Agentes teratogênicos e desenvolvimento fetal: Uma revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14555Palavras-chave:
Desenvolvimento fetal; Saúde materno-infantil; Teratologia.Resumo
Mundialmente, segundo o Global Report on Birth Defects, cerca de 7,9 milhões de bebês – 6% do total de nascimentos – possuem ao nascimento alguma malformação congênita de origem genética ou parcialmente genética, enquanto outras centenas de milhares nascem com malformações congênitas desenvolvidas por causas evitáveis. A prevalência das causas de malformações não-genéticas é estipulada em torno de 5 a 10%, principalmente, associadas à exposição materna a agentes teratogênicos, como medicamentos, álcool, tabaco, drogas ilícitas, micro-organismos, radiação, poluição ambiental, entre outros. Desta forma objetivou-se nesse estudo identificar a influência de alguns dos principais agentes teratogênicos químicos e biológicos nas malformações congênitas, através de uma revisão narrativa de literatura.
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