Aspectos epidemiológicos da dengue no Estado de Mato Grosso, Brasil: série temporal 2001-2018

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15716

Palavras-chave:

Epidemiologia; Letalidade; Incidência; Internação hospitalar.

Resumo

Objetivo: Descrever as características epidemiológicas da dengue no estado de Mato Grosso, Brasil, 2001 a 2018.Métodos: Dados obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) para análises da letalidade, incidência e internação hospitalar.Resultados: No Estado de Mato Grosso foram 292.756 notificações e 256 óbitos no período estudado. O pico de incidência e letalidade foi em 2009 (masculino 1544,1; feminino 1960,3; masculino 268,1; feminino 107,2 casos/100 mil habitantes), respectivamente. Porém, o ápice na taxa de internação hospital (masculino 156,4/100 mil habitantes; feminino 178,1/100 mil habitantes) foi em 2010. O pico da taxa de incidência nas faixas etárias foi em 2009, em que crianças (< 1 ano) apresentaram maior taxa de incidência, sendo 2156,8/100 mil habitantes neste ano. Depois os adolescentes (10 a 19 anos) com 2003,4/100 mil habitantes); os adultos (20 a 59 anos; 1740,4/100 mil habitantes); as crianças (1 a 9 anos; 1653,8/100 mil habitantes) e as menores taxas foram nos idosos (>60 anos; 1257,1/100 mil habitantes).  A maior taxa de letalidade foi nos idosos (435,9/100 mil habitantes), depois nas crianças < de 1 ano (335,2/100 mil habitantes); nas crianças  de 1 a 9 anos (86,9/100 mil habitantes); nos adultos (54/100 mil habitantes) e; o de menor taxa  foi nos adolescente com 40,3/100 mil habitantes. Conclusão: A dengue revelou picos epidêmicos com altas taxas de incidência. O sexo feminino adoece e hospitaliza mais que o masculino, porém o masculino tem maior letalidade. Os adultos adoecem mais, sendo a letalidade  maior nos idosos.

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Publicado

31/05/2021

Como Citar

ALMEIDA, T. G. de .; RIEDER, A.; OLIVEIRA JUNIOR, E. S. .; MUNIZ, C. C. .; RAMOS, A. O. .; PEREIRA, P. A. . Aspectos epidemiológicos da dengue no Estado de Mato Grosso, Brasil: série temporal 2001-2018. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 6, p. e32610615716, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i6.15716. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/15716. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde