Percepção dos idosos em tratamento de hemodiálise

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14010

Palavras-chave:

Insuficiência renal crônica; Saúde do idoso; Diálise renal.

Resumo

Conforme a população envelhece, aumenta o número de doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas a insuficiência renal crônica, que em fase terminal leva o paciente a realizar uma terapia renal substitutiva, um dos métodos é na forma de hemodiálise, um tratamento que mantêm a vida, porém exige do paciente conviver com as restrições impostas pelas condições de saúde e tratamento. O objetivo deste trabalho é reconhecer as principais dificuldades vivenciadas pelos idosos em tratamento de hemodiálise no município de Cáceres-MT. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, realizado com 16 idosos, entre os meses de agosto à novembro de 2020 para a entrevista utilizou-se um questionário semiestruturado contendo perguntas abertas. Entre os idosos entrevistados, 50% eram do sexo masculino e 50% feminino, com uma idade que variou de 60 a 81 anos. Após a análise das entrevistas obtivemos três categorias: percepções e vivências acerca do impacto da doença e o processo de aceitação do tratamento de hemodiálise; o idoso em tratamento de hemodiálise: principais dificuldades vivenciadas; e fé, família e equipe multiprofissional: enfrentamento da doença e apoio na adesão ao tratamento. Este estudo revelou que o idoso em hemodiálise convive com várias limitações e dificuldades, necessitando do total apoio dos familiares, sociedade, principalmente a equipe de enfermagem, ajudando-lhes na resolução das dificuldades encontradas, saber ouvi-los e compreendê-los em sua individualidade e magnitude, criando ações educativas para promover uma melhor qualidade de vida para que apesar das limitações estes idosos possam viver melhor.

Biografia do Autor

Ana Claudia Barbosa Florencio, Universidade do Estado de Mato Grosso

Discente do curso Bacharel em Enfermagem.

Bianca Teshima de Alencar, Universidade do Estado de Mato Grosso

Enfermeira. Mestre em Ciências Ambientais.

Helena Gonçalves Marins, Centro de Tratamento do Rim de Cáceres

Assistente Social.

Rafael Teshima de Alencar, Universidade do Estado de Mato Grosso

Enfermeiro.

Samira Michel Garcia Campos, Universidade do Estado de Mato Grosso

Enfermeira. Doutora em Biologia Oral.

Referências

Brasil. (2006). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Ministério da Saúde, Caderno de Atenção Básica nº 19. – Brasília. 192 p.

Cargnin, M. C. S., Santos, K. S., Gentelina, C. O., Rotoli, A., Paula, S. F. & Ventura, J. (2018). Pacientes em tratamento hemodialítico: percepção acerca das mudanças e limitações da doença e tratamento. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, 10 (4): 926.

CNES. Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde. (2020). Consulta estabelecimento. http://cnes.datasus.gov.br/pages/estabelecimentos/ficha/identificacao/5102502394936.

Contente, S. R., Cavalcante, L. I. C., Silva, S. S. & Heumann, S. (2018). Rotina E Qualidade De Vida De Usuários Em Terapia Renal Substitutiva. SPAGESP - Sociedade de Psicoterapias Analíticas Grupais do Estado de São Paulo, 19 (2): 81–93.

Costa, F. G., Coutinho, M. da. P. de. L. & Santana, I. O. de. (2014). Insuficiência renal crônica : representações sociais de pacientes com e sem depressão, Psico-USF, 19 (3): 387–398.

Everling, J., Gomes, J. S., Benetti, E. R. R., Kirchner, M., Barbosa, D. A. & Stumm; E. M. F. (2016). Eventos associados à hemodiálise e percepções de incômodo com a doença renal. Avances en Enfermería, 34 (01): 48–57.

Farago, C. C. & Fofonca, E. A. (2007). Análise de conteúdo na perspectiva de Bardin: Do Rigor Metodológico À Descoberta De Um Caminho De Significações. Linguagem, 18: 1–5.

Galvão, A. A. F., Silva, E. G. da. & Santos, W. L. dos. (2019). As dificuldades encontradas pelos pacientes com insuficiência renal crônico ao iniciar o tratamento. Revista de Iniciação Científica e Extensão, 2 (4): 180-189.

Guyton, A.C. & Hall, J. E. (2011). Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed. Rio de Janeiro/RJ: Elsevier, 289-433.

Hartwig, S. V., Junior, A. L. de. S. & Ignotti, E. (2018). Medicamentos para hipertensão de pacientes em hemodiálise em Cáceres - Mato Grosso, Brasil. Mundo da Saúde, 42(1): 158–180.

IBGE. (2018) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Agência IBG Notícias. Número de idosos cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017.

Kusumota, L., Rodrigues, R. A. P. & Marques, S. (2004). Idosos com Insuficiência Renal Crônica: Alterações no Estado de Saúde. Rev Latino-Am Enfermagem, 12 (3): 525–532.

Lima, A. F. C. & Gualda, D. M. R. (2001). História oral de vida: buscando o significado da hemodiálise para o paciente renal crônico. Revista Escola de Enfermagem da USP, 35 (3): 235–241.

Nepomuceno, F. C. L., Melo Junior, I. M. De., Silva, E. De A. & Lucena, K. D. T. de. (2014). Religiosidade e qualidade de vida de pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise. Saúde em debate [online], 38 (100): 119 -128.

Neves, D. M. De M., Sesso, R. DE C.C., Thomé, F. S., Lugon, J. R. & Nascimento, M. M. (2018). Censo Brasileiro de Diálise: análise de dados da década 2009-2018. Jornal Brasileiro de Nefrologia, 42 (2): 191–200.

Oliveira, G. T.C. De., Andrade, E. I.G., Acurcio, F. De. A., Cherchiglia, M.L. & Correia, M. I .T. D. (2012). Avaliação nutricional de pacientes submetidos à hemodiálise em centros de Belo Horizonte. Revista da Associação Médica Brasileira, 58 (2): 240–247.

Oliveira, H. M. de. Jr., Formiga, F. F. C. & Alexandre, C. da S. (2014). Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes em programa crônico de hemodiálise em João Pessoa - PB. Jornal Brasileiro de Nefrologia, 36(3): 367–374.

Orlandi, F. De. S., Pepino, B. G., Pavarini, S. C. I., Santos, D. A. Dos., & Mendiondo, M. S. Z. de. (2012). Avaliação do nível de esperança de vida de idosos renais crônicos em hemodiálise. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 46 (4): 900–905.

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1

Pilger, C., Rampari, E. M., Waidman, M. A. P. & Carreira, L. (2010) Hemodiálise: Seu significado e impacto para a vida do idoso. Escola Anna Nery, 14 (4): 677–683.

Rosa, K. R. & Loures, M. C. (2013). Qualidade de vida de idosos em hemodiálise: Enfermagem e o lúdico. Revista de Ciências Ambientais e Saúde - Estudos, Vida e Saúde, 40(4): 419–446.

Rudnicki, T. (2014). Doença renal crônica: vivência do paciente em tratamento de hemodiálise. Contextos Clínicos, 07(01): 105–116.

Santos, V. F. C. Dos., Borges, Z. N., Lima, S. O. & Reis, F. P. (2018). Percepções, significados e adaptações à hemodiálise como um espaço liminar: a perspectiva do paciente. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 22 (66): 853-863.

Santos, I. Dos., Rocha, R. De. P. F. & Berardinelli, L. M. M. (2011). Necessidades de orientação de enfermagem para o autocuidado de clientes em terapia de hemodiálise. Revista Brasileira de Enfermagem, 64(2): 335–342.

SBN. Sociedade Brasileira De Nefrologia. (2018). Doenças Comuns/Tratamentos - Hemodiálise. 2018. https://sbn.org.br/publico/tratatamentos/hemodialise/.

Sesso, R. C., Lopes, A. A., Thomé, F. S., Lugon, J. R. & Martins, C. T. (2017). Inquérito Brasileiro de Diálise Crônica 2016. Jornal Brasileiro de Nefrologia, 39 (3): 261–266.

Silva, A. S. Da., Silveira, R. S. Da, Fernandes, G. F.M., Lunardi, V. L. & Backes, V. M. S. (2011). Percepções e mudanças na qualidade de vida de pacientes submetidos à hemodiálise. Revista Brasileira de Enfermagem, 64(5): 839-844.

Silva, K. A. L. DA, Cargnin, M. C. Dos S., Ventura, J., Paula, S. F. DE & Groos, J. V. (2017). Qualidade de vida de pacientes com insuficiência renal em tratamento hemodialítico. Revista de Enfermagem UFPE on Line, 11(11): 4663–4670.

Souza, D. F. A. De, Pereira, B. C., Dázio, E. M. R., Vilela, S. De C., Terra, F. De S. & Resck, Z. M. R. (2020). Perspectivas de vida e de viver de pessoas em tratamento hemodialítico. Ciência, Cuidado e Saúde, 19: 1–8.

Stevens, A. & Lowe, J. (2002). Patologia. - 2 ed. Barueri/SP: Manole. p. 349-382.

Uema, R. T. B. & Pupulim, J. S. L. (2015). Percurso E Expectativa De Vida Do Indivíduo Em Tratamento Hemodialítico. Revista de Enfermagem UFPE On Line, 9(10): 1500–1508.

Xavier, B. L. S., Santos, I. Dos, Almeida, R. F., Clos, A. C. & Santos, M. T. dos. (2014). Caracteristicas individuais e clínicas de clientes com doença renal crônica em terapia renal substitutiva. Revista Enfermagem, 22(3): 314–320.

Downloads

Publicado

09/04/2021

Como Citar

FLORENCIO, A. C. B. .; ALENCAR, B. T. de .; MARINS, H. G. .; ALENCAR, R. T. de .; CAMPOS, S. M. G. .; HARTWIG, S. V. . Percepção dos idosos em tratamento de hemodiálise. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 4, p. e23310414010, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i4.14010. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14010. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde