Levantamento epidemiológico da leptospirose em catetos (Pecari tajacu Linnaeus, 1758) de criadouros legalizados em alguns estados da região Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13421Palavras-chave:
Tayassuidae; Leptospira spp.; PCR; Sorologia; Zoonose.Resumo
O cateto (Pecari tajacu Linnaeus, 1758) é considerado um animal de viabilidade econômica para comércio e com potencial produtivo para carne, sendo importante o conhecimento sobre a sanidade. Assim, o objetivo dessa pesquisa foi realizar um estudo transversal da leptospirose em catetos (Pecari tajacu) de cativeiro oriundos dos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí, região nordeste do Brasil através de técnicas sorológicas e moleculares. Amostras de soro de 48 animais foram testadas pela técnica de soroaglutinação microscópica (MAT). Nas amostras de fluido vaginal e prepucial foi realizada pela reação da cadeia de polimerase (PCR). Quatro animais (8,3%) foram sororeativos para Leptospira sp. com reação para o sorogrupo Icterohaemorraghiae e negativos na PCR. Foi verificada associação entre a ocorrência de leptospirose e o sistema de criação intensivo (odds ratio=63,00; 95%IC=4,3-910,6; P=0,002). A sororeatividade para leptospirose sugere que em algum momento esses animais foram infectados através de fontes de infecção dentro do próprio criatório, sendo indicada a detecção dessas fontes de infecção aliada a medidas corretivas. Também foi possível observar a importância de se conhecer os sorogrupos prevalentes nesta espécie na região semiárida do Brasil, o que permite o estabelecimento de estratégias adequadas para o controle da mesma, priorizando assim o equilíbrio na relação humano-animal-ambiente.
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