Análise da escala de valores organizacionais em empresas com estrutura de gestão familiar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15449

Palavras-chave:

Escala de Valores Organizacionais – EVO; Cultura organizacional; Empresas familiares; Análise fatorial.

Resumo

Os valores organizacionais funcionam como parâmetros para a avaliação de comportamento, conduta e motivação profissional. São elementos essenciais para a percepção e o entendimento da cultura organizacional, sobretudo em empresas com estrutura de gestão familiar. Com base no modelo da Escala de Valores Organizacionais - EVO, este artigo objetivou verificar a adequação do modelo a profissionais que atuam em empresas com estrutura de gestão familiar. Para isso, essa Escala foi aplicada em uma amostra composta por 360 profissionais atuantes em empresas familiares, de médio e grande portes, no estado do Rio de Janeiro, nos segmentos de comércio, indústria e serviços. A avaliaçao foi conduzida por meio de técnicas de análise fatorial, necessárias para validar e testar o modelo estrutural. Procedimentos estatísticos foram utilizados para descrever a amostra quanto as propriedades de semelhança entre suas variáveis. Os resultados obtidos identificaram conjuntos de variáveis que configuram um modelo adaptado da estrutura de valores organizacionais em empresas familiares, além de escalas de ajustes necessários para confirmar aderência do modelo adaptado ao modelo original da EVO da amostra delimitada. Com isso, foi possível responder ao questionamento central desta pesquisa, indicando que o modelo original, caracterizado 38 variáveis distribuídas em 5 fatores, resultou em um modelo adaptado, caracterizado por significância estística (p < 0,05), consistência e qualidade dos índices (X2/gl = 2,146, GFI = 0,942, AGFI = 0,909, CFI = 0,948, RMSEA (90%IC) = 0,056) obtidos pelos ajustes, configurando uma nova estrutura com 16 variáveis, distribuídas nos 5 fatores do modelo original da EVO.

Referências

Arayesh, M. B., Golmohammadi, E., Nekooeezadeh, M., & Mansouri, A. (2017). The effects of organizational culture on the development of strategic thinking at the organizational level. International Journal of Organizational Leadership 6: 261-275.

Arif, M., Zahid, S., Kashif, U., & Sindhu, M. I. (2017). Role of leader-member exchange relationship in organizational change management: Mediating role of organizational culture. International Journal of Organizational Leadership 6: 32-41.

Carvalho, O. e S. (2013). Valores organizacionais em instituições públicas brasileiras: percepções dos servidores em diferentes posições hierárquicas e tipos de entidade da administração indireta. RAM - Revista de Administração Mackenzie, S.P. 14(5), 74-103.

Chukwuka Z. C. (2016). Impact of organization culture and change on organizational performance. Global Journal of Applied, Management and Social Sciences 12:186-198.

Farrokhi, F., & Mahmoudi, A. H. (2012). Rethinking Convenience Sampling: Defining Quality Criteria. Theory and Practice in Language Studies. 2(4), 784-792.

Field, Andy (2020). Descobrindo a estatística usando o SPSS. Editora: Penso: (5a ed.).

Hair, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E. & Tatham, R. L. (2014). Análise Multivariada de Dados. (6a ed.), Bookman.

Handler, W. C. (1989). Methodological issues, and considerations in studying family businesses. Family Business Review. 2(3). 257-276.

Lacerda, D. P. (2011). Cultura organizacional: sinergias e alergias entre Hofstede e Trompenaars. Revista de Administração Pública. 45(5), 1285-1301.

Lewis, H. (1991). A question of values: six ways we make the personal choices that shape our lives. Harper Collins.

Marôco, João. (2014). Análise Estatística com o SPSS. (6a ed.), Pero Pinheiro.

Maximiano, A. C. A. (2005). Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. (5a ed.), Atlas.

Motta F., Caldas, M. (1997). Cultura Organizacional e Cultura Brasileira. Atlas.

Nunnaly, J. C. (1967). Psychometric Theory. MacGraw-Hill Book Company.

Oliveira, A. F., & Tamayo, A. (2004) Inventário de perfis de valores organizacionais. Revista de Administração da USP, 39(2), 129-140.

Ouchi, W. (1982). Teoria Z – como as empresas podem enfrentar o desafio japonês. Editora Fundo Educativo Brasileiro.

Rokeach, M. (1981) Crenças, atitudes e valores. Interciência.

Russo, G. M. (2012). Diagnóstico da Cultura Organizacional. Elsevier.

Schein, E.H. (2009) Cultura organizacional e liderança. Atlas.

Schwartz, S.H. (2019). A theory of cultural values and some implications for work. Applied Psychology: An International Review, 48, 23-47.

Tamayo, A. & Gondim, M. D. G. C. (1996) Escala de valores organizacionais. Revista de Administração da USP, 31(2), 62-72.

Veiga, H. M. S. (2018) Comportamento Proativo: relações com valores organizacionais, estímulos e barreiras à criatividade nas organizações e normas sociais. Tese de Doutorado não publicada. Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília.

Zaneti, G. B., Rocha, R. F. da, Fusco, J. P. A. & Rodrigues, J. de S. (2014). Typology of companies’ networks for competitive assessment: an application in higher education institutions. Business Management Review, 4(1), 76-76.

Downloads

Publicado

26/05/2021

Como Citar

FONSECA, L. S.; SALLES, D. M. R. .; SANTOS, J. A. N. dos .; FREITAS, A. P. A. . Análise da escala de valores organizacionais em empresas com estrutura de gestão familiar. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 6, p. e15110615449, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i6.15449. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/15449. Acesso em: 31 ago. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais