Aplicação da vacina hepatite B na região ventroglútea: Avaliação da reação álgica em recém-nascidos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15541Palavras-chave:
Injeções Intramusculares; Vacinação; Dor; Recém-nascido; Enfermagem Neonatal; Neonatologia.Resumo
Objetivo: Analisar a reação álgica produzida pela aplicação da vacina Hepatite B na região ventroglútea em recém-nascidos e verificar sua relação com o sexo, a idade gestacional de nascimento e as características antropométricas. Metodologia: Estudo quantitativo, exploratório, de corte transversal, realizado no alojamento conjunto de um hospital universitário com amostra de 121 recém-nascidos. Para a avaliação da reação álgica, utilizou-se a Neonatal Pain Scale, a frequência cardíaca e o tempo de choro. Os escores produzidos pela escala foram associados às variáveis: sexo, horas de vida, idade gestacional e medidas antropométricas. Durante a análise dos dados, calculou-se as medidas: mínimo, máximo, mediana, média, desvio padrão, coeficiente de Correlação de Spearmam e utilizou-se o teste Wilcoxon, Mann Whitney e Kruskal Wallis. Resultados: A maioria dos recém-nascidos apresentou dor, com um escore médio pela Neonatal Pain Scale de 2,87 (ausência de dor) antes e 6,14 (presença de dor) durante o procedimento, sendo estatisticamente significativo (p<0,0001). Identificou-se uma correlação positiva fraca entre a frequência cardíaca e os escores da escala de Neonatal Pain Scale e uma correlação forte deste último com o tempo de choro. Conclusão: A reação álgica é uma realidade mesmo com o uso da região ventroglútea e não há variação conforme as características estudadas dos recém-nascidos.
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