Controle de contaminação e oxidação no cultivo in vitro de oliveira (Olea europaea L.) cv. “Koroneiki”
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14929Palavras-chave:
Oleaceae; Azeitona; Antioxidantes; Micropropagação.Resumo
A micropropagação da oliveira é um método utilizado para se obter várias mudas sadias em menor tempo, comparada às técnicas tradicionais, a partir de um explante. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi definir um protocolo de controle de contaminação e oxidação de explantes de Oliveira (Olea europaea L.) cv Koroneiki. Assim foram realizados dois experimentos em delineamento inteiramente casualizado. O primeiro experimento foi conduzido em esquema fatorial 2X4, utilizando-se de duas formas de desinfestação dos explantes com hipoclorito de sódio (NaClO) (1,5% NaClO/15min e 2,5% NaClO /5min) e quatro concentrações de cravo-da-índia (Caryophyllus aromaticus L.) adicionado ao meio OM (0,0; 0,5; 0,75 e 1,0 g L-1) totalizando 08 tratamentos. O segundo experimento foi conduzido com 4 tratamentos (T1- 0,0 g L-1 de carvão ativado; T2 - 1,0 g L-1 de carvão ativado, imersão e corte dos explantes em solução de ácido ascórbico na concentração de 100 mg L-1; T3 - 2,0 g L-1 de carvão ativado, imersão e corte dos explantes em solução de ácido ascórbico na concentração de 100 mg L-1, e T4: 2,0 g L-1 de carvão ativado). A partir dos resultados concluiu-se que, a concentração de 0,5 g L-1 de cravo-da-índia no meio OM aliada à desinfestação dos explantes com hipoclorito de sódio a 2,5% por 5 minutos apresenta resultado promissor para controle de contaminação microbiológica de segmentos nodais da oliveira cv. Koroneiki. E que o uso de carvão ativado no meio de cultura, a imersão e corte dos explantes em solução de ácido ascórbico na concentração de 100 mg L-1, são apropriados para redução da oxidação nos explantes.
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