Alterações bucais e sistêmicas da Histiocitose de Células de Langerhans em paciente pediátrico: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14456Palavras-chave:
Histiocitose de Células de Langerhans; Crianças; Patologia Bucal; Odontopediatria.Resumo
A Histiocitose de Células de Langerhans (LCH) é uma desordem associada à proliferação das células de Langerhans. Devido à sua natureza infiltrativa, a LCH pode envolver órgãos como a pele, os gânglios, o pulmão e o fígado. Estima-se que sua incidência é de aproximadamente 5 a 10 casos em um milhão por ano, principalmente em menores de 15 anos, com predominância no sexo masculino, na proporção de 2:1 e sua patogênese permanece desconhecida. Objetivou-se com este estudo descrever as manifestações sistêmicas e orais da LCH, em uma criança, destacando a importância do cirurgião-dentista no diagnóstico precoce das lesões bucais na atenção básica. Para descrição do caso clínico, as informações foram obtidas por meio de consulta ao prontuário do paciente no Hospital Universitário Onofre Lopes – HUOL. Paciente do sexo masculino, 4 meses, apresentava lesões na cavidade oral em rebordo alveolar inferior, superior e palato duro, exofíticas formada por regiões eritroplásicas e leucoplásicas não removida durante raspagem, com distensão abdominal, fontanela normotensa, presença de “nódulo” cefálico parietal, ictérico, colúria, hipocolia fecal e genitália hiperemiada. Concluímos que a criança possuía quadro clínico compatível com LCH. Este trabalho mostrou ainda a importância do cirurgião-dentista, especialmente na Atenção Básica de saúde, para o correto diagnóstico de doenças sistêmicas, com manifestações bucais, assim como a sua responsabilidade na ordenação do cuidado na busca pela integralidade da atenção.
Referências
Anniballi, S., Cristalli, M. P., Solidane, M., Ciavarella, D., La Monaca, G., Suriano, M. M., Lo Muzio, L. & Lo Russo, L. (2009). Langerhans cell histiocytosis: oral/periodontal involvement in adult patients. Oral Dis.; 15: 596-601
Aricò, M., Clementi, R., Caselli, D. & Danesino, C. (2003). Histiocyte disorders. Hematol J. 2003;4(3):171-9.
Aruna, D., Pushpalatha, G., Galgali, S. & Prashanthy. (2011). Langerhans cell histiocytosis. J Indian Soc Periodontol.; 15(3): 276–279
Fistarol S., Itin, P., Häusermann, P., Oberholzer, M., Raineri, I., Lambrecht, T. & Lindenmüller, I. H. (2009). Unifocal Langerhans cell histiocytosis of the oral mucosa. J Dtsch Dermatol Ges. 7: 620 e 622.
Gey, T., Bergoin, C., Paupard, T., Cazals-Hatem, D. & Xuan, K. H. (2004). Langerhans cell histiocytosis and sclerosing cholangitis in adults. Rev Mal Respir. 21:997-1000.
Goodman, W. T & Barret, T. L. (2003) Histiocytoses. In: Bolognia, J. L., Jorizzo, J. L. & Rapini, R. P., editors. Dermatology. Philadelfia: Mosby; p.1429-33
Guthery, S. L. & Heubi, J. E. (2001). Liver involvement in childhood histiocytic syndromes. Current Opinion in Gastroenterology. 17:474–78.
Haupt, R., Minkov, M., Astigarraga, I., Shäfer, E., Nanduri, V., Jubran, R., Egeler, R. M., Janka, G., Micic, D., Rodrigues-Galindo, C., Gool, S. V., Visser, J., Weitzman, S. & Donadieu, J. (2013). Langerhans cell histiocytosis (LCH): guidelines for diagnosis, clinical work-up, and treatment for patients till the age of 18 years. Pediatr Blood Cancer. 60(2):175-84.
Kapoor, R., Loizedes, A. M., Sascdeva, S. & Paul, P. (2015). Disseminated Langerhans Cell Histiocytosis Presenting as Cholestatic Jaundice. Journal of Clinical and Diagnostic Research., Vol-9(2): SD03-SD05.
Kilborn, T. N., The, J. & Goodman, T. R. (2003). Paediatric Manifestations of Langerhans Cell Histiocytosis: a Review of the Clinical and Radiological Findings. Clinical Radiology. 58, 269–278.
Liu, D. G., Zhang, Y. & Li, F. (2012). Multisystem Langerhans cell histiocytosis with liver dysfunction as the first presentation: A case report. Oncol Lett.; 3(2):391-94. Epub 2011 Oct 26.
Magno, J. C. C., D’Almeida, D. G., Magalhães, V. J. P., Araújo, M. L., Miranda, C. B. & Nagel, J. (2007). Histiocitose de Células de Langerhans em Margem Anal: Relato de Caso e Revisão da Literatura. Rev Bras Coloproct. 27:83-8.
Murray, M., Dean, J. & Slater, L. (2011). Multifocal oral Langerhans cell histiocytosis. J Oral Maxillofac Surg. 2011;69:2585-91.
Neville, Brad W. (2016). Patologia Oral e Maxilofacial. Trad.4a Ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 824p.
Pereda-Martínez-Madrigal, C., Rodríguez-Guerrero, V., Moya-Guisado, B. & García-Meniz, C. (2009). Langerhans cell histiocytosis: literature review and descriptive analysis of oral manifestations. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2009; 4:222-8.
Postini, A. M., Prever, A. B., Pagano, M., Rivetti, E., Berger, M., Asaftei, S. D., Barat, V., Andreacchio, A. & Fagioli F. (2012). Langerhans cell histiocytosis: 40 years’ experience. J Pediatr Hematol Oncol. 2012 Jul;34(5):353-8
Ribeiro, B. B., Guerra, L. M., Galhardi, W. M. P. & Cortellazzi, K. L. (2012). Importância do reconhecimento das manifestações bucais de doenças e de condições sistêmicas pelos profissionais de saúde com atribuição de diagnóstico. Odonto. 20(39): 61-70.
Savasan, Süreyya. (2006). An enigmatic disease: childhood Langerhans cell histiocytosis in 2005. Int J Dermatol. 45:182-8.
Schmidt, S., Eich, G., Hanquinet, S., Tschäppeler, H. Waibel, P. & Gudinchet, F. (2004). Extraosseous involvement of Langerhans’ cell histiocytosis in children. Pediatr Radiol. 34:313-321.
Vieira, A. G.; Guedes, L. S. & Azulay, D. R. (2004). Histiocitoses. In: Azulay RD, Azulay DR, editors. Dermatologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; p.355-6.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Chauí de Lima Cabral; Nayron Lourenço Ivo de Souza; Romário Dias da Cunha; Ana Larissa Fernandes de Holanda Soares
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.