Ação educativa em saúde desenvolvida com trabalhadoras de materiais recicláveis
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15798Palavras-chave:
Catadores; Sexualidade; Mulheres; Enfermagem; Educação em saúde.Resumo
As mulheres catadoras exercem papel significativo no ciclo da reciclagem de materiais, e através do seu trabalho promovem a sustentabilidade do planeta, na tentativa de diminuir resíduos sólidos. Devido a essa situação, ficam expostas a riscos ocupacionais que influenciam diretamente em sua saúde e sexualidade. O objetivo do estudo é relatar uma ação educativa em saúde desenvolvida com trabalhadoras de materiais recicláveis sobre transformações corporais nas fases da vida de mulheres. Trata-se de um relato de experiência, de abordagem qualitativa, descritiva, aplicada e desenvolvida em uma cooperativa de reciclagem da região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, com sete trabalhadoras de material reciclável, com idades entre 18 e 40 anos. Percebeu-se que estas mulheres apresentam poucos conhecimentos sobre o próprio corpo, relataram dúvidas quanto à utilização dos métodos contraceptivos e sobre o funcionamento do sistema reprodutor feminino, mas demonstram autoestima e aceitação em relação à sua imagem corporal. As ações educativas desenvolvidas pela enfermagem, com esta classe de trabalhadores, auxiliam no despertar de um olhar mais abrangente da sociedade e das diversas classes sociais, em uma atuação profissional que busca um cuidado humanizado e igualitário.
Referências
Alves, S. M. C., & Oliveira, G. B. de. (2020). As Contribuições de Paulo Freire para o empoderamento feminino no campo. Research, Society and Development. 9(6), 1-13.
Assunção, M. R. S., et al. (2020). A sexualidade feminina na consulta de enfermagem: potencialidades e limites. Revista de Enfermagem da UFSM. 10(1), 1-18.
Cavalcante, B. L. de L., & Lima, U. T. S. de. (2012). Relato de experiência de uma estudante de Enfermagem em um consultório especializado em tratamento de feridas. J Nurs Health. 1(2), 94-103.
Coelho, A. P. F., et al. (2018). Trabalho feminino e saúde na voz de catadoras de materiais recicláveis. Texto & Contexto – Enfermagem. 27(1), 1-10.
Coelho, A. P. F., et al. (2016). Mulheres catadoras de materiais recicláveis: condições de vida, trabalho e saúde. Revista Gaúcha Enfermagem. 37(3).
Costa, A. M. S. da., et al. (2020). Educação em saúde em uma escola infantil do interior do Amazonas: relato de experiência. Revista de Divulgação Científica Sena Aires. 1(9), 125-132.
Freire, P. (1983). Pedagogia do oprimido.
Gil, A. C. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa.
Lemos, R. M. R., & Padilha, T. A. F. (2018). Simulações e aprendizagens baseadas em problemas: uma experiência de uso de metodologias ativas em um curso técnico de enfermagem. Biblioteca Digital da Univates.
Loiloa, R. F. (2017). Análise discursiva da autoimagem corporal de mulheres em diferentes idades. Espelho, espelho meu!. Revista Tecer. 10(18), 26-38.
Ludke, M., & Andre, M. E. D. A. (2013). Pesquisas em educação: uma abordagem qualitativa: E.P.U.
Morin, V. L., & Lüdke, E. (2019). Uma comparação do conhecimento estudantil sobre saúde da mulher entre estudantes de escolas públicas da zona urbana e rural. Revista Vivências. 15(28), 50-67.
Moura, R., & Sopko, C. (2018). Desigualdade social e de gênero: a inserção da mulher no trabalho e a dupla jornada frente ao processo de catadores no brasil. Caderno Espaço Feminino. 1(31), 228-242.
Nascimento, A. G., & Cabral, C. G. (2017). Relações de gênero e sustentabilidade urbana: mulheres na reciclagem de materiais. Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos).
Nascimento, A. G., & Cabral, C. G. (2019). Catadoras de materiais recicláveis em natal: gênero, meio ambiente e divisão sexual do trabalho. Revista Gênero. 20(1), 18-33.
Proni, M. W., & Gomes, D. C. (2015). Precariedade ocupacional: uma questão de gênero e raça. Estudos Avançados. 29(85), 137-151.
Rodrigues, C. F. do C., et al. (2020). Promoção de saúde para mulheres em território de vulnerabilidade social: comunidade a Saroba. Research, Society and Development. 9(10), 1-17.
Santos, R. B. dos., et al. (2016). Processo de readequação de um planejamento familiar: construção de autonomia feminina em uma unidade básica de saúde no Ceará. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde. 10(3), 1-10.
Saur, A. M., & Pasian, S. R., & Loureiro, S. R. (2010). Desenho da figura humana e a avaliação da imagem corporal. Psicologia em Estudo. 15(3), 497-507.
Silva, L. V. da., et al. (2017). As metodologias ativas e atividades lúdicas na educação básica: da formação docente para a prática pedagógica no Pibid-matemática. Anais do Seminário Científico do Unifacig. 2, 1-5.
Silva, V. G. da., & Cândido, A. da S. C. (2018). A Formação do Enfermeiro para a Realização da Educação Continuada. Revista Multidisciplinar e de Psicologia. 40(14), 847-858.
Sousa, W. K. M. V., & Fernandes, E. M. da F. (2017). O riso e o corpo: reflexões acerca do riso e sua relação com o biopoder. Revista de Letras. 18(23), 36-54.
Thiollent, M. (2009). Metodologia de Pesquisa-ação. 14, 1-132.
Winters, J. R. da F. et al., (2018). O empoderamento das mulheres em vulnerabilidade social. Revista de Enfermagem. 4(18).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Kalinka Moraes Vorpagel; Ariane Francieli Teixeira Pedroso; Carla Penteado Ortiz; Jéssica Aires Ajala; Jéssica Luísa Schein; Karoline Silva da Silva; Sandra Leontina Graube; Vivian Lemes Lobo Bittencourt; Jane Conceição Perin Lucca
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.