Análise do sistema de validação e refinamento de alertas do Mapbiomas e do laudo de área desmatada em Altamira - PA, Brasil (2018 – 2021)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15801Palavras-chave:
Sensoriamento remoto; Áreas degradadas; Gestão ambiental; Recursos naturais.Resumo
A exploração dos recursos naturais reflete diretamente em alterações nos usos e ocupações do solo no Brasil. O desmatamento é uma das consequências dessa exploração, que tem impactado negativamente os Biomas, a biodiversidade, o clima local e global. O avanço das geotecnologias tem possibilitado o surgimento de grandes aliados para o monitoramento de áreas degradadas no Brasil e no mundo. Foi nesse contexto que surgiu o MapBiomas Alerta, um sistema de validação e refinamento de alertas de desmatamento, degradação e regeneração de vegetação nativa com imagens de alta resolução. Esse artigo tem como objetivo geral analisar essa ferramenta de alertas de desmatamento: descrever como funciona o MapBiomas Alerta; estudo de caso do município que apresentou a maior área desmatada no Brasil (2018 - 2021); e abordar as principais contribuições do MapBiomas Alerta. A metodologia proposta tem uma abordagem qualitativa da ferramenta em estudo, visa analisar, descrever, explicar e demonstrar como ela funciona e suas potencialidades de uso para a gestão ambiental. Os resultados demonstram a gravidade da situação do desmatamento no Brasil, com um total de área degradada nos últimos anos, que corresponde aproximadamente ao tamanho do estado de Alagoas. Sendo o Bioma da Amazônia o mais afetado, com o estado do Pará e o município de Altamira-PA com a maior concentração de alertas e de áreas desmatadas. As contribuições do MapBiomas Alerta são de grande relevância para o monitoramento do desmatamento no território brasileiro e para a acessibilidade desses dados.
Referências
Aragão, L. E. O. C., Silva Junior, C. H. L., Anderson, L. O. (2020). O desafio do Brasil para conter o desmatamento e as queimadas na Amazônia durante a pandemia por COVID-19 em 2020: implicações ambientais, sociais e sua governança. São José dos Campos, 2020. 34p. SEI/INPE: 01340.004481/2020-96/5543324. 10.13140/RG.2.2.11908.76167/1
Bloomfield, L. S. P., McIntosh, T. L. & Lambin, E. F. (2020). Habitat fragmentation, livelihood behaviors, and contact between people and nonhuman primates in Africa. Landscape Ecol 35, 985-1000. https://doi.org/10.1007/s10980-020-00995-w
Bronz, D., Zhouri, A., & Castro, E. (2020). Apresentação: Passando a boiada: violação de direitos, desregulação e desmanche ambiental no Brasil. Antropolitica - Revista Contemporânea de Antropologia, 49, https://doi.org/10.22409/antropolitica2020.i49.a44533
Florenzano, T. G. (2007). Iniciação em Sensoriamento Remoto. Oficina de Textos.
Florenzano, T.G (2005). Geotecnologias na geografia aplicada: difusão e acesso. Revista do Departamento de Geografia, 17, 24-29. https://doi.org/10.7154/RDG.2005.0017.0002
Hamada, E., Gonçalves, R. R. V. (2007). Introdução ao geoprocessamento: princípios básicos e aplicação. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 52 (Embrapa Meio Ambiente. Documentos, 67).
IBGE. Biomas Brasileiros. (2021). https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/territorio/18307-biomas-brasileiros.html
Imaflora & ISA (2021). Mapeamento dos retrocessos e transparência e participação social na política ambiental brasileira – 2019 e 2020. pp. 35. imaflora.org/public/media/biblioteca/mapeamento_dos_retrocessos_de_transparencia_e_participacao_social_na_politica_ambiental_.pdf
Layrargues, P. P. (2020). Pandemias, colapso climático, antiecologismo: educação ambiental entre as emergências de um ecocídio apocalíptico. Revista Brasileira de Educação Ambiental (Revbea), 15(4), 01-30. https://doi.org/10.34024/revbea.2020.v15.10861
MAPBIOMAS. (2019). Relatório Anual do Desmatamento no Brasil, 2019. 49 p. https://s3.amazonaws.com/alerta.mapbiomas.org/relatrios/MBI-relatorio-desmatamento-2019-FINAL5.pdf
MAPBIOMAS. (2021a). Sobre o Projeto MapBiomas Alerta. http://alerta.MapBiomas.org
MAPBIOMAS. (2021b). Laudo MapBiomas Alerta. https://plataforma.alerta.mapbiomas.org/laudos/120740
Miranda Neto, J. Q., & Herrera, J. A. (2017). Expansão urbana recente em Altamira (PA) Novas tendências de crescimento a partir da instalação da UHE Belo Monte. Ateliê Geográfico, 11(3), 34–52. https://doi.org/10.5216/ag.v11i3.33766
Miranda Neto, J. Q., & Herrera, J. A. (2016). Altamira-PA: novos papéis de centralidade e reestruturação urbana a partir da instalação da UHE Belo Monte, Confins [Online], 28. https://doi.org/10.4000/confins.11284
Pereira, L. I., Coca, E. L. de F., & Origuéla, C. F. (2021). O “passar a boiada” na questão agrária brasileira em tempos de pandemia. Revista NERA, 24(56), 08-23, https://doi.org/10.47946/rnera.v0i56.8314
Resende, M (2002). 500 Anos de Uso do Solo no Brasil. In: Araújo, Q. R. (Ed.), 500 anos de uso do solo no Brasil. Ilhéus: Editus, pp. 1-50.
Redding, D. W., Atkinson, P. M., Cunningham, A. A., et al. (2019). Impacts of environmental and socio-economic factors on emergence and epidemic potential of Ebola in Africa. Nat Commun 10, 4531. https://doi.org/10.1038/s41467-019-12499-6
Romão, E. P., Pontes, A. N., Gutjahr, A. L. N., & Torres, W. R. G. (2017). Análise temporal do uso e da cobertura do solo nas áreas desflorestadas do município de Altamira, Pará. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer. 14(25), 113 - 126. 10.18677/EnciBio_2017A11
Souza, C. M., Shimbo, J. Z., Rosa, M. R., Parente, L. L., Alencar, A. A., Rudorff, B. F., Hasenack, H., Matsumoto, M., Ferreira, L. G., & Souza-Filho, P. W. (2020). Reconstructing Three Decades of Land Use and Land Cover Changes in Brazilian Biomes with LandsatArchive and Earth Engine. Remote Sens. 12 (17), 2735, https://doi.org/10.3390/rs12172735
Tosto, S. G., Rodrigues, C. A. G., Bolfe, E. L., & Batistella, M. (2014). Geotecnologias e Geoinformação: o produtor pergunta, a Embrapa responde / editores técnicos, 248 il. – (Coleção 500 Perguntas, 500 Respostas).
Werneck, F., Sordi, J., Araújo, S., & Angelo, C. (2021). “Passando A Boiada”: O segundo ano de desmonte ambiental sob Jair Bolsonaro. Observatório Do Clima, pp. 38.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Jhersyka Barros Barreto; Janaína Barbosa da Silva; Sérgio Murilo Santos de Araújo; Ruan Otávio Teixeira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.