Fatores que influenciam a adesão às medidas de precaução padrão e de contato no cuidado à pacientes críticos: Revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14278Palavras-chave:
Precauções Universais; Unidades de Terapia Intensiva; Controle de infecções.Resumo
Objetivo: Identificar, na literatura científica, os fatores que influenciam a adesão de medidas de precaução padrão e de contato por profissionais de saúde durante o cuidado à pacientes críticos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, baseada em investigações científicas publicadas entre 2015 e 2020. Foram efetuadas buscas nas bases de dados: BDENF, LILACS, MEDLINE, PUBMED e SCIELO, a partir dos descritores: Precauções Universais; Unidades de Terapia Intensiva; e, Controle de Infecções. Resultados: Foram identificadas 1.522 publicações, dos quais 10 atingiram os critérios de elegibilidade estabelecidos. A partir dos resultados, identificou-se que a baixa adesão às precauções padrão e de contato podem estar relacionadas aos fatores individuais dos profissionais, à deficiência na formação, à estrutura organizacional da instituição, ao gerenciamento da unidade e às condições de trabalho. Considerações Finais: As taxas de adesão às medidas de precaução padrão e de contato pelos profissionais da saúde atuantes nas Unidades de Terapia Intensiva, ainda estão aquém do esperado, seja no quesito higienização das mãos, manejo e descarte de perfurocortantes ou uso de equipamentos de proteção individual.
Referências
Adegboye, M. B., Zakari, S., Ahmed, B. A., & Olufemi, G. H. (2018). Knowledge, awareness and practice of infection control by health care workers in the intensive care units of a tertiary hospital in Nigeria. African health sciences, 18(1), 72–78. https://doi.org/10.4314/ahs.v18i1.11
Alvim, A. L. S., & Gazzinelli, A. (2016). Conhecimento dos profissionais de enfermagem em relação às medidas de prevenção das infecções. Revista de Enfermagem UFPE on line, 11(1), 18-23. https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/11873
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2004). Curso Infecção Relacionada à Assistência à Saúde – IRAS. Módulo 5: Risco Ocupacional e Medidas de Precauções e Isolamento. Versão 1.0. https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/iras/M%F3dulo%205%20-%20Risco%20Ocupacional%20e%20Medidas%20de%20Precau%E7%F5es%20e%20Isolamento.pdf
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2009). Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higienizacao_maos.pdf
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2016). Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (2016-2020). https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/pnpciras-2016-2020
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2017). Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/caderno-5
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2018). Nota Técnica nº 01/2018 GVIMS/GGTES/ANVISA: Orientações gerais para higiene das mãos em serviços de saúde. https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/alertas/item/nota-tecnica-n-01-2018-gvims-ggtes-anvisa-orientacoes-gerais-para-higiene-das-maos-em-servicos-de-saude
Barros, F. E. (2017). Construindo estratégia educativa relacionada a infecções na assistência à saúde em unidade hematológica e a enfermagem [Dissertação Mestrado, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro]. Hórus: Repositório Institucional da UNIRIO. http://www.repositorio-bc.unirio.br:8080/xmlui/handle/unirio/10969?show=full
Barros, F. E., Soares, E., Teixeira, M. L. O., & Branco, E. M. S. C. (2019). Controle de infecções a pacientes em precaução de contato. Revista de Enfermagem UFPE on line, 13(4), 1081-1089. https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/238991.
Basso, M. E., Pulcinelli, R. S. R., Aquino, A. R. C., & Santos, K. F. (2016). Prevalência de infecções bacterianas em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva (UTI). Revista Brasileira de Análises Clínicas, 48(4), 383-388. https://doi.org/10.21877/2448-3877.201600307
Boeira, E. R., Silva e Souza, A. C., Pereira, M. S., Vila, V. S. C., & Tipple, A. F. V. (2019). Controle de infecções e medidas de segurança do paciente abordados em projetos pedagógicos da enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 53, e03420. https://doi.org/10.1590/s1980-220x2017042303420
Castro, A. F., & Rodrigues, M. C. S. (2019). Auditoria de práticas de precauções-padrão e contato em Unidade de Terapia Intensiva. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 53, e3508. https://doi.org/10.1590/s1980-220x2018018603508
Centers for Disease Control and Prevention. (2016). Guide to infection prevention for outpatient settings: minimum expectations for safe care. https://www.cdc.gov/infectioncontrol/pdf/outpatient/guide.pdf
Centre for Evidence-Based Medicine. (2009). Oxford Centre for Evidence-based Medicine – Levels of Evidence. https://www.cebm.net/2009/06/oxford-centre-evidence-based-medicine-levels-evidence-march-2009/
Faria, L. B. G., Santos, C. T. B., Faustino, A. M., Oliveira, L. M. A. C., & Cruz, K. C. T. (2019). Conhecimento e adesão do enfermeiro às precauções padrão em unidades críticas. Texto & Contexto - Enfermagem, 28, e20180144. https://doi.org/10.1590/1980-265x-tce-2018-0144
Faro, A. R. M. C. (2016). Avaliação do Conhecimento de Enfermagem em Terapia Intensiva Quanto às Medidas de Precaução Padrão e Biossegurança em Hospitais Públicos na Amazônia Ocidental Brasileira [Monografia de MBA, Instituto Nacional de Ensino Superior e Pesquisa].
Gil, A. C., Bordignon, A. P. P., Castro, E. A. R., Castro, S. T., Rafael, R. M. R., & Pereira, J. A. A. (2018). Avaliação microbiológica de superfícies em terapia intensiva: reflexões sobre as estratégias preventivas de infecções nosocomiais. Revista Enfermagem UERJ, 26, e26388. https://doi.org/10.12957/reuerj.2018.26388
Melo, M.S. (2019). Ações para a prevenção e controle da resistência bacteriana em hospitais de grande porte de Minas Gerais [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais]. Repositório Institucional da UFMG. http://hdl.handle.net/1843/31014
Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., Altman, D. G., The PRISMA Group. (2009). Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA Statement. PLOS Medicine, 6(7), e1000097. https://doi.org/10.1371/journal.pmed.1000097
Moralejo, D., El Dib, R., Prata, R. A., Barretti, P., & Corrêa, I. (2018). Improving adherence to Standard Precautions for the control of health care-associated infections. Cochrane Database of Systematic Reviews, 2(2), CD010768. https://doi.org/10.1002/14651858.CD010768.pub2
Ndu, A. C., & Arinze-Onyia, S. U. (2017). Standard precaution knowledge and adherence: Do Doctors differ from Medical Laboratory Scientists? Malawi medical journal: the journal of Medical Association of Malawi, 29(4), 294–300. https://doi.org/10.4314/mmj.v29i4.3
Pedrosa, K. K. A., Oliveira, I. C. M., Feijão, A. R., & Machado, R. C. (2015). Enfermagem baseada em evidência: caracterização dos estudos no Brasil. Cogitare Enfermagem, 20(4), 733-741. https://doi.org/10.5380/ce.v20i4.40768
Piai-Morais, T. H., Orlandi, F. S., & Figueiredo, R. M. (2015). Fatores que influenciam a adesão às precauções-padrão entre profissionais de enfermagem em hospital psiquiátrico. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 49(3), 473-480. https://doi.org/10.1590/S0080-623420150000300016
Porto, J. S., & Marziale, M. H. P. (2016). Motivos e consequências da baixa adesão às precauções padrão pela equipe de enfermagem. Revista Gaúcha de Enfermagem, 37(2), e57395. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2016.02.57395
Reis, T. B., Tacla, M. T. G. M., Ferrari, R. A. P., Sant’Anna, F. L., & Faccioli, S. C. (2015). Precaução de Contato: percepção dos acompanhantes de crianças internadas em Unidade Pediátrica. Ciência, Cuidado e Saúde, 14(3), 1315-1322. https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v14i3.24171
Siegel, J. D., Rhinehart, E., Jackson, M., Chiarello, L., & Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee. (2019). 2007 Guideline for isolation precautions: preventing transmission of infections agents in healthcare settings. https://www.cdc.gov/infectioncontrol/pdf/guidelines/isolation-guidelines-H.pdf
Silva, B. R., Carreiro, M. A, Simões, B. F. T., & Paula, D. G. (2018). Monitoramento da adesão à higiene das mãos em uma unidade de terapia intensiva. Revista Enfermagem UERJ, 26, e33087. https://doi.org/10.12957/reuerj.2018.33087
Whittemore, R., & Knalf, K. (2005). The integrative review: updated methodology. Journal of Advanced Nursing, 52(5), 546-553. https://doi.org/10.1111/j.1365-2648.2005.03621.x
World Health Organization. (2009). WHO Guidelines on Hand Hygiene in Health Care: First Global Patient Safety Challenge Clean Care is Safer Care. https://www.who.int/publications/i/item/9789241597906
World Health Organization. (2016). Health care without avoidable infections: the critical role of infection prevention and control. https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/246235/WHO-HIS-SDS-2016.10-eng.pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Patrícia Miranda Sá; Caroline Gomes Marambaia; Priscila Carvalho de Souza; Aline Affonso Luna; Natália Chantal Magalhães da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.