Cenário da prevalência e condições socioambientais associadas às geo-helmintíases no Brasil: Uma revisão integrativa da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15000Palavras-chave:
Helmintos; Ascaris lumbricoides; Trichuris trichiura; Ancilostomídeos.Resumo
O objetivo foi conhecer a prevalência e condições socioambientais da população brasileira acometida por geo-helmintos nos últimos dez anos. Estudo exploratório e descritivo de revisão integrativa de literatura com recorte temporal de 2010-2020. Busca realizada em quatro bancos de dados de acesso aberto. Estatística descritiva utilizada para os cálculos de prevalências dos geo-helmintos e dados socioambientais. Um total de 841.107 amostras humanas foram incluídas nos 55 estudos elegíveis para esta revisão. A prevalência combinada de geo-helmintos no país foi de 19%. Ascaris lumbricoides (68%) foi o mais prevalente, seguido por Ancilostomídeos (24%) e Trichuris trichiura (8%). Alta prevalência foi observada na região Centro-Oeste (22%), Nordeste (19%) e Norte (14%). Saneamento precário, hábitos inadequados de higiene e baixa renda foram os fatores associados às geo-helmintíases mais reportados nos estudos. As infecções geo-helmínticas ainda são prevalentes no país embora apresente uma ligeira queda nos últimos cinco anos. Assim como a tendência mundial, Ascaris lumbricoides foi o geo-helminto mais prevalente. Dente os principais fatores associados às infecções, destacam-se o saneamento precário, hábitos inadequados de higiene e a baixa renda. Esperamos que os resultados desta revisão sirvam como uma contribuição para as políticas públicas e administrações regionais com programas de sensibilização da população acerca da prevenção e cuidados para não propagar a infecção, além de investimentos na infraestrutura no setor de coleta de lixo, rede de esgoto, tratamento de água e expandir a administração em massa de tratamentos antiparasitários no Brasil.
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