Associação entre dieta enteral prescrita versus infundida e desfecho clínico em idosos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14594Palavras-chave:
Nutrição enteral; Idoso; Unidade de Terapia Intensiva.Resumo
Introdução: O público idoso está em maior risco de desenvolver déficits nutricionais, uma vez que há um comprometimento da função fisiológica. Objetivo: avaliar a associação entre a dieta enteral prescrita versus infundida e o desfecho clínico de pacientes idosos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva. Metodologia: O estudo foi seccional, desenvolvido com idosos em Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Lauro Wanderley da Paraíba, onde foram avaliados através de uma ficha de acompanhamento nutricional. Na análise estatística utilizou-se os testes Qui-quadrado assumindo um nível de significância (p<0,05). Resultados: Foram avaliados 79 idosos, sendo a maioria do sexo feminino com 62%, e idade média de 72,5 anos. Quanto às intercorrências da terapia, a sonda nasogástrica aberta foi significativamente associada ao volume infundido versus prescrito não satisfatório. Pacientes cujo volume prescrito versus infundido foi satisfatório estiveram internados por mais de 21 dias. O total de 29 pacientes que tiveram alta hospitalar obteve 69%, no qual, receberam satisfatoriamente o volume prescrito versus infundido. Por outro lado, 21 desses indivíduos apresentaram 63,6% do total de óbitos que estiveram associados ao não atendimento desta variável. Conclusão: Observou-se que pacientes que permaneceram mais dias na UTI tiveram maior volume de dieta infundida alcançando suas metas preconizadas, em virtude daqueles que apresentou alta, notando-se que a maioria recebeu satisfatoriamente volume prescrito versus infundido, uma vez que é necessária a qualidade em terapia nutricional de forma mais ampla na população idosa.
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