Neurografia do plexo braquial em ressonância magnética ponderada em difusão: Uma revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15149Palavras-chave:
Plexo Braquial; Ferimentos e Lesões; Imagem de Difusão por Ressonância Magnética; Avaliação de danos.Resumo
O plexo braquial é formado pela união dos ramos ventrais das raízes C5-T1 e, ocasionalmente, das raízes C4 e T2, onde as causas de lesões traumáticas mais frequentes envolvem acidentes de trânsito, principalmente colisão por motocicletas. O diagnóstico preciso do nível da lesão e grau de comprometimento tem fundamental importância prognóstica e determina a conduta terapêutica para cada caso clínico. Objetivando avaliar as limitações e perspectivas da aplicação da neurografia por difusão em RM para geração de imagens do plexo braquial em diferentes situações patológicas, realizou-se o levantamento bibliográfico sistemático até o ano de 2021 na base de dados PubMed, Cochrane e Science Direct. Cujo critério de exclusão foram publicações que não relataram associação entre plexo braquial e sequência de difusão em ressonância magnética. A revisão de literatura aponta que a técnica de difusão (DWI) por ressonância magnética (RM) demonstraram imagens satisfatoriamente seletivas para visualização anatômica do plexo braquial e alta intensidade de sinal das raízes nervosas e nervos periféricos, proporcionando detalhamento da topografia e descrevendo a longa trajetória do plexo braquial, permitindo uma avaliação mais exata e segura quando comparada com as imagens planares convencionais. Os estudos demonstraram a importância da Neurografia por difusão em RM como método promissor para visualização de nervos periféricos na região de plexo braquial.
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