Emergência e a forma inicial de plântulas de Cenostigma pyramidale (Fabaceae) sob estresse salino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14870

Palavras-chave:

Biometria, Catingueira, Caatinga, estresse salino.; Biometria; Catingueira; Caatinga; Estresse salino.

Resumo

Estresses ambientais podem influenciar na germinação e crescimento inicial de espécies vegetais. A compreensão destas respostas pode contribuir para o entendimento do estabelecimento das espécies no ambiente ou mesmo, subsidiar a produção de mudas. Este estudo investigou a influência da salinidade na geminação e biometria nos estádios iniciais de Cenostigma pyramidale. O estudo foi realizado na Unidade Acadêmica de Serra, Serra Talhada – Pernambuco. As sementes de Cenostigma pyramidale foram submetidas ao tratamento pré-germinativo por meio da escarificação mecânica com lixa de madeira nº 150. Em seguida as sementes tratadas foram semeadas em bandejas de células constituídas de polipropileno contendo solo e uma fina camada superficial de vermiculita para a emergência das plântulas. Mediante a semeadura, a espécie foi submetida à três níveis de salinidade: N1 - 0,18 (CONTROLE); N2 - 1,52 e N3 - 2,22 dS m-1. O delineamento adotado foi inteiramente casualizado com quatro repetições. As reposições de água foram realizadas diariamente, assim como as contagens do número de plântulas emergidas. Com estes dados obtiveram-se: porcentagem de emergência de plântulas (PE) e o índice de velocidade de emergência (IVE). Adicionalmente, foram obtidas altura (ALT), diâmetro do coleto (DC), número de folhas completamente expandidas (NFCE) e a biomassa seca total das plantas (BST). Nossos resultados mostraram que o aumento nos níveis de salinidade promoveu reduções no IVE e na PE das sementes de Cenostigma pyramidale. No entanto, não foram observadas alterações nos aspectos biométricos e no acúmulo de biomassa inicial da espécie.

Referências

Alvares, C. A., Stape, J. L., Sentelhas, P. C., Gonçalves, J. L. M., & Sparovek, G. (2013). Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22,711–728.

Alves, E. U., Cardoso, E. A., Alcântara-Bruno, R. L., Alves, A. U., Alves, A. U., Galindo, E. A., & Braga-Junior, J. M (2007). Overcoming dormancy of Caesalpinia pyramidalis Tul. Revista Arvore, 31(3), 405–415.

Andréo-Souza, Y., Pereira, L. A., Silva, F. F. S., Riebeiro-Reis, R. C., Evangelista, M. R. V., Castro, R. D., & Dantas, B. F (2010). Effect of salinity on physic nut (Jatropha Curcas L.) seed germination and seedling initial growth. Revista Brasileira de Sementes, 32(2), 83–92.

Antunes, C. G. C., Pelacani, C. R., Ribeiro, R. C., Souza, J. V., Souza, C. L. M., & Castro, R. D. (2011). Germinação de sementes de Caesalpinia pyramidalis Tul. (Catingueira) submetidas a deficiência hídrica. Revista árvore, 35(5), 1007-1015.

Aragão, C. A., Santos, J. S., Queiroz, S. O. P., & Dantas, B. F (2009). Cultivares de melão sob condições de estresse salino. Revista Caatinga, 22(2), 161-169.

Ávila, M. R., Braccini, A. L., Scapim, C. A., Martorelli, D. T., & Albrecht, L. P (2005). Teste de laboratório em sementes de canola e correlação com a emergência das plântulas em campo. Revista Brasileira de Sementes, 27(1), 62-70.

Azerêdo, G. A., Paula, R. C., & Valeri, S. V. (2016). Germinação de sementes de Piptadenia moniliformis Benth. sob estresse hídrico. Ciência Florestal, 26(1), 193-202.

BFG. (2015). Growing knowledge: An overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguesia, 66(4), 1085–1113.

Chaves, M. M., Flexas, J., & Pinheiro, C. (2009). Photosynthesis under drought and salt stress: Regulation mechanisms from whole plant to cell. Annals of Botany, 103(4), 551–560.

Dantas, B. F., Ribeiro, R. C., Matias, J. R., & Araújo, G. G. L. (2014). Germinative metabolism os Caatinga forest species in biosaline agriculture. Journal of Seed Science, 36(2), 194-203.

Dutra, T. R., Massad, D. M., Moreira, P. R., & Ribeiro, R. S. M. (2017) Efeito da salinidade na germinação e crescimento inicial de plântulas de três espécies arbóreas florestais. Pesquisa Florestal Brasileira, 37(91), 323.

Ferreira, E. G. B. S., Matos, V. P., Sena, L. H. M., Oliveira, R. G., & Sales, A. G. F. A. (2013). Processo germinativo e vigor de sementes de Cedrela odorata L. sob estresse salino. Ciencia Florestal, 23(1), 99–105.

Guedes, R. S., Alves, E. U., Galindo, E. A., & Bazorro, L. M. (2011). Estresse salino e temperaturas na germinação e vigor de sementes de Chorisia glaziovii O. kuntze. Revista Brasileira de Sementes, 33(2), 279–288.

Guedes, R. S., Alves, E. U., Gonçalves, E. P., Santos, S. P. N., & Lima, C. R. (2009). Testes de vigor na avaliação da qualidade fisiológica de sementes Erythrina velutina Willd. (FABACEAE - PAPILIONOIDEAE). Ciência e Agrotecnologia, 33(5), 1360–1365.

Guimarães, I. P., Oliveira, F. N., Vieira, F. E. R., & Torres, S. B. (2013). Efeito da salinidade da água de irrigação na emergência e crescimento inicial de plântulas de mulungu. Revista Brasileirade Ciencias Agrarias, 8(1), 137–142.

Jardim, A. M. R. F., Santos, H. R. B., Alves, H. K. M. N., Ferreira-Silva, S. L., Souza, L. S. B., Araújo Júnior, G. N., Souza, M. S., Araújo, G. G. L., Souza, C. A. A., & Silva, T. G. F. (2021). Genotypic differences relative photochemical activity, inorganic and organic solutes and yield performance in clones of the forage cactus under semi-arid environment. Plant Physiology and Biochemistry, 162, 421-430.

Larcher, W. (2000). Ecofisiologia vegetal. Rima.

Lima, C. R., Bruno, R. L. A., Silva, K. R. G., Pacheco, M. V., Alves, E. U., & Andrade, A. A. Physiological maturity of fruits and seeds of Poincianella pyramidalis (Tul) L.P. Queiroz. (2012). Revista Brasileira de Sementes, 24(2), 231-240.

Maguire, J. D. (1962). Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedlings emergence and vigor. Crop Science, Madison, 2(1), 76- 177.

Maia, G. N. (2012). Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. (2a ed.), Printcolor Gráfica e Editora.

Morais, M. A. S., Jardim, A. M. R. F., Oliveira, E. N., Oliveira, F. R., Matos, N. A., & Simões, A. N. (2018). O NaCl inibe a germinação e a atividade da amilase em duas espécies de feijão. Revista Nordestina de Ciências Biológicas, 1(1), 50-56.

Pereira, P. C., Silva, T. G. F., Zolnier, S., Morais, J. E. F., & Santos, D. C. (2015). Morfogênese da Palma forrageira irrigada por gotejamento. Revista Caatinga, 28(03), 184-195.

Ribeiro, M. C. C., Barros, N. M. S., Barros-Junior, A. S., & Silveira, L. M. (2008). Tolerância do sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) à salinidade durante a germinação e o desenvolvimento de plântulas. Caatinga, Mossoró, 21(5), 123-126.

Richards, L. A. (1954). Diagnosis and improvement of saline and alkali soils. Washington: US Department of Agriculture, USDA Agricultural Handbook.

Santana, J. A. S., Vieira, F. A., Pacheco, M. V., & Oliveira, P. R. S. (2011). Padrão de distribuição e estrutura diamétrica de Poincianella pyramidalis Tul. (Catingueira) na Caatinga do Seridó. Revista Brasileira de Biologia e Ciências da Terra, 11(1), 116-122.

Santos, C. A., Silva, N. V., Walter, L. S., Silva, E. C. A., & Nogueira, R. J. M. C. (2016). Germinação de duas espécies da caatinga sob déficit hídrico e salinidade. Pesquisa Florestal Brasileira, 36(87), 219-224.

Silva, T. G. F., Araújo Primo, J. T., Moura, M. S. B., Silva, S. M. S., Morais, J. E. F., Pereira, P. C, & Souza, C. A. A. (2015). Soil water dynamics and evapotranspiration of forage cactus clones under rainfed conditions. Pesquisa Agropecuária Brasileira. Brasília, 50(7), 515-525.

Silva, F. A. S. ASSISTAT: Versão 7.7 beta. DEAG-CTRN-UFCG.

Sousa, G. G., Gomes, K. R., Souza, M. V. P., Mendonça, A. M., Leite, K. N., & Blum, S. C. (2020). Crescimento inicial de catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tul) irrigada com águas salinas em diferentes substratos. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada, 14(4), 4190 – 4199.

Taiz, L., & Zeiger. E. (2013). Fisiologia vegetal. Artmed.

Downloads

Publicado

03/05/2021

Como Citar

SANTOS, W. R. dos .; SOUZA , M. A. G. de .; SOUZA, L. S. B. de .; ARAÚJO JÚNIOR, G. do N. .; SOUZA, C. A. A. de .; JARDIM, A. M. da R. F. .; SILVA, T. G. F. da . Emergência e a forma inicial de plântulas de Cenostigma pyramidale (Fabaceae) sob estresse salino. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 5, p. e18910514870, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.14870. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14870. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas