Validando a Escala do Novo Paradigma Ecológico (NEP) em Estudantes Universitários Brasileiros

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.13947

Palavras-chave:

Atitude pró-ambiental; Atitude de universitários; Antropocentrismo; Ecocentrismo; Brasil.

Resumo

O propósito deste artigo foi duplo. Primeiro validou a escala do Novo Paradigma Ecológico (NEP) e depois analisou as atitudes ecocentristas e antropocentrista de estudantes universitários de uma instituição de ensino superior brasileira. Foi utilizado a escala original do NPE de 15 itens, na forma de um questionário e aplicado em uma amostra de 241 universitários. Antes do autopreenchimento dos questionários, os universitários não receberam os conceitos básicos as atitudes ambientais. Foram utilizadas técnicas de análise fatorial confirmatória para testar o modelo estrutural e de procedimentos estatísticos para descrever a amostra quanto as suas propriedades de semelhanças entre os grupos de acadêmicos. O NEP foi reduzido para 13 itens, mostrando-se confiável e válida para investigar atitudes ambientais estruturadas e multidimensionais de estudantes universitários. Quando analisado a segmentação dos universitários foi identificado que as mulheres apresentaram uma atitude ecocentrista mais intensa do que os homens. Para os demais grupos de segmentação em relação a faixa de idade, área de conhecimento, semestre em curso e período do curso, não apresentaram diferenças estatisticamente significante. No entanto, no geral, a pontuação dos universitários indicou atitudes mais ecocentrista do que antropocentrista. A amostra por conveniência de parte dos cursos oferecidos pela IES pode causar um viés na pesquisa, considerando-se como uma limitação deste estudo. No entanto, com a confirmação do modelo de dois fatores, os resultados indicam consistência e orientam para pesquisas futuras às atividades relacionadas ao meio ambiente, como turismo sustentável, preservação contra impactos ambientais, dentre outras.

Referências

Amburgey, J. W., & Thoman, D. B. (2012). Dimensionality of the New Ecological Paradigm: Issues of Factor Structure and Measurement. Environment and Behavior, 44(2), 235-256. 10.1177/0013916511402064.

Anderson, M. W. (2012). New ecological paradigm (NEP) scale. In I. Spellerberg, The Berkshire encyclopedia of sustainability: Measurements, indicators, and research methods for sustainability. 6, 260-262.

Barros, M. V., Puglieri, F. N., Tesser, D. P., Kuczynski, O., & Piekarski, C. M. (2020). Sustainability at a Brazilian university: developing environmentally sustainable practices and a life cycle assessment case study. International Journal of Sustainability in Higher Education, 21(5), 841-859. 10.1108/IJSHE-10-2019-0309

Brundtland, G. H. (1988). Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente E Desenvolvimento – 1988. Nosso Futuro Comum (Relatório Brundtland). Fundação Getúlio Vargas.

Byrne, B. M. (2016). Structural Equation Modeling with Amos (3th ed.). Routledge.

Cohen, J., Cohen, P., West, S. G., & Aiken, L. S. (2009). Applied Multiple Regression/Correlation Analysis for the Behavioral Science (3rd ed.). Routledge.

Costa, L. F., Neumann, S. E., Dorion, E. C., Olea, P., & Severo, E. A. (2019). Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentávelno Contexto das Ciências Sociais: do século XVIII ao século XXI. Revista Metropolitana de sustentabilidade, 9(2), 6-19.

Costache, A., & Sencovivi, M. (2019). Age, Gender And Endorsement Of The New Ecological Paradigm. International Multidisciplinary Scientific GeoConference, 19, 11-22. 10.5593/sgem2019/5.1/S20.002

Dunlap, R. E. (2008). The new environmental paradigm scale: From marginality to worldwide use. Journal of Environmental Education, 40(1), 3-18.

Dunlap, R. E., & Van Liere, K. D. (1978). The New Environmental Paradigm. Journal of Environmental Education, 9(4), 10-19. 10.1080/00958964.1978.10801875

Dunlap, R. E., Van Liere, K. D., Merig, A. G., & Jones, R. E. (2000). Measuring endorsement of the New Ecological Paradigm: A revised NEP Scale. Journal of Social Issues, 56(3), 425-442.

Edorgan, N. (2009). Testing the new ecological paradigm scale: Turkish case. African Journal of Agricultural Research, 4(10), 1023-1031.

Faber, N., Jorna, R., & Van Engelen, J. (2005). The Sustainability of “sustainability”: a study into the conceptual foundations of the notion of “sustainability”. Journal of Environmental Assessment and Management, 7(7), 1-33.

Faul, F., Erdfelder, E., Lang, A. G., & Buchener, A. (2007). G*Power 3: A flexible statisitical power analysis program for social, behavioral, and biomedical sciences. Behavior research methods, 39(2), 175-191.

Gerhardt, T. E., & Silveira, D. T. (2009). Métodos de Pesquisa. Editora da UFRGS. Retrived from http://hdl.handle.net/10183/52806.

Giddy, J. K., & Webb, N. L. (2018). Environmental attitudes and adventure tourism motivations. GeoJournal, 83, 275-287. 10.1007/s10708-017-9768-9

Guedes, G. R., Hora, A. M., & Dias, C. A. (2012). Atitude e Valores Ambientais em Contexto de Baixo Desenvolvimento Humano: avaliação crítica da Escala do Novo Paradigma Ecológico (NEP). XVIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais (1-18). Águas de Lindóia: ABEP.

Hair Jr, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., & Anderson, R. E. (2010). Multivariate Data Analysis (7th ed.). Prentice Hall.

Holden, E., Linnerud, K., & Banister, D. (2017). The Imperatives of Sustainable Development. Sustainable Development, 25(3), 2013-226. 10.1002/sd.1647

Hsu, J. L., & Lin, T. Y. (2015). Carbon reduction knowledge and environmental consciousness in Taiwan. Management of Environmental Quality, 26(1), 37-52. 10.1108/MEQ-08-2013-0094

Hunter, L. M., & Rinner, L. (2004). The association between environmental perspective and knowledge and concern with species diversity. Society and Natural Resources, 17(6), 517-532. 10.1080/08941920490452454

Ibrahim, F. M., & Ibrahim, B. A. (2018). Gender and economic orientation as correlates of attitudes towards environmental abuse: A study of a group of Nigerian undergraduates. Environmental & Socio-economic Studies, 6(1), 17-24. 10.2478/environ-2018-0003

Kim, H., Borges, M. C., & Chon, J. (2006). Impacts of environmental values on tourism motivation: The case of FICA, Brazil. Tourism Management, 27, 957-967. 10.1016/j.tourman.2005.09.007

Lima, P. H., Ferreira, T. C., Bezerra, Y. M., Feitosa, M. J., & Gómez, C. R. (2015). Consumo consciente: Um estudo com estudantes do Curso de Administração da Universidade Federal Rural de Pernanbuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada. Revista de Administração, Contabilidade e Economia da FUNDACE, 6(2), 97-108. 10.13059/racef.v6i2.333

Luo, Y., & Deng, J. (2008). The New Environmental Paradigm and Nature-Based Tourism Motivation. Journal of Travel Research, 46, 392-402. 10.1177/0047287507308331

McCright, A. M. (2010). The effects of gender on climate change knowledge and concern in the American public. Population and Envrionment, 32(1), 66-87. 10.1007/s11111-010-0113-1

Meadows, D. H., Meadows, D. L., Randers, J., & Behrens III, W. W. (1973). Limites do crescimento: um relatório para o projeto do Clube de Roma sobre o dilema da humanidade. Perspectiva.

Memon, M. A., Ting, H., Cheah, J. H., Thurasamy, R., Chuah, F., & Cham, T. H. (2020, June). Sample size for survey research: Review and recomendations. Journal of Applied Structural Equation Modeling, 4(2), 10.47263/JASEM.4(2)01

Mikhailova, I. (2004). Sustentabilidade: evolução dos conceitos teóricos e os problemas de mensuração prática. Revista Econômia e Desenvolvimento, 16, 22-41.

Moyano-Dias, E., & Palomo-Vélez, G. (2014). Propriedades Psicométricas de la Escala Nuevo Paradigma Ecológico (NEP-R) en Población Chilena. Psico, 45(3), 415-423.

Nascimento, L. F. (2008). Gestão Ambiental e Sustentabilidade. Universidade Aberta do Brasil.

Nossa, V., Rodrigues, V. R., & Nossa, S. N. (2017). O que se tem pesquisado sobre Sustentabilidade Empresarial e sua Evidenciação? Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, 11, 87-105. 10.17524/repec.v11i0.1719

Ntanos, S., Kyriakopoulos, G., Skordoulis, M., Chalikias, M., & Arabatzis, G. (2019). An Application of the New Environmental Paradigm (NEP) Scale in a Greek Context. Energies, 12(2), 1-18. 10.3390/en12020239

Ogunbode, C. (2013). The NEP scale: measuring ecological attitudes/worldviews in an African context. Environment, development and sustainability,, 15(6), 1477-1494. 10.1007/s10668-013-9446-0

Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM. https://repositorio. ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica. pdf.

Sachs, I. (2008). Desenvolvimento: includente, sustentável e sustentado. Garamond.

Sarstedt, M., & Mooi, E. (2018). A concise guide to market research: the process, data, and methods using IBM SPSS Statistics. Springer.

Schinaider, A. D., & Talamini, E. (2019). Consciência ambiental versus atitudes pró-ambientais: Uma avaliação dos proprietários das agroindústrias familiares. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, 15(3), 33-47.

Speer, J. H., Sheets, V., Kruger, T. M., Aldrich, S., P., & McCreary, N. (2020). Sustainability survey to assess student perspectives. International Journal of Sustaibility in Higher Education, 21(6), 1151-1167. 10.1108/IJSHE-06-2019-0197

Sutton, S. G., & Gyuris, E. (2015). Optimizing the environmental attitudes inventory: Establishing a baseline of change in students' attitudes. International Journal of Sustentainability in Higher Education, 16(1), 16-33. 10.1108/IJSHE-03-2013-0027

Teixeira, L. I., Silva Filho, J. C., & Meireles, F. R. (2016). Consciência e Atitude Ambiental em Estudantes de Instituições de Ension Técnico e Tecnológico. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, 20(1), 334-350. 10.5902/2236117020025

Telocken, S. G., Garlet, V., Favarin, R., Madruga, L. R., & Trevisan, M. (2017). O consumo consciente entre os alunos de Administração de uma universidade federal brasileira sob a ótica da educação para a sustentabilidade. Revista de Gestão e Desenvolvimento, 14(1), 100-113.

Utari, E., & Nadiroh, S. Y. (2016). The students' new environmental paradigm (NEP) of mathematics study program at Universitas Sultan Ageng Tirtayasa in the teaching-learning of envronmental subject. In ISQAE 2016 5th International Seminar On Quality & Affordable, 214-219.

Whitmarsh, L. (2008). Are flood victims more concerned about climate change than other people? The role of direct experience in risk perception and behavioural response. Journal of Risk Research, 11(3), 351-374. 10.1080/13669870701552235

Xiao, C., Dunlap, R. E., & Hong, D. (2019). Ecological Worldview as the Central Component of Environmental Concern: Clarifying the Role of the NEP. Society & Natural Resources, 32(1), 53-72. 10.1080/08941920.2018.1501529

Downloads

Publicado

04/04/2021

Como Citar

REIS NETO, J. F. dos; SOUZA, C. C. de; BITENCOURT, T. D. A.; CUPERTINO, C. M.; MELO NETO, P. L. de .; SOARES, D. G.; RODRIGUES, I. de O. Validando a Escala do Novo Paradigma Ecológico (NEP) em Estudantes Universitários Brasileiros. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 4, p. e16410413947, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i4.13947. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13947. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais