.

Cassetari, C. (2012). Direito agrário. Atlas. 230 p.

Cretella Neto, J. (2004). Curso de Arbitragem: arbitragem comercial, arbitragem internacional, Lei brasileira de arbitragem, Instituições internacionais de arbitragem, Convenções internacionais sobre arbitragem. Forense.

Coelho, J. F. L. (2011). Contratos agrários: uma visão neoagrarista. Juruá Editora.

Habermas, J. (1997) Direito e democracia. Tempo brasileiro.

Habermas, J. (2002). A inclusão do outro – estudos de teoria política. Edições Loyola. 390 p.

Habermas, J. (2003) Era das transições. Trad. e intro. de Flávio Siebeneichler. Tempo brasileiro. 222 p.

Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística – IBGE. (2018). Pesquisas agropecuárias: IBGE - Coordenação de Agropecuária. (3a ed.), IBGE.

Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística – IBGE. (2017) Censo Agropecuário 2017 – Resultados Preliminares. IBGE. <https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-agropecuario/censo-agropecuario-2017>.

Keynes, J. M. (1996). A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Trad. Mário R. da Cruz. Editora Atlas S.A. 352 p. < http://www.ie.ufrj.br/intranet/ie/userintranet/hpp/arquivos/090320170036_Keynes_TeoriaGeraldoempregodojuroedamoeda.pdf>.

Koche, J. C. (2011). Fundamentos de metodologia científica. Petrópolis: Vozes. http://www.brunovivas.com/wp-content/uploads/sites/10/2018 /07/K%C3%B6che-Jos%C3%A9-Carlos0D0AFundamentos-de-metodologia-cient%C3%ADfica-_-teoria-da0D0Aci%C3%AAncia-e-inicia%C3% A7%C3%A3o -% C3%A0-pesquisa.pdf 5.2).

Ludke, M. & Andre, M. E. D. A. (2013). Pesquisas em educação: uma abordagem qualitativa. E.P.U.

Marques, B. F. (2015). Direito agrário brasileiro. (11a ed.), Atlas. 260 p.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2021). AGROSTAT - Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro. Brasília: MAPA, 2020. < http://indicadores.agricultura.gov.br/agrostat/index.htm>.

Mourão, A. N. S. F.& Siminato, M.; Campos, A. P.; Azevedo, M. H. K. (2014). Resolução de Conflitos - Fundamentos da Negociação para o Ambiente Jurídico. Saraiva. 607 p.

Marques, N. (1976). Contratos agrários inominados. Pro: Livro.

Olivier de Sardan, J. P. (2009). Development, governance and reforms: studying practical norms in the delivery of public goods and services. In: Hagberg, S.; Widmark, C. (Editores). Ethnographic practice and public aid: methods and meanings in development cooperation. Publisher: Acta Universitatis Upsaliensis. p. 101-123.

Optiz, S. C. B. & Opitz, O. (2016). Curso completo de direito agrário. (10a ed.), Saraiva. 488 p.

Pereira, A. S. et al (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM. https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/358/2019/02/Metodologia-da-Pesquisa-Cientifica_final.pdf 5.3).

Proença, A. M. (2007). Compêndio de direito agrário. EDUCAT.

Scavone Junior, L. A. (2010). Manual de Arbitragem. (4a ed.), Revista dos Tribunais.

Timm, A. B. (2009). Arbitragem nos Contratos - Empresariais, Internacionais e Governamentais. Livraria do Advogado Editora. 167 p.

Downloads

Publicado

25/03/2021

Como Citar

COÊLHO, D. H. D.; CORRÊA, C. B.; HANSEN, G. L. Mediação e Arbitragem na resolução de conflitos sobre preços dos contratos de parcerias empresariais no agronegócio. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 3, p. e53110313356, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i3.13356. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13356. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais