Ginecomastia: revisão de literatura e aspectos clínicos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.13684Palavras-chave:
Ginecomastia; Etiologia; Diagnóstico; Mama.Resumo
Introdução: A ginecomastia é o desenvolvimento benigno da mama masculina. Possui origem fisiológica ou patológica, como consequência de um desequilíbrio entre as quantidades de estrógeno e andrógeno. Pode gerar desconforto, mastalgia, sensibilidade e aumento das mamas. Objetivos: Realizar uma revisão bibliográfica sobre a etiologia da ginecomastia, suas características de apresentação e seu diagnóstico. Método: Foi realizado um levantamento bibliográfico a partir de busca ativa de artigos científicos nas bases de dados PubMed, Scielo e LILACS, com o recorte temporal de 2015 a 2020. A pesquisa foi feita utilizando os descritores (DeCS) gynecomastia, etiology, diagnosis e breast. Nas 3 bases de dados foram encontrados 79 artigos. Desses, foram selecionados 12, que incluem a etiologia da ginecomastia, apresentação e evolução, além do diagnóstico. Foram excluídos artigos que abordavam pseudoginecomastia, relação da ginecomastia com o prognóstico de pacientes com tumores, outras lesões mamárias e efeitos adversos de drogas que causam ginecomastia. Resultados: A faixa-etária mais acometida é entre 50 e 69 anos, com incidência de 72%. A fase puberal é a mais prevalente dos períodos fisiológicos. No período senil, as contribuições para ginecomastia provém do hipogonadismo, diminuição da concentração de testosterona, alteração de LH e valores do estradiol mantidos. A história médica e o exame físico, com a palpação das mamas, são fundamentais para estabelecer o diagnóstico. Conclusão: A ginecomastia é uma circunstância benigna. É necessário diferenciar corretamente entre fisiológica e patológica. O acompanhamento individualizado, com indicação cirúrgica em alguns casos, é essencial para promover bem-estar e aceitação pessoal.
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