Diagnóstico da relação de degradação de solo e planta em área de cultivo de Eucalyptus urophylla com a presença de térmitas e formigas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15240Palavras-chave:
Cupinzeiros; Ninhos de formiga; Solo degradado; Povoamento de eucalipto.Resumo
Térmitas e formigas são agentes bióticos com alto nível de diversificação, indicando degradação do solo e deficiência nutricional do mesmo. Com os danos causados por eles, no solo e em plantas de eucalipto, faz-se necessário o controle dessas pragas, de maneira que, para o sucesso da aplicação do manejo integrado de pragas, a avaliação populacional desses indivíduos é fundamental, sendo imprescindível saber como eles se distribuem no campo. Dessa forma, objetivou-se investigar a dinâmica de distribuição espacial de ninhos de formigas e termitas em uma área de floresta plantada de eucalipto, bem como estudar o impacto causado por essas pragas no solo e na planta. Na avaliação dos atributos no plantio de Eucalyptus urophylla foram cinco: (1) o número de árvores mortas, (2) número de formigueiro e (3) número de ninhos de térmitas, (4) área dos formigueiros e (5) área dos ninhos de térmitas. Para os atributos de área de ninhos de formiga e térmitas foi coletado de 3 a 5 amostras das áreas, em seguida realizou a média, a fim de corresponder a cada ponto georreferenciado. Houve uma distribuição irregular dos ninhos de formigas e de térmitas pela área de estudo, atenuando a invasão do capim, principalmente em locais com maior número de ninhos de formigas, recomendando a manutenção deste povoamento em função destes agentes bióticos na área.
Referências
Alvares, C. A., Stape, J. L., SentelhaS, P. C., Gonçalves, J. L. M., & Sparovek, G. (2013). Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorol. Zeitschrift, 22, 711–728. https://doi.org/10.1127/0941-2948/2013/0507.
Bandeira, A. G., Vasconcellos, A., Silva, M. P., & Constantino, R. (2003). Effects of habitat disturbance on the termite fauna in a highland humid forest in the Caatinga domain, Brazil. Sociobiology, 42(1), 117-128.
Bottega, E. L., Queiroz, D. M. D., Pinto, F. D. A. D. C., & Souza, C. M. A. D. (2013). Variabilidade espacial de atributos do solo em sistema de semeadura direta com rotação de culturas no cerrado brasileiro. Revista Ciência Agronômica, 44(1), 1-9.
Cambardella, C. A., Moorman, T. B., Novak, J. M., Parkin, T. B., Karlen, D. L., Turco, R. F., & Konopka, A. E. (1994). Field‐scale variability of soil properties in central Iowa soils. Soil science society of America journal, 58(5), 1501-1511.
Carneiro, J. S. S., Santos, A. C. M., Fidelis, R. R., Silva Neto, S. P., dos Santos, A. C., & da Silva, R. R. (2016). Diagnóstico e manejo da variabilidade espacial da fertilidade do solo no cerrado do Piauí. Revista de Ciências Agroambientais, 14(2).
Constantino, R. (1999). Chave ilustrada para identificação dos gêneros de cupins (Insecta: Isoptera) que ocorrem no Brasil. Papéis avulsos de Zoologia, 40(25), 387-448.
Cortez, C. T., Barbosa, L. R., Morais, G. P., Nunes, L. A. P. L., Araújo, A. S. F., & Correia, M. E. F. (2015). Soil fauna under eucalypt stands of different ages in the Savanna of Piauí. Científica, 43(3), 280-286.
Costa, E. C. & Araldi, D. B (2014). Entomofauna florestal: uma visão holística. In: CANTARELLI, E. B.; COSTA, E. C. (org.) Entomologia florestal aplicada. Santa Maria: UFSM, 13-56.
Costa, E. C., D’avila, M., Cantarelli, E. B., & Murari, A. B. (2001). Entomologia Florestal. Editora UFSM, Santa Maria, RS, 147.
Cunha, J. R.; Gualberto, A. V. S.; Vogado, R. F.; Souza, H. A.; Leite, L. F. C. Fauna epígea invertebrada em monocultivos e sistemas integrados no cerrado piauiense (2021). Research, Society and Development, 10(4)..
Dalchiavon, F. C., Carvalho, M. D. P., Andreotti, M., & Montanari, R. (2012). Variabilidade espacial de atributos da fertilidade de um Latossolo Vermelho Distroférrico sob Sistema Plantio Direto. Revista Ciência Agronômica, 43(3), 453-461.
Dutra, C. C., & Galbiati, C.(2009). Comportamento de formigas (Hymenoptera: Formicidae) inquilinas de cupins (Isoptera: Termitidae) em pastagem. EntomoBrasilis, 2(2), 37-41.
EMBRAPA (2013). Sistema brasileiro de classificação de solos. 3. ed. Rio de Janeiro: Centro Nacional de Pesquisas de Solos, 353 .
Forti, L. C., Andrade A. P. P., & Ramos V. M. (2000). Biologia e comportamento de Atta sexdens rubropilosa (Hymenoptera: Formicidae): implicações no seu controle. Série Técnica, IPEF, 13, 103-114.
Gabriel, V. D. A., Vasconcelos, A. A., de Lima, E. F., Cassola, H., Barretto, K. D., & Brito, M. D. (2013). A importância das plantações de eucalipto na conservação da biodiversidade. Brazilian Journal of Forestry Research, 33(74), 203-213.
Goodland, R. J. A. (1965). On termitaria in a savanna ecosystem. Canadian Journal of Zoology, Otawa, 43, 641-650.
Guimarães, R. C.; & Cabral, J. A. S. (1997). Estatística. Centro, 29(9).
Holldobler B., & Wilson E. O. (1990). The Ants. Harvard University Press, Harvard, 732.
Kolmogorov, A. (1933). Sulla determinazione empirica di una lgge di distribuzione. Inst. Ital. Attuari, Giorn., 4, 83-91.
Leite, G. L. D., & Cerqueira, V. M. (2020). Pragas de Eucalipto. Universidade Federal de Minas Gerai; Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes..
Lima, S. S., Benazzi, E. S., Oliveria, N. C. R., & Leite, L. F. C. (2019). Diversidade da fauna epígea em diferentes sistemas de manejo no semiárido. Revista Agrarian, 12(45), 328-337.
Matias, S. S. R., Nóbrega, J. C. A., Nóbrega, R. S. A., Andrade, F. R., & Baptistel, A. C. (2015). Variabilidade espacial de atributos químicos em Latossolo cultivado de modo convencional com soja no cerrado piauiense. Revista Agro@ mbiente On-line, 9(1),17-26.
Mill, A. E., (1982). Faunal studies on termites (Isoptera) and observations on their ant predators (Hymenoptera: Formicidae) in the Amazon Basin. Revista Brasileira de Entomologia, 26, 253-260.
Negreiros Neto, J. V., Santos, A. C., Guarnieri, A., Souza, D. J. D. A. T., Daronch, D. J., Dotto, M. A., & Santos Araújo, A. (2014). Variabilidade espacial de atributos físico-químicos de um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico em sistema plantio direto. Semina: Ciências Agrárias, 35(1), 193-203.
Pelissari, A. L., Figueiredo Filho, A., Netto, S. P., Ebling, A. A., Roveda, M., & Sanquetta, C. R. (2017). Geostatistical modeling applied to spatiotemporal dynamics of successional tree species groups in a natural Mixed Tropical Forest. Ecological Indicators, 78, 1-7.
Pessoa, L. G. A., Souza, T. M. N., Loureiro, E.S. (2020). Compatibilidade de inseticidas utilizados no manejo de pragas em eucalipto com Beauveria bassiana (Cordycipitaceae). Research, Society and Development, 9(8).
Ribeiro, J. F., Walter, B. M. (2008). As Principais Fitofisionomias do Bioma Cerrado. In: SANO, S. M. et al. (Eds.). Cerrado: ecologia e flora. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 151-212.
Robertson, G. P. (2008). GS+: Geostatistics for the environmental sciences – GS+ User’sguide. Plainwell, Gamma Design Software, 152.
Sales, M. J. D. (2010). Comunidades de térmites em plantações de eucalipto no litoral norte da Bahia, Brasil. Dissertação (Mestrado em Agroecossistemas). Universidade Federal de Sergipe, 52.
Sennepin, A., (1996) . Fonction synergique des interactions termites/ fourmis. Actes des Colloques Insectes Sociaux, 10: 133-142.
Settle, W. H., Ariawan, H., Astuti, E. T., Cahyana, W., Hakim, A. L., Hindayana, D., & Lestari, A. S. (1996). Managing tropical rice pests through conservation of generalist natural enemies and alternative prey. Ecology, 77(7), 1975-1988.
Silva, F. W. S., Leite, G. L. D., Guanabens, R. E. M., Sampaio, R. A., Gusmão, C. A. G., & Zanuncio, J. C. (2014). Distribuição espacial de artrópodes em Acácia mangium (Fabales: Fabaceae) árvores como quebra-ventos no cerrado. Entomologista da Florida, 97, 631-638.
Siqueira, F. F., Ribeiro-Neto, J. D., Tabarelli, M., Andersen, A. N., Wirth, R., & Leal, I. R. (2017). Leaf-cutting ant populations profit from human disturbances in tropical dry forest in Brazil. Journal of Tropical Ecology, 33(5), 337-344.
TOCANTINS. (2012). Secretaria do Planejamento, Governança e Gestão. Atlas do Tocantins: subsídios ao planejamento da gestão territorial. Palmas: Seplan. (Palmas - Atual, 6).
Valério, J. R. (2006). Cupins-de-montículo em pastagens. Embrapa Gado de Corte-Documentos (INFOTECA-E).
Vieira, S. R. (2000). Geoestatística em estudos de variabilidade espacial do solo. Tópicos em ciência do solo. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo,1, 1-53.
Warrick, A.W. & Nielsen, D. R. (1980). Spatial variability of soil physical properties in the field. In: HILLEL, D. (Ed.). Application of soil physics. New York: Academic Press. 319-344.
Zanão Júnior, L. A., Lana, R. M. Q., Carvalho-Zanão, M. P., & Guimarães, E. C. (2010). Variabilidade espacial de atributos químicos em diferentes profundidades em um Latossolo em sistema de plantio direto. Revista Ceres, 57(3), 429-438.
Zanuncio, J.C., Zanuncio, T. V., Lopes, E. T., & Ramalho, F. S. (2000). Variações temporais de lepidópteros coletados em um Eucalipto plantação no estado de Goiás, Brasil. Netherlands Journal of Zoology, 50, 435 443.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Paulo Ricardo de Sena Fernandes; Cibelle Christine Brito Ferreira; Jossimara Ferreira Damascena; Fabiano Rocha da Silva ; Ítalo Cordeiro Silva Lima; Rone da Silva Barbosa; Antonio Clementino dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.