Efeito da temperatura de armazenamento na qualidade do marolo (Annona crassiflora Mart) “in natura”
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15446Palavras-chave:
Vida de prateleira; Pós-colheita; Temperatura; Frutos de savana; Modificação de enzimas.Resumo
A adequação da melhor temperatura de armazenamento para frutas e hortaliças é uma medida fundamental que auxilia na manutenção da qualidade e no prolongamento do prazo de validade. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo estudar a influência da temperatura na qualidade do marolo (Annona crassiflora Mart) “in natura”, onde os frutos foram lavados, higienizados com solução de hipoclorito 1.216 µM e armazenados em 4 temperaturas diferentes (0 , 6, 12 e 20 ° C) controlando a umidade relativa (80 a 90%). Os parâmetros cor L * a * b *, pH, acidez titulável, sólidos solúveis, firmeza, pectinas totais e solúveis, enzimas (pectinametilesterase e poligalacturonase) e vitamina C foram analisados em diferentes tempos de armazenamento. O período máximo de armazenamento foi de 8 dias para os frutos mantidos a 0 e 6 ° C. O uso de temperaturas mais elevadas (12 e 20 ° C) resultou em um menor tempo de armazenamento (6 e 4 dias, respectivamente). O parâmetro de cor L * a * b* não foi influenciado pelo tempo e temperatura durante o processo, enquanto a firmeza e os sólidos solúveis foram afetados apenas pela temperatura. Por outro lado, os parâmetros pH, acidez titulável, pectina total e solúvel, enzimas (pectinametilesterase e poligalacturonase) e vitamina C foram influenciados tanto pela temperatura quanto pelo tempo de armazenamento (p <0,05). Assim, comprovamos que para aumentar a vida útil e manter as melhores características para consumo, o marolo deve ser armazenado entre 0 e 6°C.
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