Os permanentes fora de área: O acesso e a Atenção à Saúde para população sem terra

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14803

Palavras-chave:

Assentamentos humanos; Acesso aos serviços de saúde; Atenção à saúde; Atenção à saúde.

Resumo

Objetivou-se identificar a percepção da população Sem Terra sobre o acesso aos serviços de saúde e a atenção à saúde. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, de natureza qualitativa. A coleta de dados consistiu em entrevista semiestruturada individual com 11 sujeitos, entre acampados e assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) situados no estado do Rio Grande do Norte, no Nordeste brasileiro.  O tratamento dos dados ocorreu através da técnica de análise de conteúdo na qual houve a delimitação de duas categorias: A vida no MST e a Atenção à saúde. O cotidiano retrata condições de moradia e de trabalho precárias, agricultura familiar e expectativa de melhorias com a posse da terra. Existe dificuldade de acesso, as ações de saúde são restritas e pontuais, voltadas para o modelo hegemônico. Destaca-se a importância de melhorar o acesso aos serviços, com gestão participativa, planejando ações intersetoriais atrelada às demais políticas do Ministério da Saúde (MS) com o intuito de promoção à saúde.

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Publicado

06/05/2021

Como Citar

SILVA, M. de F.; PEREIRA , L. K. M.; OLIVEIRA , D. A. de; SILVA, J. A. da . Os permanentes fora de área: O acesso e a Atenção à Saúde para população sem terra. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 5, p. e25810514803, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.14803. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14803. Acesso em: 27 ago. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde