Relevância do grau de incapacidade física como preditor do diagnóstico tardio em hanseníase: Uma revisão de escopo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15399

Palavras-chave:

Pessoas com deficiência; Hanseníase; Diagnóstico tardio.

Resumo

O grau de incapacidade física é um indicador que pode determinar a presença de diagnóstico tardio e ineficácia nas ações de controle. O objetivo desta revisão foi analisar os artigos que apresentaram evidências científicas sobre a avaliação do grau de incapacidade física como preditor de diagnóstico tardio em hanseníase. A metodologia utilizada seguiu a estratégia de busca recomendada pelo The Joanna Briggs Institute Reviewers’ Manual, assim como o protocolo PRESS (Peer Review of Electronic Search Strategies), a pesquisa foi realizada em 3 etapas, usando as palavras-chave e executada por dois pesquisadores de forma independente, nas seguintes bases de dados: Scopus, National Library of Medicines (NLM) - MEDLINE via Pubmed, Web Of Science, Cochrane Library e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Dos 510 artigos, inicialmente, selecionados resultou numa eleição de sete artigos analisados. Nos resultados foi observada uma frequência expressiva de casos novos com registro do grau de incapacidade física e com a classificação operacional multibacilar, indicadores estes que confirmam o atraso no diagnóstico. A conclusão deste estudo evidencia que o grau de incapacidade física é relevante no diagnóstico da hanseníase como indicador e preditor do diagnóstico tardio e possivelmente de endemia oculta.

Referências

Alves, C. J. M., Barreto, J. A., Fogagnolo, L., Contin, L. A. & Nassif, P. W. (2010). Avaliação do grau de incapacidade dos pacientes com diagnóstico de hanseníase em serviço de dermatologia do estado de São Paulo. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 43(4), 460-461. https://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822010000400025.

Brandsma, W. J., Van Braekel, W. H. (2003). WHO disability grading: operational definitions. Leprosy Review. Inglaterra, 74(4), 366 - 373.

Brasil. (2020). Boletim Epidemiológico: Secretaria de Vigilância em Saúde, Número Especial. Ministério da Saúde: Brasília.

Brasil. (2020). Boletim Epidemiológico: Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde: Brasília. Volume 51, Nº 28.

Brasil. (2016). Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da hanseníase como problema de saúde pública. Manual técnico-operacional Brasília: Ministério da Saúde.

Brasil. (2016). Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública: Manual técnico-operacional. Brasília: Ministério da Saúde.

Brasil. (2019). Secretaria de Vigilância em Saúde. coordenação-geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviço: Guia de Vigilância em Saúde. Volume único. Brasília: Ministério da Saúde.

Brasil. (2019). Roteiro para uso do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan NET para hanseníase. Manual para tabulação dos indicadores de hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde.

Brasil. (2020). Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019-2022. Brasília: Ministério da Saúde.

Gómez, L., Rivera, A., Vidal ,Y., Bilbao, J., Kasang C. & Parisi, S. et al. (2018). Factors associated with the delay of diagnosis of leprosy in north-eastern Colombia: a quantitative analysis. Trop Med Int Health. 23(2):193-198. doi: 10.1111/tmi.13023.

Guerrero, M. I., Muvdi, S. & León, C. I. (2013). Retraso en el diagnóstico de lepra como factor pronóstico de discapacidad en una cohorte de pacientes en Colombia, 2000–2010. Rev Panam Salud Publica. 2013;33(2):137–43.

Oliveira, D.T.D., Sherlock, J., Melo, E.V.D., Rollemberg, K.C.V., Paixao, T.R.S.D., Abuawad, Y.G. et al. (2013). Clinical variables associated with leprosy reactions and persistence of physical impairment. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 46(5), 600-604.https://doi.org/10.1590/0037-8682-0100-2013.

Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). (2017). Estratégia Global para Hanseníase 2016-2020.

Pessoa de Barros, P. M. F.; Tavares, Clodis Maria; Holanda, Juliana Bento de Lima; Alves, Regina de Souza; Santos, Tâmyssa Simões dos; Arcêncio, Ricardo Alaxandre; et al. (2016). The knowledge about leprosy by health undergraduate students at the public university in county Brazilian northeast. Hansen Int. 41(1-2): 14-24.

Peters, M.D.J., Godfrey, C., McInerney, P., Munn, Z., Tricco, A.C. & Khalil, H. (2020). Revisões do escopo (versão 2020). In: Aromataris E, Munn Z (Editores). JBI Manual for Evidence Synthesis, 11. JBI. https://doi.org/10.46658/JBIMES-20-12.

Queirós, M.I., Ramos, J.A.N., Alencar, C.H.M., Monteiro, L.D., Sena, A.L. & Barbosa, J. C. (2016). Clinical and epidemiological profile of leprosy patients attended at Ceará, 2007-2011. Anais Brasileiros de Dermatologia, 91(3), 311-317. https://dx.doi.org/10.1590/abd1806-4841.20164102.

Sarkar, J., Dasgupta, A., Dutt, D. (2012). Disability among new leprosy patients, an issue of concern: an institution based study in an endemic district for leprosy in the state of West Bengal, India. Indian J Dermatol Venereol Leprol. 78(3):328-34. doi: 10.4103/0378-6323.95449.

Silva, J. S.R, Palmeira, I. P; Sá, A.M.M; Nogueira, L.M.V & Ferreira, A.M.R. (2019). Variáveis clínicas associadas ao grau de incapacidade física na hanseníase. Revista Cuidarte, 10(1), e618. https://doi.org/10.15649/cuidarte.v10i1.618

Talhari, S; Penna G.O; Gonçalves, HS; Oliveira, M.L.W. (2015) Aspectos Gerais da Hanseníase, Agente Etiológico, Transmissão, Patogenia, Classificação, Manifestação Clínica, Diagnóstico. Hanseníase. Di Livros. (5) 194-172.

WHO. World Health Organization,. (2017). The Operational Manual 2016 - Global Leprosy Estrategy, 2016-2020.

WHO. World Health Organization. (2009). Enhanced global strategy for further reduce the disease burden due to leprosy (plan period 2011-2015). Regional Office for South- East Asia, New Delhi.

WHO. World Health Organization. (2012). WHO Expert Committee on Leprosy. World Health Organization, Tech Rep Series.

WHO. World Health Organization. (2016). Global Leprosy Strategy: Accelerating towards a leprosy-free world.

WHO. World Health Organization. (2020). Global Leprosy Strategy: Overview 2021-2030.. Global Consultation NLP managers, partners and effected persons 26-30 October 2020.

Downloads

Publicado

21/05/2021

Como Citar

ALVES, G. M. G.; ALMEIDA, A. G. C. dos S.; LICETTI, M. M. .; COSTA, C. M. de O. .; ARAÚJO, K. C. G. M. de. Relevância do grau de incapacidade física como preditor do diagnóstico tardio em hanseníase: Uma revisão de escopo. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 6, p. e5410615399, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i6.15399. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/15399. Acesso em: 6 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde