Atividades experimentais investigativas e a habilidade de elaborar hipóteses na formação inicial de professores
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14285Palavras-chave:
Ensino; Atividades experimentais investigativas; Habilidades científicas; Formação de professor.Resumo
Neste trabalho buscamos identificar as contribuições das atividades experimentais investigativas para o desenvolvimento da habilidade científica de projetar um experimento para testar uma hipótese durante a formação inicial de discentes de Licenciatura em Física e em Química. Realizamos uma pesquisa qualitativa com 20 participantes de cursos de uma Universidade Federal no Norte do Brasil. Por intermédio de uma oficina com experimentação investigativa no laboratório, os discentes elaboraram suas hipóteses e realizaram os experimentos para testá-las. Os dados foram coletados por meio de atividades escritas realizadas e entrevistas, as quais foram analisadas, respectivamente, por rubricas e pela Análise Textual Discursiva. Constatamos que as atividades experimentais investigativas são uma alternativa promissora para desenvolver a habilidade de elaborar hipótese, porém a pesquisa mostra que essa habilidade necessita ser trabalhada em atividades com maior tempo de duração.
Referências
Bachelard, G. (1996). A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Contraponto.
Becker, F. (2010). Ensino e Pesquisa: qual a relação? In: Becker, F., & Marques, T. B. I. (Orgs). Ser professor é ser pesquisador. (p.11-20) Porto Alegre: Mediação.
Borges, A. T. (2002). Novos rumos para o laboratório escolar de Ciências. Caderno Brasileiro De Ensino De Física, 19 (3), 291-313. https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/6607
Brasil, (1997). Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação Fundamental, Brasília.
Brasil, (2018). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Secretaria de Educação Básica, Brasília.
Brasil, (2019). Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial de professores: Base Nacional Comum para a Formação. Secretaria de Educação Básica, Brasília.
Carvalho, A. M. P., & Gil-pérez, D. (2011). Formação de professores de Ciências: tendências e inovações. Coleção Questões da nossa época. (10a ed.), Cortez.
Carvalho, A. M. P. (2013). O ensino de Ciências e a proposição de sequências de ensino investigativas. In: Carvalho, A. M. P . (Org). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. (p.1-20).São Paulo: Cengage Learning.
Chassot, A. (2018). Para que(m) é útil o ensino? (4a ed.), Unijuí.
Creswell, L. W. (2010). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Tradução Magda Lopes (3a ed.), Artmed.
Demo, P. (2014). Educação científica. Revista Brasileira de Iniciação Científica, 1 (1), 2-22. https://periodicos.itp.ifsp.edu.br/index.php/IC/article/view/10/421
Etkina, E. et al (2006). Scientific abilities and their assessment. Physical Review Special Topics – Physics Education Research, 2 (2), 1-15. http://dx.doi.org/10.1103/PhysRevSTPER.2.020103
Etkina, E., Karelina, A., & Ruibal-Villasenor, M. (2008). How long does it take? A study of student acquisition of scientific abilities. Physical Review Special Topics – Physics Education Research, 4(2), 1-15.
http://dx.doi.org/10.1103/PhysRevSTPER.4.020108
Hodson, D. Experiment in Science and Science teaching (1988). Educational Philosophy and Theory, 20 (2), 53-66. http://dx.doi.org/10.1111/j.1469-5812.1988.tb00144.x
Kasseboehmer, A. C., Hartwing, D. R., & Ferreira, L. H. (2015). Contém Química 2: Pensar, fazer e aprender pelo método investigativo. Pedro e João.
Moraes, R., & Galiazzi, M. C. (2016). Análise textual discursiva. (3a ed.), Unijuí
Munford, D., & Lima, M. E. C. C. (2007). Ensinar ciências por investigação em quê estamos de acordo. Ensaio Pesquisa em Ensino de Ciências, 9 (1), 89-111. https://doi.org/10.1590/1983-21172007090107
Perrenoud, P. (2000). Dez novas competências para ensinar.Tradução de Patrícia Chittoni Ramos. Artes Médicas Sul.
Pérez, D. G. et al (2001). Para uma imagem não deformada do trabalho científico. Ciência & Educação. Bauru. 7 (2), 125-153. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-73132001000200001
Praia, J., Cachapuz, A., & Gil-Pérez, D. (2002). A hipótese e a experiência científica em educação em ciência: contributos para uma reorientação epistemológica. Ciência & Educação. Bauru. 8(2), 253-262. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-73132002000200009
Silva, R. R., Machado, P. F. L., & Tunes, E. (2010). Experimentar sem medo de errar. In: Santos, W. L. P. dos & Maldaner O. A.(Orgs). Ensino de Química em Foco. (p.213-261). Ijuí: Unijuí.
Suart, R. de C., & Marcondes, M. E. R. (2008). As habilidades cognitivas manifestadas por alunos do ensino médio de química em uma atividade experimental investigativa. Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências. 8(2), 1-22. https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4022
Suart, R. de C., & Marcondes, M. E. R. (2009). A manifestação de habilidades cognitivas em atividades experimentais investigativas no ensino médio de química. Ciências & Cognição, 14 (1), 50-74. http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/38
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Lucenir da Silva Frazão; Marta Silva dos Santos Gusmão; Ettore Paredes Antunes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.