Observações sobre a germinação de Struthanthus marginatus (Desr.) G.Don (Loranthaceae)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14184Palavras-chave:
Ervas-de-passarinho; Desenvolvimento; Hospedeiro.Resumo
O gênero Struthanthus Mart. compreende ervas-de-passarinho conhecidas por suas características daninhas, cuja germinação ocorre sobre os ramos dos seus hospedeiros. O presente trabalho objetivou-se a analisar a geminação de S. marginatus (Desr.) G.Don sobre Poincianella pluviosa (DC.) L.P.Queiroz (Fabaceae) crescendo na arborização do campus de Vitória da Conquista da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Os frutos foram avaliados quanto às dimensões (n = 10), teor de umidade (n = 50), fixados na hospedeira pela viscina (n = 60) e acompanhados de 31 de agosto a 06 de novembro de 2018. Os diásporos apresentaram-se com 0,75‒0,90 × 0,41‒0,61 cm, umidade de 58,01% na semente e 48,79% no pericarpo. Nas 30 primeiras sementes, a germinação iniciou-se no 16º dia, com pico no 20º dia. Destas, 40% (n = 12) germinaram, uma (3%) formou plântula no 34º dia, morrendo no 48º dia. No plantio seguinte (n = 30), 11 germinaram no 3º dia, com pico no 6º dia, sete formaram plântula até o 20º dia, morrendo no 35º dia. Nossas observações mostram baixa taxa germinativa para S. marginatus.
Referências
Arruda, R., Fadini, R. F., Mourão, F. A., Jacobi, C. M., & Teodoro, G. S. (2008). Natural history and Ecology of Neotropical mistletoes. Encyclopedia of Life Support Systems (EOLSS).
Auer, C. G. (1996). Doenças de árvores urbanas: EMBRAPA/CNPF.
Aukema, J. E., & Martínez-del-Rio, C. (2002). Where does a fruit-eating bird deposit mistletoe seeds? Seed deposition patterns and an experiment. Ecology, 83(12), 3489‒3496.
Azevedo, J. M. L., Santos, C. G. G., Caires, C. S., Araújo-Neto, J. C., & Souza, R. C. (2018). Morphometry and germination of Passovia pyrifolia, Struthanthus marginatus, and Phoradendron mucronatum diaspores. Planta Daninha, 36, 1‒12. 10.1590/S0100-83582018360100010
Boussim, J. I., & Médah, N. (2009). Méthodes de lutte contre les Loranthaceae. Flora et Vegetatio Sudano-Sambesica, 12, 27‒35.
BRASIL. (2009). Regras para análise de sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária: MAPA/ACS. 399p.
Caires, C. S., & Dettke, G. A. (2020). Struthanthus. In Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB8711.
Cazetta, E., & Galetti, M. (2003). Ecologia das ervas-de-passarinho. Ciência Hoje, 33, 72‒74.
Freire, S. M. F., Andrade, K. N. S., Aragão-Júnior, G. A., Noronha, E. P., Silva, S. N., Cartágenes, M. S. S., Borges, M. O. R., Ribeiro, M. N. S., Torres, L. M. B., & Borges, A. C. R. (2011). Antiulcerogenic activity of the extracts of Struthanthus marginatus. Revista Brasileira de Farmacognosia, 21(6), 1089‒1095. 10.1590/S0102-695X2011005000150
Gonçalves, K. M., & Caires, C. S. (2015). Distribuição espacial da arborização da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus Vitória da Conquista, como método para inventário das ervas-de-passarinho. In: XIX Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UESB, 2015, Vitória da Conquista. Anais [...]. Vitória da Conquista: UESB, 282‒285.
Leitão, F., Leitão, S. G., Almeida, M. Z., Cantos, J., Coelho, T., & Silva, P. E. A. (2013). Medicinal plants from open-air markets in the State of Rio de Janeiro, Brazil as a potencial source of new antimycobacterial agents. Journal of Ethnopharmacology, 149(2), 513‒521. 10.1016/j.jep.2013.07.009
Martins, L. G. S., Vale, L. S., Lainetti, R., & Pereira, N. A. (2006). Um estudo sobre a toxicidade da erva-de-passarinho (Struthanthus marginatus, Loranthaceae), parasitando trombeteira (Datura suaveolens, Solanaceae). Revista Brasileira de Farmácia, 87(2), 63‒64.
Monteiro, R. F., Martins, R. P., & Yamamoto, K. (1992). Host specificity and seed dispersal of Psittacanthus robustus (Loranthaceae) in South-east Brazil. Journal of Tropical Ecology, 8(3), 307‒314. 10.1017/S026646740000657X
Nunes-de-Almeida, C. H. L., & Avalos, V. R. (2016). Foraging techniques of Swallow-tailed Cotinga (Phibalura flavirostris) on fruits of Struthanthus marginatus (Loranthaceae) in Monte Verde, Camanducaia, state of Minas Gerais, Brazil. Revista Brasileira de Ornitologia, 24(1), 27‒29.
Rotta, E. (2001). Ervas-de-passarinho (Loranthaceae) na Arborização Urbana: passeio público de Curitiba, um estudo de caso. Tese [Doutorado em Ciências Florestais] - Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Said, M. M., Rivas, A. A. F., & Oliveira, L. A. (2021). Cupuassu plant mangement and the market situation of Itacoatiara, Manacapuru and Presidente Figueiredo counties, Amazonas State, Brazil. Research, Society and Development, 10(3), e15110313109. 10.33448/rsd-v10i3.13109
Silva, F. N. S., Conceição, G. M., & Almeida, D. B. (2010). Ocorrência da família Loranthaceae no município de Caxias, Maranhão, Brasil. Cadernos de Geociências, 7(2), 131‒135.
Snow, D. W. (2004). Family Cotingidae (cotingas), p. 32‒66. In: del Hoyo, J., Elliott, A., & Christie, D. (eds.). Handbook of the birds of the world. 9: Cotingas to pipits and wagtails. Barcelona Lynx Edicions.
Venturelli, M. (1980). Estudos morfo-anatômicos e ontogenéticos em Struthanthus vulgaris Mart. (Loranthaceae - Loranthoideae) e de seu relacionamento com o hospedeiro. Tese [Doutorado em Ciências] - Universidade de São Paulo, São Paulo.
Venturelli, M. (1981). Estudos sobre Struthanthus vulgaris Mart.: anatomia do fruto e semente e aspectos de germinação, crescimento e desenvolvimento. Revista Brasileira de Botânica, 4(2), 131‒147.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Lucas de Andrade Santos; Claudenir Simões Caires
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.