Indicadores sociodemográficos na pandemia da covid-19 por meio da distribuição espacial no Brasil: Revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15507

Palavras-chave:

Ininfecções por Coronavirus; Análise Espacial; Índice de Vulnerabilidade Social; Coeficiente de Gini; Indicadores de desenvolvimento.

Resumo

Analisar a distribuição espacial dos indicadores sociodemográficos com a pandemia da Covid-19, por meio de uma revisão integrativa. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, nas bibliotecas eletrônicas Pubmed, Web of Science, Medline e Lilacs, em novembro e dezembro de 2020, utilizando descritores indexados no DECS/MeSH. Constituiu a questão norteadora do estudo: “Como os indicadores sociais brasileiros evoluíram mediante a pandemia da Covid-19?”. Foram inclusos estudos originais, publicados em 2020, disponíveis na íntegra, nos idiomas português e inglês.  Os resultados foram apresentados em um quadro sinóptico com as principais informações de cada estudo. As fontes de publicação englobaram periódicos distintos. Identificou-se 12 estudos ecológicos e dois exploratórios-quantitativos. Quanto ao local de realização, cinco pesquisaram dados de todos os estados brasileiros, sete dos estados do Nordeste e três do Sudeste. O comportamento geográfico dos indicadores com a pandemia no Brasil, relacionaram-se com o padrão de disseminação da doença, a mobilidade urbana e a densidade populacional. Através da análise espacial, observou-se que os estados apresentaram vulnerabilidades e comportamento heterogêneo dos indicadores sociodemográficos, que contribuiu para elevada transmissibilidade do vírus, agravamento dos casos e dificuldade para adotar as medidas de isolamento social.

Biografia do Autor

Erika de Vasconcelos Barbalho, Universidade Estadual do Ceará

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (2007). Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Especialização com caráter de Residência em Saúde da Família pela Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia. Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva. Docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário INTA – UNINTA.

Manoelise Linhares Ferreira Gomes, Universidade Estadual do Ceará

Graduação em Educação Física pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Especialista em Saúde Mental pela Faculdade Latino Americana de Educação (FLATED). Aperfeiçoamento em Sistema para detecção do Uso abusivo e dependência de substâncias Psicoativas: Encaminhamento, intervenção breve, Reinserção social e Acompanhamento pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Membro do Grupo de Pesquisa: Observatório de Pesquisas para o SUS (Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil, CNPq). Membro do Projeto de Extensão Geoprocessamento no Sistema Único de Saúde (GEO-SUS). Membro do Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão: Saúde Mental, Violência e Cuidado, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil, CNPq). Membro da Liga Interdisciplinar em Saúde Mental (LISAM), da UVA. Atuou como docente do curso de graduação em Educação Física do Instituto Vale do Acaraú (IVA). Docente da Faculdade Latino Americana de Educação (FLATED).

Tânia Conceição Camargo Pereira, Universidade Estadual do Ceará

Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Bandeirante de São Paulo (1996). Pós graduação em Saúde Pública com ênfase em Saúde da Família pela UNINTER (2018).

Erica Carine Rodrigues Pedrosa, Universidade Estadual do Ceará

Enfermeira. Residência em Saúde da Família e Comunidade pela ESP/CE. Residência em UTI Neonatal HGF/CE. Especialista em Enfermagem Neonatal pela UFC/CE. Atualmente enfermeira da Educação Permanente da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza/ce.

Cybelle Façanha Barreto Medeiros Linard, Universidade Estadual do Ceará

Pós-doutorado em Saúde Coletiva, Doutora em Ciências Farmacêuticas, Mestre em Ciências Fisiológicas, Especialista em Gestão pública de Saúde. Farmacêutica com Habilidade em Análises Clínicas pela Universidade Federal do Ceará. Possui experiência em farmácia clínica e comercial; sistema nervoso central; dor e analgesia; saúde coletiva.

Francisco José Maia Pinto, Universidade Estadual do Ceará

Pós-Doutor em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP - 2011). Doutor em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ - 2005). Mestre em Ciências em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ - 1988). Graduado em Matemática pela Universidade Federal do Ceará (UFC - 1975). Graduado em Estatística pela Universidade Federal do Ceará (UFC - 1978). Professor Aposentado da Universidade Federal do Ceará (UFC). Atualmente é Professor Associado Nível "O" da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPSAC/UECE) e Mestrado Profissional em Saúde da Criança e do Adolescente (CMPSCA/UECE). Consultor Ad hoc. Líder do Grupo de Pesquisa Avaliação e Análise Estatística em Saúde Coletiva - PESQSAUDE. Vice-líder do Grupo de Pesquisa Indicadores de Saúde. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística, com ênfase em Probabilidade e Estatística Aplicadas a Saúde Coletiva. Atua principalmente, nos seguintes temas: Avaliação Institucional, Nutrição em Saúde Coletiva, Epidemiologia da Saúde da Criança e do Adolescente, Educação e Profissionais de Saúde.

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Publicado

31/05/2021

Como Citar

BARBALHO, E. de V.; GOMES, M. L. F.; PEREIRA, T. C. C.; PEDROSA, E. C. R.; LINARD, C. F. B. M.; PINTO, F. J. M. Indicadores sociodemográficos na pandemia da covid-19 por meio da distribuição espacial no Brasil: Revisão integrativa. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 6, p. e34110615507, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i6.15507. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/15507. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde