Liofilização e avaliação da estabilidade da polpa de manga ‘Ataulfo’
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13596Palavras-chave:
Mangifera indica; Desidratação; Estágios de maturação.Resumo
Com o intuito de desenvolver um produto de alta durabilidade e que não tenham alterações de suas características físico-químicas, nutricionais e sensoriais, objetivou-se com este trabalho estudar a produção de pós liofilizados a partir da manga da variedade ‘Ataulfo’ em três diferentes estádios de maturação (2, 3 e 4), bem como seu armazenamento em dois tipos de embalagens seguidas das análises de suas características físicas e físico-químicas. Os pós foram armazenados em duas embalagens uma laminada e outra de polietileno e seu armazenamento em temperatura ambiente, teve duração de 180 dias e a cada 30 dias eram feitas análises quanto a atividade de água (aw), umidade, cor (L*, a* e b*), vitamina c, sólidos solúveis (Brix°) e a acidez total titulável (ATT). Os resultados foram tabulados com o auxílio do software Assistat, e o delineamento utilizado foi inteiramente casualizado em esquema fatorial utilizando o teste de Tukey a 5% de probabilidade e análise de regressão. Com base nos resultados observou-se diferenças físicas e físico-químicas dos pós de polpa da manga ‘Ataulfo’ nos três diferentes estádios de maturação; que a liofilização é um processo de secagem eficiente e eficaz na desidratação da polpa de manga; e principalmente que a embalagem laminada funcionou durante todo o período de armazenamento como uma barreira promovendo a melhor preservação de um modo geral das propriedades físico-químicas dos pós.
Referências
Alexandre, H. V., Figueirêdo, R. M. F., Queiroz, A. J. M., & Oliveira, E. N. A. (2014). Armazenamento de pitanga em pó. Comunicata Scientiae, v. 5, n. 1, p. 83-91.
AOAC (1980). Official methods of analysis of the association of Official Analystical Chemists. 3.ed., Washington, AOAC. cap. 22, p. 359-373.
Benassi, M. T. & Antunes, A. J. A. (1988). comparison of metaphosphoric and oxalic acids as extractants solutions for the determination of vitamin C in selected vegetables. Brazilian Archives of Biology and Technology., v. 31, n. 4, p. 507-513.
Blancas-benitez, F.J., De Jesús Avena-bustillos, R., & Montalvo-gonzález, E. et al. (2015). Addition of dried 'Ataulfo'mango (Mangifera indica L.) by-products as a source of dietary fiber and polyphenols in starch molded mango snacks Journal of Functional Foods, v. 52, n. 7393, p. 65-73.
Bobbio, P. A., Bobbio, F. O. (2001) Química do Processamento de Alimentos. Livraria Varela, São Paulo: SP, 3 ed., p. 5 – 6.
Costa, J. N., Figueiredo, R. W., Sousa, P. H. M., Costa, M. L. G.; Constant, P. B. L., & Soares, D. J. (2013). Study of the stability of passion fruit powder (Passiflora edullis f. flavicarpa) from organic farming. Semina: Ciências Agrárias, v. 34, n. 2, p. 705-716.
Costa, L. O. (2017). Obtenção de polpa de manga em pó pelo processo de liofilização. 2017. 119f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos)- Universidade Federal do Ceará- CE.
De Ancos, B., Sánchez-moreno, C., & Zacarías, L., et al. (2018) Effects of two different drying methods (freeze-drying and hot air-drying) on the phenolic and carotenoid profile of ‘Ataulfo’ mango by-products. Food Measure, v. 12, p. 2145–2157.
Ferreira, A. P. R. et al. (2014). Caracterização de polpa de cajá em pó obtida pelo método de secagem em leito de jorro. In: XX Congresso Brasileiro de Engenharia Química – COBEQ. Florianópolis – SC, 19 a 22 de out.
Galdino, P. O., Figueirêdo, R. M., Queiroz, A. J. D. M.; Galdino, P. O., & Fernandes, T. K. D. S. (2016). Stability of cactus-pear powder during storage. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 20, n. 2, p. 169-173.
IAL. (2008). Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4. ed. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, p. 1020.
IBGE. 2019. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sistema IBGE de recuperação automática – SIDRA. Retrieved from http://www.sidra.ibge.gov.br/tabela/1613.
Jahurul, M. H. A., Zaidul, I. S. M., Ghafoor, K., Al-juhaimi, F. A., Nyam, K. L., Norulaini, N. A. N., Sahena, F., & Mohd-oomar, A. K. (2015). Mango (Mangifera indica L.) by-products and their valuable components. Food Chemistry, v. 183, p. 173-180.
Lisbôa, C. G. C, Figueirêdo, R. M. F. & Queiroz, A. J. M. (2012). Armazenamento de figo-daíndia em pó. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 16, n. 2, p. 216-221.
Loureiro, M. N., Figueirêdo, R. M. F., Queiroz, A. J. M., & Oliveira, E. N. A. (2013). Armazenamento de buriti em pó: efeito embalagem nas características físicas e químicas. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 29, n. 5, p. 1092 - 1100.
Moreira, J. S. A., Souza, M. L., Araújo Neto, S. E., & Silva, R. F. (2011). Estudo da estabilidade microbiológica e físico-química de polpa de cupuaçu desidratada em estufa. Revista Caatinga, Mossoró, v. 24, n. 2, p. 26 - 32.
Moura, S. M. (2010). Estabilidade da acerola em pó oriunda de cultivo orgânico. 112 f. Dissertação [Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos] – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2010.
Ochoa-martínez, C. I., Quintero, P. T., Ayala, A.A., Ortiz, M. J. (2012). Drying characteristics of mango slices using the Refractance Window™ technique. Journal of Food Engineering, v.109, p. 69–75.
Oliveira, V. S., Afonso, M. R. A., & Costa, J. M. C. (2013). Caracterização físico-química e comportamento higroscópico de sapoti liofilizado. Revista Ciência Agronômica, v. 42, n. 2, p. 342-348.
Oliveira, M. I. S., Tonon, R. V., Nogueira, R. I., & Cabral, L. M. C. (2013). Estabilidade da polpa de morango atomizada utilizando diferentes agentes carreadores. Food Technology, v.16, n.4, p.310-318.
Oliveira, A. S. et al. (2015). Estabilidade da polpa do Cereus jamacaru em pó durante o armazenamento. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 19, n. 2, p 147 - 153.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Pereira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. 1. ed. – Santa Maria, RS: UFSM, NTE, 1 e-book. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia- Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1
Quirós-sauceda, A. E., Sañudo-barajas, J. A., Vélez-de La Rocha, R., et al. (2019). Effects of ripening on the in vitro antioxidant capacity and bioaccessibility of mango cv. ‘Ataulfo’ phenolics. J Food Sci Technol 56, 2073–2082.
Ribeiro, L. C. (2014). Produção de acerola em pó: métodos de secagem e avaliação da estabilidade. 124 f. Dissertação (Mestrado) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.
Silva, F. de A. S., & Azevedo, C. A. V. (2016). The Assistat Software Version 7.7 and its use in the analysis of experimental data. African Journal of Agricultural Research, v. 11, n. 39, p. 3733- 3740.
Silva, G. M. C., Silva, W. B.; Medeiros, D. B., Salvador, A. R., Cordeiro, M. H. M., Da Silva, N. M.; Santana, D. B., & Mizobutsi, G. P. (2017). The chitosan affects severely the carbon metabolism in mango (Mangifera indica L. cv. Palmer) fruit during storage. Food Chemistry, v. 237, p. 372-378.
Singh, Z., Singh, R. K., Sane, V. A., & Nath, P. (2013). Mango e postharvest biology and biotechnology. Critical Reviews in Plant Sciences, v. 32, p. 217-236.
Xie, L.; Ye, X.; Liu, D., & Ying, Y. (2011). Prediction of titratable acidity, malic acid, and citric acid in bayberry fruit by near-infrared spectroscopy. Food Research International, v. 44, p. 2198-2204.
Zhao, J. H., Liu, F., Wen, X., Xiao, H. W., & Ni, Y. Y. (2015). State diagram for freeze-dried mango: freezing curve, glass transition line and maximal-freeze-concentration condition. Journal of Food Engineering, v.157, p. 49-56.
Zotarelli, M. F., Silva, V. M., Durigon, A., Hubinger, M. D., & Laurindo, J. B. (2017). Production of mango powder by spray drying and cast-tape drying. Powder Technology, v. 305, p. 447–454.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Marylia Sousa Costa; Acácio Figueiredo Neto; Josivanda Palmeira Gomes; Josenara Daiane de Souza Costa; Vivianni Marques Leite dos Santos; Bruno Emanuel Souza Coelho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
