Avaliação dos riscos ocupacionais dos funcionários da manutenção de um hospital beneficente de Recife/PE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13429

Palavras-chave:

Ergonomia; Riscos ocupacionais; Saúde do trabalhador.

Resumo

O presente estudo tem como objetivo investigar os possíveis riscos de lesões que os trabalhadores estão sujeitos a sofrer, descrevendo suas principais queixas e sugestões de melhorias, visando sempre à qualidade de vida dentro e fora ambiente de trabalho. Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal descritivo com base em análise de dados quantitativo, coletados a partir da aplicação de três questionários e, também a utilização ferramenta Rula. Fizeram parte do estudo 33 funcionários, selecionados por meio de uma amostragem intencional de acordo com a quantidade de profissionais que trabalhavam no Hospital durante a realização desse estudo. Nos resultados foram encontrados uma alta incidência de sintomas dolorosos especialmente na região lombar, punhos e joelhos, presentes por um período acima de seis meses em 42,42% desses profissionais, indicando a relação direta com as atividades que executavam. No entanto, essa maioria se nega a fazer uso de medicamento, emplasto ou compressas, demostrando assim a falta do autocuidado comum nessas profissões. Com base na análise dados obtidos, foi possível concluir que modificações básicas nos equipamentos, associada a orientações sobre a importância de uma boa postura no trabalho, reduziriam a necessidade de exagerados esforços físicos minimizando assim o desenvolvimento de lesões e desconfortos no sistema musculoesquelético.

Referências

Benedito, I. B., Alves, I. S., Castro, B. O. P., Castro, L. F., & Barbosa, S. B. (2019). Avaliação ergonômica no setor de construção civil: aplicação do método RULA em uma fábrica de pré-moldados. Rev. Engenharia de Produção. 1(1), 143-157. https://periodicos.ufms.br/index.php/REP/article/view/9009.

Bernardo, D., Nascimento, J., Silveira, P., & Soares, K. (2013). O estudo da ergonomia e seus benefícios no ambiente de trabalho: uma pesquisa bibliográfica. Saberes Interdisciplinares, 6(11), 97-112. https://docplayer.com.br/143655-O-estudo-da-ergonomia-e-seus-beneficios-no-ambiente-de-trabalho-uma-pesquisa-bibliografica.html.

Bosi, P. L., Durigan, Q. J. L., Graciotto, D. R., Cavazzani, T. A., Vilagra, J., & Taube, O. S. (2006). Fisioterapia preventiva na avaliação ergonômica de um escritório. Revista Fisioterapia Brasil, 7(5), 363-366. https://doi.org/10.33233/fb.v7i5.1932.

Caban-Martinez, A. J., Lowe, K., Herrick, R., Kenwood, C., Gangne, J. J., Becker, J. F., Schneider, S., Dennerlein, J. T., & Sorense, G. (2014). Construction workers working in musculoskeletal pain and engaging in leisure-time physical activity: Findings from a mixed-methods pilot study. American journal of industrial medicine, 57(7), 819-825. https://doi.org/10.1002/ajim.22332.

Caban-Martinez, A. J., Lee, D. J., Clarke, T. C., Davila, E. P., Clark, J. D., & Ocasio, M. A. (2010). Self-Reported joint and back pain among hispanic construction workers: a pilot workplace musculoskeletal assessment. Journal of Musculoskeletal Research, 13(2), 49-55. https://doi.org/10.1142/S0218957710002508.

Couto, H. A. (2007). Ergonomia aplicada ao trabalho: conteúdo básico, guia prático. Ergo.

Diniz, D. R. V. (2017). A importância da ergonomia como modelo de prevenção das LER/DORT. 16 f. Monografia (Especialização) Faculdade Faserra, Programa de Pós-graduação em Fisioterapia do Trabalho, Manaus. https://www.portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/231/16-A_importYncia_da_ergonomia_como_modelo_de_prevenYYo_das_LERDORT.pdf.

Eaves, S., Gyi, D. E., & Gibb, A. G. F. (2016). Buildng healthy construction workers: Their views on health, wellbeing and better workplace design. Revistae Applied Ergonomics, 54, 10-18. https://doi.org/10.1016/j.apergo.2015.11.004.

Espirito Santo, P., & Amarante, M. (2018). Prevenção de doença do trabalho por Lesões por Esforços Repetitivos (LER). Revista Pesquisa E Ação, 4(1), 28-34. https://revistas.brazcubas.br/index.php/pesquisa/article/view/363

Franchini, A. S. (2017). A utilização da termografia na análise macroergonômica da atividade de reboco de teto. 139 f. Tese (Mestrado) Universidade Tecnológica Federal do Paraná- UTFP, Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil, Curitiba. http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2581/1/CT_PPGEC_M_Franchini%2c%20Aline%20Sias_2017.pdf

Fogliato, F. S., & Guimarães, L, B, M. (1999). Design macroergonômico de posto de trabalho. Revista Produto & Produção, 3(3), 1-15. http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/publicacoes/221_Design%20Macroergon%C3%B4mico%20uma%20proposta.pdf.

Kluthcovsky, A. C. G. C., & Kluthcovsky, F. A. (2009). O WHOQOL-bref, um instrumento para avaliar qualidade de vida: uma revisão sistemática. Revista de Psiquiatria, 31(3), 1-12. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-81082009000400007.

Matos, A. O., Freitas, L. C., Barros, A. P. S., Pereira, G. S., & Moreira, A. M. (2016). Análise ergonômica do trabalho: o caso de uma serraria em vitória da Conquista-BA. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB, Salvador, BH. https://silo.tips/download/analise-ergonomica-do-trabalho-o-caso-de-uma-serraria-em-vitoria-da-conquista-ba.

Maziero, R., Fiedler, N. C., Segundinho, P. G. A., & Carmo, F. C. A. (2018). Análise da Carga Física de Trabalho e Biomecânica na Construção de Telhados Com Estruturas de Madeira. Rev. Floresta e Ambiente, 25(1), 1-10. http://dx.doi.org/10.1590/2179-8087.072114.

Molinier, P. (2008). A dimensão do cuidar no trabalho hospitalar: abordagem psicodinâmica do trabalho de enfermagem e dos serviços de manutenção. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 33(118), 6-16. https://doi.org/10.1590/S0303-76572008000200002.

Oliveira, F. S., Viana, E. S., Oliveira, F. S., & Jones, K. M. (2018). Análise de riscos ergonômicos entre serventes durante a execução de fundações. Revista eletrônica Sistema & Gestão, 13(1), 36-44. https://doi.org/10.20985/1980-5160.2018.v13n1.1128.

Paim, C., Peraça, D., Sapper, F., Moreira, I., & Moreira, T. (2017). Análise Ergonômica: Métodos Rula e Owas aplicados em uma Instituição de ensino superior. Rev. Espacios, 38(11), 22-32. http://www.revistaespacios.com/a17v38n11/a17v38n11p22.pdf.

Pereira, C. C. (2015). Análise do risco ergonômico lombar de trabalhadores da construção civil através do método Niosh. Revista Produção Online, 15(3), 914-924. https://doi.org/10.14488/1676-1901.v15i3.1888.

Reis, P. F., Pereira, A. R., & Contijo, L. (2003). A importância da manutenção de bons níveis de flexibilidade nos trabalhadores que executam suas atividades laborais sentadas. Revista Produção, 3(3), 1-16. https://doi.org/10.14488/1676-1901.v3i3.563.

Renner, J. S. (2002). Custos posturais nos posicionamentos em pé, em pé/sentado e sentado nos postos de trabalho do setor costura na indústria calçadista. 168 f. Tese (Mestrado) Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS, Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, Porto Alegre, RS. http://hdl.handle.net/10183/2449.

Ribeiro, I. A., Tereso, M, J., Abrahão, R. F. (2009). Análise ergonômico do trabalho em unidades de beneficiamento de tomates de mesa: movimento manual de carga. Rev. Ciência Rural, 39(4), 1083-1089. https://doi.org/10.1590/S0103-84782009005000037.

Saad, V. L., Paula, X. A. A., & MICHALOSK, A. O. (2006). Avaliação do risco ergonômico do trabalhador da construção civil durante a tarefa do levantamento de paredes. In 13° Simpósio de Engenharia de Produção do SIMPEP. BAUR, RJ. https://docplayer.com.br/20927626-Avaliacao-do-risco-ergonomico-do-trabalhador-da-construcao-civil-durante-a-tarefa-do-levantamento-de-paredes.html.

Silva Netto, E. P. (2015) Análise das condições ergonômicas de trabalho em atividades típicas na execução de revestimentos em superfícies verticais de edificações. 113 f. Tese (Mestrado). Universidade Tecnológica Federal do Paraná- UTFP, Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil, Curitiba, PR.

Silva, V., & Vale, M. S. (2018). Análise Ergonômica Com Avaliação Postural e do Posto de Trabalho no Setor de Produção de Mudas da Empresa de Pesquisa Agropecuaria do Estado do Rio de Janeiro (CEPAAR). In Resumo do 6° Congresso Internacional do Conhecimento Científico do Instituto Superior de Ensino do Censa. Rio de Janeiro, RJ.

lveira, J. da S., Cezar-Vaz, M. R., & Xavier, D. M. (2020). Ergonomic analysis and musculoskeletal changes in workers: an integrative review. Research, Society and Development, 9(11), e349119500. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9500

THE WHOQOL GROUP. (1998). Development of the World Health Organization WHOQOL-bref. Quality of Life Assesment care, health and develophild: Psychological Medicine, 28(3), 551-558. https://doi.org/10.1017/s0033291798006667.

Vilagra, J. M., Fernandes, A. V., Lange, V. P. M., & Topanotti, L. (2004). Ergonomia aplicada à Fisioterapia. Revista Uningá, (2), 53-64. http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/352.

Zandonadi, L. H., Maiolini, T. A., Correia, P. F., Fernani, D. C., & Dantas, M. T. (2018). Importância da fisioterapia na prevenção de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Rev. Colloquiun, 10(1), 58-67. https://doi.org/10.5747/cv.2018.v10.n1.v222.

Downloads

Publicado

18/03/2021

Como Citar

SILVA, V. A. A. da .; BARROS , M. de L. N. .; UCHÔA , Érica P. B. L. .; CARVALHO, V. C. P. de .; VERA, M. E. S. .; SANTOS, G. M. de A. . Avaliação dos riscos ocupacionais dos funcionários da manutenção de um hospital beneficente de Recife/PE. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 3, p. e36010313429, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i3.13429. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13429. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde