Os jovens brasileiros e a sua preferência pela disciplina Ciências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14549

Palavras-chave:

ROSE Brasil; Avaliação em Larga Escala; Interesse pela ciência; Ensino.

Resumo

O projeto ROSE (The Relevance of Science Education) busca compreender dados atitudinais e emocionais de jovens acerca da Ciência e Tecnologia a partir de dados coletados em um questionário já aplicado em mais de 40 países. Os resultados do ROSE-Brasil mostraram que os jovens apresentam um alto interesse pela disciplina ciências, mas que gostam mais de outras disciplinas. Este artigo tenta compreender como os jovens brasileiros se comportam frente à essa divergência ao redor do interesse e da preferência pela disciplina de ciências. Para alcançar nosso objetivo utilizamos os dados brutos da amostra ROSE-Brasil 2011, e nos valeremos de métodos de análises estatísticas. Os jovens brasileiros dividem-se em quatro grupos: Prioridade não específica (3,98%), esse grupo não tem interesse pelas aulas de ciências, mas prefere a disciplina a outras; Baixa prioridade (20,26%), não possuem nem interesse, nem preferência pela disciplina ciências; Prioridade específica (30,6%) possuem interesse e preferem a disciplina ciências a outras; Outras prioridades (45,14%) grupo mais expressivo encontram-se os jovens que têm interesse mas não preferem a disciplina ciências. Desses grupos três são mais representativos da realidade dos jovens brasileiros, tornando relevante investigar as diferenças entre os interesses e hábitos ligados à ciência e tecnologia dos jovens de cada grupo para subsidiar a criação de estratégias que tornem o ensino de ciências mais atrativo.

Referências

Amestoy, M., B. & Tolentino-Neto, L., C., B., de (2017). Articulações entre o livro didático de biologia e os interesses dos estudantes do ensino médio. Revista Dynami, FURB, 23(2), 90-195.

Borges, A., T., (2002). Novos Rumos para o laboratório escolar de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino em Física, 19(3), 291-313.

Freitas, M., B, de; Parente, S., R.; Bastos, R., S.; Silva, W., F. de; Ferreira, F., M.; Alencar, D., B., de; Lima, B., A., V. & Barros, I., N. (2020). A importância do uso de experimentos científicos para o ensino de Ciências no Ensino Fundamental: um estudo de caso. Research, Societu and Development, 9(7), 1-15, e311974159. doi: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4159.

Garcia, P., S., & Bizzo, N. (2015). Educational policies and Science education in Brazil: a case study. In: European Science Education Research Association (ESERA), Helsinki.

Gatti, B., A. (2004). Estudos quantitativos em educação. Educação e Pesquisa, 30(1), 11-30.

Gil, A., C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa, São Paulo, 4. Ed: Atlas S. A.

Hair, J., F., Black, W. C.; Badin, B., J.; Anderson, R., E. & Tatham, R., L. (2009). Análise Multivariada de Dados. Tradução de Adonai Schlup Sant’Ana. 6. Ed.: Bookman.

Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT) (2019). O que os jovens brasileiros pensam da ciência e da tecnologia? Resumo executivo. http://www.coc.fiocruz.br/images/PDF/Resumo%20executivo%20survey%20jovensFINAL.pdf.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) (2008). Brasil no PISA: Sumário Executivo. http://portal.inep.gov.br/pisa-no-brasil.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) (2016). Brasil no PISA: Sumário Executivo. http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/documentos/2016/pisa_brasil_ 2015_sumario_executivo.pdf.

Jenkins, E., W., & Nelson, N., W. (2005). Important but not for me: students’ attitudes towards secondary school science in England. Research in Science & Technological Education, 23(1), 41–57.

Kearney, C. (2016). Efforts to increase students’ interest in pursuing mathematics, science and technology studies and careers. National measures taken by 30 countries – 2015 report. Brussels: European Schoolnet.

Kearney, C. (2011). Efforts to Increase Students’ Interest in Pursuing Science, Technology, Engineering and Mathematics Studies and Careers, European. National Measures taken by 21 of European Schoolnet's Member Countries - 2011 Report. European Schoolnet.

Matthewa, P. (2007). The Relevance of Science Education in Ireland. Dublin: Royal Irish Academy. http://www.ria.ie/publications/rose.html.

Minayo, M., C. (2000). Pesquisa Social: Teoria, Método e Criatividade, 17ª, Ed: Vozes.

Ocampo, D., M., & Tolentino-Neto, L., C., B., de. (2019). Cluster Analysis for Data Processing in Educational Research. Acta Scientiae (ULBRA), 21, 34-48. doi: 10.17648/acta.scientiae.v21iss4id5119.

Ocampo, D., M., & Tolentino-Neto, L., C., B., de. (2020). As diferentes tipologias que descrevem o interesse dos jovens brasileiros pelas ciências. Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemáticas, 16(37), 164-176. https://www.periodicos.ufpa.br/index.php/revistaamazonia/article/view/8660/6696.

Ogawa, M. & Shimode, S. Three distinctive groups among japanese students in terms of their school science preference: from preliminary analysis of japanese data of an international survey 'the relevance of science education' (ROSE). (2004). Journal of Science Education in Japan, 28(4), 279-291.

Pozo, J., I. & Crespo, M., A., G. (2009). A aprendizagem e o ensino de ciências: do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico. 5.Ed: Artmed.

Santos-Gouw, A., M. (2013). As opiniões, interesses e atitudes dos jovens brasileiros frente à ciência: uma avaliação em âmbito nacional. Tese em (Ensino de Ciências e Matemática) Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Santos-Gouw, A., M. & Bizzo, N. (2016). A percepção dos Jovens brasileiros sobre suas aulas de ciências. Educar em Revista, 60, 277-292.

Schreiner, C. (2006). Exploring a ROSE-garden: Norwegian youth's orientations towards science - seen as signs of late modern identities. Doctoral thesis, in (Teacher Education and School Development) Faculty of Education, University of Oslo, Oslo.

Schreiner, C. & Sjøberg, S. (2004) Sowing the Seeds of Rose: Background, rationale, questionnaire development and data collection for ROSE (The Relevance of Science Education) – a comparative study of students' views of science and science education. Acta Didactica. University of Oslo, Oslo. https://roseproject.no/key-documents/key-docs/ad0404-sowing-rose.pdf.

Sjøberg, S. (2004). Science Education: The voice of the learners. Brussels. http://roseproject.no/network/countries/norway/eng/nor-sjoberg-eu2004.pdf.

Stefánsson, K., K. (2006) ‘I just don’t think it’s me’ A study on the willingness of Icelandic learners to engage in Science related issues. Master’s thesis, in (Science Education in the Department of Teacher Education and School Developmente). University of Oslo, Oslo.

Tolentino-Neto, L., C., B., de. (2008) Os interesses e posturas dos alunos frente às ciências: resultados do Projeto ROSE aplicado no Brasil. Tese em (Ensino de Ciências e Matemática) Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Vázquez, A., A. & Manassero, M., A., M. (2008). El declive de las actitudes hacia la ciência de los estudiantes: um indicador inquietante la educación científica. Revista Eureka sobre Enseñanza y Divulgación de las Ciencias, 5(3), 274-292.

Downloads

Publicado

28/04/2021

Como Citar

TONIN, K. G. .; TOLENTINO-NETO, L. C. B. de .; OCAMPO, D. M. . Os jovens brasileiros e a sua preferência pela disciplina Ciências. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 5, p. e8210514549, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.14549. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14549. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais