Gestão estratégica de materiais: Uma proposta através da Matriz de Kraljic e da teoria dos jogos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15847Palavras-chave:
Compras; Teoria dos jogos; Matriz de Kraljic; Administração de materiais.Resumo
Analisando o cenário de competitividade entre as empresas, o setor de compras tornou-se um setor estratégico, assim, é possível perceber a constate busca das organizações por modelos estratégicos que possibilitem um alinhamento com os resultados esperados pelas corporações. O presente artigo busca propor um método alternativo para gestão estratégica na aquisição de materiais e serviços, através do modelo de compras criado por Peter Kraljic, que analisou os materiais a partir dos impactos financeiros causados por eles e os risco de suprimentos que estes representam. Junto a isto é proposto a utilização da Teoria dos Jogos, como estratégia de jogo a ser jogado para cada grupo de material. Para isto, o método de pesquisa utilizado foi o método hipotético-dedutivo, bem como a revisão da literatura, feita através da leitura de livros, revistas e periódicos que relatam e relacionam-se com o assunto. Ao final um dos resultados observados é uma matriz estratégica para aquisição de materiais, onde para cada grupo de materiais, após classificados quanto ao risco financeiro e risco de suprimento é proposto um tipo de jogo. Entretanto, observa-se que o campo de estudo é muito vasto e passível de novos estudos.
Referências
Abrantes, M. L. P. (2004) A Teoria dos Jogos e os Oligopólios: abordagem. Luanda: Edição da autora,
Andrade, G. C. (2012) Gestão estratégica de suprimento em uma empresa do setor elétrico brasileiro. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Arnold, J. R.T. & Stephen, N. C. (2001) Introduction to materials management. 4.ed. New Jersey: Prentice-Hall, Inc.
Assaf Neto, A. (2003) Finanças Corporativas e Valor. São Paulo: Atlas.
Baily, P., Farmer, D., Jessop, D. & Jones, D. (2000) Compras: Princípios e administração. 8.ed. Tradução Ailton Bomfim Brandão. São Paulo: Atlas.
Ballou, Ronald H. (2006) Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. 5.ed. Porto Alegre: Bookman.
Barney, J. B. (2012) Purchasing, supply chain management and sustained competitive advantage: The relevance of resource‐based theory. Journal of Supply Chain Management, 48(2), 3-6.
Berni, D. de A. & Fernandez, B. P. M. (2014) Teoria dos Jogos: Crenças, desejos e escolhas. 1. ed. São Paulo: Saraiva.
Bierman, H. S. & Fernandez, L. (2011) Teoria dos Jogos. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Braga, A. (2006) Evolução estratégica do processo de compras ou suprimentos de bens e serviços nas empresas. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Instituto Coppead.
Buker, D.W. (2004) Maynard’s Industrial Engineering Handbook. New York: The McGraw-Hill Companies.
Cachon, G. P. & Netessine, S. (2003) Game Theory in Supply Chain Analysis. Philadelphia: The Wharton School University of Pennsylvania.
Chiavenato, I. (2005) Administração de Materiais: Uma Abordagem Introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier.
Chiavenato, I. (2014) Gestão de Materiais: Uma Abordagem Introdutória. 3.ed. Barueri, São Paulo: Manole.
Collins, B. C., Kumral, M. (2020). Game theory for analyzing and improving environmental management in the mining industry. Resources Policy. 69, 101860
Dias, M. A. P. & Costa, R. F. (2003) Manual do comprador: conceitos, técnicas e práticas indispensáveis em um departamento de compras. São Paulo: Edicta.
Dias, M. A. P. (2010) Administração de materiais: uma abordagem logística. 5. ed. São Paulo: Atlas.
Dias, M. A. P. (2011) Administração de materiais: Princípios, conceitos e gestão. 6.ed. – 5.reimpr. São Paulo: Atlas.
Dubois, A. & Pedersen, A. (2002) Why relationships do not fit into purchasing portfolio models – a comparison between the portfolio and industrial network approaches. European Journal of Purchasing and Supply Management, 8(1), 35-42.
Ellram, L. M. & Cooper, M. C. (2014) Supply Chain Management: It's All About the Journey, Not the Destination. Journal of Supply Chain Management, 50(1), 8-20.
Ferraes Neto, F. (2002) A relação da logística com a administração financeira e seus impactos nos índices financeiros de uma organização. Revista FAE, Curitiba, 5(1), 49-49.
Gaither, N. & Frazier, G. (2001) Administração da Produção e Operações. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
Gelderman, C. J. & Weele, A. J. (2002) Strategic Direction through Purchasing Portfolio Management: A Case Study. The Journal of Supply Chain Management, 1(1), 30-37.
Gelderman, C.J. & Weele, A.J. (2003) Handling measurement issues and strategic directions in Kraljic’s purchasing portfolio model. Journal of Purchasing & Supply Management, 17(1), 207-216.
Giudice, F. M. D. de P. A (2014) Teoria dos jogos na estratégia de contratação de logística de transporte em uma empresa siderúrgica. Dissertação (Mestrado em Administração) – Belo Horizonte: FUMEC.
Haneke U. & Saddi, V. (1995) Prêmio Nobel de Economia de 1994: Contribuições de Nash, Harsanyi e Selten à Teoria dos Jogos. Revista de Economia Política, 15 (1), 58-69.
Harsanyi, J. C. & Selten R. A (1988) General Theory of Equilibrium Selection in Games. Disponível em: .
Have, S. T. et al. (20003) Modelos de gestão: o que são e quando devem ser usados. 1. ed. São Paulo: Prentice Hall.
Kibbeling, M. I. (2010) Creating Value in Supply Chains: Supplier’s Impact on Value for Customers, Society and Shareholders. Beta PhD Thesis Series, Eindhoven: Eindhoven Technology University.
Klippel, M., Júnior, J. A. V. A. & Vaccaro, G. L. R. (2007) Matriz de posicionamento estratégico de materiais: conceito, método e estudo de caso. Gestão de Produção, 14(1), 181-192.
Kraljic, P. (1983). Purchasing Must Become Supply Management. Disponível em: <http://www.sipm.com/Procurement-Academy/Articles/Strategy/kraljicHBR83.pdf>.
Li, L. (1992) The role of inventory in delivery-time competition. Management Science. 38(1), 182-197.
Lopes A. R. (2008) Planejamento e Controle da Produção: Um Estudo de Caso no Setor de Artigos Esportivos de uma Indústria Manufatureira. XXVIII ENEGEP, Rio de Janeiro 25(1), 1-10 , out/2008. Disponível em: < http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_tn_sto_069_491_11556.pdf>.
Marconi, M. de A. & Lakatos, E. M. (2017) Fundamentos de metodologia científica. 7.ed., São Paulo: Editora Atlas.
Marion, J., Lambert, D. M., Stock, J. R. & Vantine, J. G. (1998) Administração Estratégica da Logística. São Paulo: Vantine Consultoria.
Martins, P. G. & Alt, P. R. C. (2009) Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva.
Matsumoto, A., Szidarovszky, F., (2015). Game theory and its applications. Springer, 1st ed. 1–268.
Mintzberg, H., Lampel, J., Quinn, J. B., Ghoshal, S., (2006) O processo da estratégia: conceitos, contextos e casos selecionados. Porto Alegre: Artmed.
Nash Jr, J. F. Equilibrium Points in n-person Games. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1063129/>.
Souza, A. M. S. T., Scavarda, L. F., & Scavarda, A. J. (2008) Compras de Itens-não-críticos numa empresa de petróleo. Revista de Administração FACES Journal, 7(4), 31-43.
Tarokh, M. J., Sohrabi, S., Khoshalhan F. (2010) The non-cooperative game theory for trades in B2B electronic market. The International Journal of Advanced Manufacturing Technology, 48(5), 823-828.
Vitorino Filho, V. A., Sacomano Neto, M. & Spers, E. E. (2009) Escolas do pensamento estratégico: uma contribuição a partir da teoria dos jogos. Internext – Revista Eletrônica de Negócios Internacionais da ESPM, 4(2), 19-31.
Weele, A. J. & Raaij, E. M. (2014) The future of purchasing and supply management research: About relevance and rigor. Journal of Supply Chain Management, 50(1), 56-72.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Douglas Leonardo de Lima; Osmildo Sobral dos Santos; Aparecido dos Reis Coutinho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
