Ajuste de curvas de crescimento em codornas de corte por inferência Bayesiana
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15530Palavras-chave:
Desenvolvimento ponderal; Energia metabolizável; Inferência bayesiana; Modelo de Gompertz; Taxa de crescimento absoluto.Resumo
Objetivou-se comparar curvas de crescimento em codornas de corte (Coturnix coturnix coturnix), entre sexo e dietas com diferentes níveis de energia metabolizável (EM), por meio de modelos de regressão não lineares sob inferência Bayesiana. Utilizaram-se registros de pesos corporais referentes à 579 machos e 581 fêmeas, pesadas ao nascimento, aos 7, 14, 21, 35 e 42 dias de idade. As dietas foram compostas por três diferentes níveis de energia metabolizável, sendo 2750; 2950 e 3150 kcal de EM/kg1. Os modelos avaliados empregaram as funções de Gompertz, Logística, Richards e Von Bertalanffy, considerando-se o parâmetro relacionado à taxa de maturidade (K) como aleatório. Foram geradas cadeias de Markov, via amostrador de Gibbs, adotando-se o Critério de Deviance na escolha do modelo mais adequado. Em ambos os sexos, a função de Gompertz apresentou ajuste significativamente superior de acordo com o critério avaliado, e menor estimativa de variância residual, indicativo de maior precisão na predição do peso corporal dos animais. Foi observada taxa de crescimento absoluto distintas entre os sexos, dessa forma a descrição de curvas de crescimento deve ser realizada de forma individualizada. As análises indicaram que o nível de 2750 kcal/kg de EM na dieta promove o crescimento de forma similar aos outros níveis na fase de 1 a 14 dias de idade em machos e de 1 a 21 dias de idade em fêmeas. Após estas idades, observou-se melhor desempenho utilizando-se o nível de 3150 kcal/kg de EM para machos e níveis de 2950 e 3150 kcal/kg para fêmeas.
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