Matriciamento em saúde mental na atenção primária: Uma revisão integrativa da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14483Palavras-chave:
Atenção primária à saúde; Modelo matricial; Saúde mental.Resumo
O Matriciamento surge como um novo modelo de produzir saúde, fazendo com que duas ou mais equipes desenvolvam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica, num método de construção compartilhada. O objetivo deste estudo é conhecer as evidências na literatura dos últimos 06 anos referentes ao matriciamento em saúde mental na atenção primária, bem como os seus benefícios e possíveis dificuldades de implantação. Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa e caráter exploratório, do tipo Revisão Integrativo da Literatura (RIL). As bases de dados utilizadas foram a BDENF, LILACS e SCIELO. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, dos 37 resultados nas bases eletrônicas de dados, obteve-se uma amostra de 15 estudos. A partir da análise dos artigos, foram identificadas duas categorias, escolhidas por agrupamentos de aproximação de contextos e ideias: 1) benefícios e resultados do modelo matricial; 2) fatores que interferem na implantação do matriciamento. Verificou-se que a maior parte dos estudos encontrados relatavam as contribuições da implantação do modelo matricial em saúde mental. No entanto, a falta de capacitação técnica, os estigmas e preconceitos, bem como a centralização e burocratização dos serviços dificultam a adesão desta estratégia.
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