Análise da qualidade de vida e risco para nomofobia no uso de smartphones
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15880Palavras-chave:
Ansiedade; Smartphone; Nomofobia; Qualidade de vida.Resumo
Introdução: O uso das tecnologias está cada vez mais se modificando, ao mesmo tempo em que também altera as pessoas. O contato com as tecnologias atuais, como os smartphones, pode gerar diversas respostas emocionais e alterar o bem-estar subjetivo, sendo uma delas a nomofobia. Objetivo: Analisar a interatividade da população com os smartphones, em relação ao impacto na qualidade de vida e ao risco de desenvolvimento da nomofobia. Métodos: A amostra foi composta por 96 usuários de smartphones que responderam a um conjunto de perguntas baseadas no formulário: questionário para avaliação de dependência de smartphone (Khoury, 2017) que abordava afirmações relacionadas à dependência ao celular. As afirmações podiam ser respondidas de forma positiva ou negativa. Os dados foram analisados com o auxílio da estatística descritiva. Resultados e discussão: Constatou-se que 90,6% (87) da amostra é composta por jovens entre 14 e 20 anos e 62,5% (60) do gênero feminino. Entre as mulheres, 53,3% (32) obtiveram escore positivo para a tendência à nomofobia. Apesar dos sintomas de ansiedade, a dependência ainda não se manifesta na maioria dos participantes, foi observado em 65,6% (63) da amostra que algumas atitudes já são evidentes, como olhar mensagens ou aplicativos continuamente, esperando alguma interação social recente. Conclusão: Identificou-se que o uso excessivo de aparelhos eletrônicos capazes de acessar a internet é o principal fator para o desenvolvimento da nomofobia, interferindo negativamente na qualidade de vida de indivíduos. Dentre eles, os mais jovens, com mais acesso à internet, revelam-se mais propensos a apresentar manifestações clínicas da nomofobia.
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