A corrupção na administração pública: Uma análise das publicações científicas internacionais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15754Palavras-chave:
Corrupção; Setor público; Publicações cientificas; Bibliometria.Resumo
O estudo procura identificar o panorama das publicações sobre corrupção na administração pública na literatura internacional nas últimas duas décadas. Para a análise dos dados utilizou-se a base de dados do Scopus e uma mescla das técnicas de bibliometria, análise de conteúdo, análise das redes e nuvem de palavras. Para tanto, essa pesquisa é delineada como descritiva, de análise bibliométrica e quantitativa. Foram encontrados 311 artigos com os EUA apresentando uma representação mais expressiva na produção internacional com 21,1% dos artigos, seguido por Austrália (8,6%) e Reino Unido (6,1%). Já o Brasil aparece em 24º lugar com apenas 4 (1,2%) publicações. Os resultados demonstraram que a International Journal Of Public Administration e a Public Administration And Development, com 15 artigos publicados cada uma, seguido pela Public Administration Review, com 14, e a Mediterranean Journal Of Social Sciences, com 10, foram os principais periódicos em número de publicações sobre corrupção na administração pública. Ainda, foram identificados somente cinco clusters com cinco ou mais ligações de coautoria em pesquisa, indicando que há um baixo índice de desenvolvimento de pesquisas em cooperação. Além disso, os dados parecem evidenciar que a literatura mundial acerca da temática se encontra relativamente consolidada, diferentemente da nacional, que ainda necessita de maiores avanços.
Referências
Abramo, C. W. (2000). Relações entre índices de percepção de corrupção e outros indicadores em onze países da América Latina. In: SPECK, B. W. et al. (Org.) Os custos da corrupção. Cadernos Adenauer, v. 10, p. 47-62.
Abram O, C. W. (2005). A dificuldade de medir a corrupção. Novos Estudos, CEBRAB. 10, p. 33-37, Novembro.
Araújo, W. T. et al. (2000). Meta-análise das dissertações do curso de mestrado ciência da informação UFPB: 1990-1999. Revista Informação e Sociedade: estudos, João Pessoa, v. 10, n. 1, p. 1-11.
Bräscher, M. & Café, L.(2008) Organização da Informação ou Organização do Conhecimento? In: Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação, 2008, São Paulo, Anais... São Paulo: ANCIB.
Brasil. Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013. Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 2 de agosto de 2013. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm
Brei, Z. A. (2016). Corrupção: dificuldades para definição e para um consenso. Revista de Administração Pública, 30, n. 1, p. 64 – 77, jan/fev 1996.
Brol, M. (2016). Institutional determinants of corruption. Ekonomia i Prawo. Economics and Law, 15(1), 21-32.
Controladoria Geral da União. A Responsabilidade Social das Empresas no combate à corrupção. (2009). https://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-integridade/arquivos/manualrespsocialempresas_baixa.pdf.
De Oliveira Costa, C. L., da Cunha, D. D. O., Bezerra, L. F., de Oliveira, F. L., do Vale Júnior, J. S., & Junior, E. S. (2020). A corrupção no setor público brasileiro. Research, Society and Development, 9(10), e5939109056-e5939109056.
Dolan, K., Mckeown, B. & Carlson, J. M. (1988). Popular conceptions of political corruption: implications for the empirical study of political ethics. Corruption and Reform, v. 3, n. 1, p. 3-24.
Elsevier. About Scopus. (2018). https://www.elsevier.com/solutions/scopus.
Elsevier. Scopus. (2011). http://www.americalatina.elsevier.com/corporate/scopus.php.
Ferenhof, H. A. et al. (2014). Environmental management systems in small and medium-sized enterprises: an analysis and systematic review. Journal of cleaner production, v. 74, p. 44-53.
Herzfeld, T. & Weiss, c. (2003). Corruption and legal (in) effectiveness: an empirical investigation. European Journal of Political Economy, v. 19, n. 3, p. 621-632.
Kitchenham, B. (2004). Procedures for performing systematic reviews. Keele, UK, Keele University, v. 33, n. 2004, p. 1-26.
Luciano, E. M., Magnagnagno, O. A. & Wiedenhöft, G. C. (2017). Entendendo as causas da corrupção no brasil e o papel da ti na redução Da vulnerabilidade a brechas de corrupção. Anais XX SEMEAD Seminários em Administração, FEA USP, São Paulo.
Luciano, E. M., Wiedenhöft, G. C., & Callegaro, S. (2019). Entendendo os fatores de combate à corrupção: proposta de um constructo de dissuasão à corrupção. Revista de Contabilidade e Organizações, n. temático Fraudes e Corrupção: o que Contabilidade e Organizações têm a dizer?, 20-30.
Nações Unidas. (2007). Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção. Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção. [S.l.]: [s.n.]. p. 1 – 68.
Nascimento, I. C. (2016). A Cultura Importa? a produção científica sobre a relação entre corrupção e cultura nacional. Anais do Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais, Porto Alegre.
Nobre, B. P., & Cotomacci, G. (2020). A distinção entre corrupção passiva e caixa dois. Revista do Curso de Direito, 15(15), 151-179.
Pereira, M. M. O. et al. (2017). Eco Inovação: um estudo bibliométrico como proposta de mapeamento dos estudos sobre o tema nas bases Web of Science e Scopus (1978-2016). Anais, XIX Engema, FEA/USP, São Paulo.
Peters, J. G. & Welch, S. (1978). Political Corruption in America: A Search for Definitions and a Theory, or If Political Corruption Is in the Mainstream of American Politics Why Is it Not in the Mainstream of American Politics Research? The American Political Science Review, p. 974 - 984, set.
Prodanov, C. C. & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale.
Quevedo-Silva, F. et al. (2016). Estudo Bibliométrico: Orientações sobre sua Aplicação. Revista Brasileira de Marketing, v. 15, n.2, p. 246-262.
Ribeiro, H. V., Alves, L. G., Martins, A. F., Lenzi, E. K., & Perc, M. (2018). The dynamical structure of political corruption networks. Journal of Complex Networks, 6(6), 989-1003.
Schlickmann, A., & Bortoluzzi, S. C. (2020). Análise Bibliométrica e de Conteúdo sobre a Avaliação de Desempenho Organizacional no contexto da Contabilidade Gerencial. In 9º Congresso UFSC de Controladoria e Finanças.
Sims, R. L., Gong, B. & Ruppel, C. P. A contingency theory of corruption: The effect of human development and national culture. The Social Science Journal, 1, p. 90 – 97.
Srivastava, S. C., Teo, T. S. H. & Devaraj, S. (2016). You Can't Bribe a Computer: Dealing with the Societal Challenge of Corruption Through ICT. Mis Quarterly, v. 40, n. 2, p. 511-526.
Transparency International. (2018). Transparency International. https://www.transparency.org/
Treisman, D. (200). The causes of corruption: a cross-national study. Journal of Public Economics, p. 399-457.
Vergara, S. C. (2005). Métodos de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas.
Zaganelli, J. C. & Miranda, W. V. D. (2017). Marco Civil da internet e política pública de transparência: uma análise da e-democracia e do compliance público. Revista Brasileira de Políticas Públicas, Brasília, 7, n. 3, p. . 633-646.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Marcelo Matzenbacher Delanoy; Rafael Rudolfo Kreutz; Kelmara Mendes Vieira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.