Música, Indústria Cultural e a regressão da audição: Contribuições da Teoria Crítica à emancipação humana
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14123Palavras-chave:
Teoria crítica; Indústria cultural; Música de consumo; Regressão da audição.Resumo
Atualmente a música está presente em quase todos os espaços sociais, mas isso não significa que contribua para aumentar a qualidade da formação do pensamento e do sentimento estético das pessoas. Elas servem sim, para entreter e para passar o tempo, mas dificilmente promovem a fruição. Diante do exposto, este estudo tem por objetivo examinar como a música foi utilizada pela indústria cultural para formatar a audição dos homens, contribuindo para a regressão da audição. É uma pesquisa qualitativa e o método utilizado é o crítico-dialético de natureza teórica, fundamentada em fontes bibliográficas que embasam a discussão dos conceitos. Em um primeiro momento discorre sobre o gosto musical que está muitas vezes condicionado pelas relações de produção, ressaltando como a música – assim como as demais linguagens artísticas – foi sendo cooptada pela razão instrumental. Na sequência demonstra como a música em escala indústria tem contribuído para formatar a audição dos indivíduos, que estão acostumados com os mesmos acordes musicais, sem variação de timbres, apontando a negatividade desta situação, pois a mesma também pode contribuir para a formação estética. Conclui-se que uma música que existe uma distância entre um sucesso musical e sua qualidade estética. Filosoficamente a música possui uma potencialidade negativa que possibilita não apenas ser ouvida em momentos de lazer, mas também pode oportunizar uma experiência estética, resultando em um ato formativo.
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