Análise da ansiedade e do estresse laboral em profissionais da Atenção Primária à Saúde
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15763Palavras-chave:
Saúde do trabalhador; Ansiedade; Estresse; Estresse ocupacional; Atenção primária à saúde.Resumo
Objetivo: Analisar o nível de ansiedade e estresse laboral em trabalhadores das Unidades Básica de Saúde de Caxias-MA. Metodologia: Trata-se de um estudo analítico, de corte transversal e abordagem quantitativa. Setenta e um (71) trabalhadores responderam o questionário sociodemográfico e ocupacional, a escala de ansiedade, Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) e estresse, Escala de Estresse no Trabalho (EET). Os dados provenientes dos instrumentos metodológicos foram tabulados através do programa Office Excel versão 2013, sendo criado um banco de dados, e posteriormente, analisados eletronicamente pelo programa SPSS 22.0 para o Windows. Resultados e discussão: Evidenciou-se a predominância do nível médio de ansiedade e de fatores estressantes, sendo os vigilantes os mais ansiosos e estressados. Trabalhadores com mais de uma ocupação apresentam maiores níveis de ansiedade. Sobre o Distúrbio neuromusculoesquelético (DNME), verifica-se a predominância entre os vigias, porém em todas as profissões presenciou-se a existência deste distúrbio, exceto recepcionista. Os resultados apontam que dos 21 trabalhadores com outra ocupação, 11 possuem DNME. Conclusão: Torna-se necessário desenvolver um olhar mais cuidadoso para a saúde física e mental dos trabalhadores como o fortalecimento do apoio social no trabalho, a importância da ergonomia, dos momentos de interação em equipe, escuta qualificada, além de atividades que possam enriquecer e reorganizar o processo e o fluxo de trabalho, junto com o assessoramento da gestão e dos órgãos da vigilância. Mediante limitações da pesquisa é de grande importância o surgimento de outros estudos sobre o cuidado com a saúde do trabalhador.
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