Adaptação transcultural da Healthcare Failure Mode and Effect Analisys (HFMEA) para o uso no Brasil: nota prévia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15285Palavras-chave:
Segurança do Paciente; Análise do Modo e do Efeito de Falhas na Assistência à Saúde; Tradução; Gestão de riscos.Resumo
Objetivo: apresentar o planejamento da adaptação transcultural da Healthcare Failure Mode and Effect Analysis (HFMEA) para a cultura brasileira. Método: trata-se de um estudo metodológico que utilizará o processo de adaptação transcultural proposto por Beaton e colaboradores, que compreende seis etapas: tradução inicial, síntese das traduções, retrotraduções, comitê de especialistas, teste da versão pré-finalizada e avaliação e revisão de documentos produzidos. Para compor o comitê de especialistas serão priorizados profissionais de diferentes regiões do país, a fim de abranger as diferenças culturais e evitar vieses de linguagem. O teste da versão pré-finalizada será realizado com membros do Núcleo de Segurança do Paciente de um hospital do sul do Brasil, mediante a análise de um caso proposto pelas pesquisadoras. Serão respeitados os preceitos éticos propostos pela Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Considerações finais: espera-se que a adaptação transcultural do HFMEA para a cultura brasileira impulsione os gestores e as instituições para realizarem a análise de riscos de forma sistemática. O método poderá auxiliar na identificação de vulnerabilidades dos processos, repercutindo diretamente na assistência prestada aos pacientes e no estabelecimento de práticas seguras.
Referências
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2013). Resolução RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013. Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Ministério da Saúde. Diário Oficiao [da] República Federativa do Brasil, Brasilia – DF.
Beaton, D., Bombardier, C., Guillemin, F., & Ferraz, M. B. (2007). Recommendations for the Cross-Cultural Adaptation of the DASH & QuickDASH Outcome Measures. Institute for Work & Health. Toronto.
Coluci, M. Z. O., & Alexandre, N. M. C. (2009). Development of a Questionnaire to Evoluate the Usability of Assessment Instruments. Revista Enfermagem UERJ, 17(3), 378-382.
Derosier, J. M. (2018). Healthcare Failure Mode Effect Analysis (HFMEA) Process. Center for Healthcare Engineering and Patient Safety. University of Michigan.
Derosier, J., Stalhandske, E., Bagian, J. P., & Nudell, T. (2002). Using Health Care Failure Mode and Effect AnalysisTM: The VA National Center for Patient Safety’s Prospective Risk Analysis System. The Joint Commission Journal on Quality Improvement, 28(5), 248–267.
Dortas Junior, S. D., Lupi, O., Dias, G. A. C., Guimaraes, M. B. S., & Valle, S. O. R. (2016). Adaptação Transcultural e validação de questionários na área da saúde. Brazilian Journal of Allergy and Immunology, 4(1), 26-30.
Figueiredo, M. L., Oliveira e Silva, C. S., Brito, M. F. S. F., D’Innocenzo M. (2018). Analysis of incidents notified in a general hospital. Revista Brasileira de Enfermagem, 71(1), 111-119.
Institute of Medicine Committee on Quality of Health Care in America. (2018). Crossing the global quality chasm: Improving health care worldwide.: The National Academies Press.
Machado, R. S., Fernandes, A. D. B. F., Oliveira, A. L. C. B., Soares, L. S., Gouveia, M. T. O., & Silva, G. R. F. (2018). Cross-cultural adaptation methods of instruments in the nursing area. Revista Gaúcha de Enfermagem. 39(e2017), 1-11.
Ministério da Saúde (Brasil) A. (2013). Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficiao [da] República Federativa do Brasil, Brasilia – DF.
Ministério da Saúde (2013). Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Ministério da Saúde. Brasília-DF.
Overdevest E. P., Hees, J. W. H van., Lagerburg, V., Kloeze, C., Straten, A. H. M van. (2014). Healthcare failure mode effect analysis of a miniaturized extracorporeal bypass circuit. Perfusion, 29(4), 301–306.
Polit, D. F., & Beck, C. T. (2019). Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências para a prática da enfermagem. (9a ed.), Artmed.
Rah, J. E., Manger, R. P., Yock, A. D., & Kim, G. Y. (2016). A comparison of two prospective risk analysis methods: Traditional FMEA and a modified healthcare FMEA. Medical Physics, 43(12), 6347-6353.
Runcinan, W., Hibbert, P., Thomson, R., Schaaf, T. V. D., Sherman, H., & Lewall, P. (2009). Towards an International Classification for Patient Safety: key concepts and terms. International Society for Quality in Health Care, 21, 18–26.
Sagawa, M. R., Silva, A. E. B. de C., Lima, J. C. de, Bezerra, A. L. Q., Costa, N. N., Sousa, M. R. G. de, & Gimenez, F. R. E. (2019). Análise de circunstâncias notificáveis: incidentes que podem comprometer a segurança dos pacientes. Cogitare Enfermagem, 24, 1-12.
Salvador, C. (2018). Segurança do paciente e análise de risco na teleterapia conformacional em um centro de tratamento oncológico do sul do Brasil [dissertação]. Santa Catarina: Instituição Federal de Educação, Ciência e Tecnologia.
Silva, A. E. B. D. C., & Cassiani, S. H. D. B. (2013). Análise prospectiva de risco do processo de administração de medicamentos anti-infecciosos. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 21(número especial), 01-09.
Silva H. R., Costa, R. H. F., Neto, J. C. P., Macedo Júnior, C. A. A. de., do Nascimento, P. B., Moraes, R. dos A., & Pires, Y. M. S. (2020). Analysis of incidents notified to the National Health Surveillance Notification System (NOTIVISA) in Brazil from 2014 to 2019. Research, Society and Development, 9(7), 2-17.
Sousa, M. C. A de. (2014). Aplicação da Ferramenta de Gerenciamento de Risco HFMEA no Setor de Expurgo do Centro de Material e Esterelização [dissertação]. São Paulo: Universidade Federal de Campinas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Thiana Sebben Pasa; Tania Solange Bosi de Souza Magnago; Janete de Souza Urbanetto
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
