Uso do Desfibriladores externos automáticos (DEA) por pessoas leigas no atendimento Pré-hospitalar: Uma Revisão Integrativa da Literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.15989Palavras-chave:
Desfibrilador externo automatizado; Ressuscitação cardiopulmonar; Suporte básico de vida; Parada cardiorrespiratória.Resumo
Objetivo: Analisar as evidências científicas disponíveis na literatura sobre uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA) por pessoas leigas no atendimento Pré-hospitalar. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A busca realizada identificou 207 artigos, 162 na PUBMED, 28 no LILACS e 17 na BDENF. A seleção dos artigos para a elaboração do estudo iniciou pela exclusão de 27 artigos duplicados nas bases de dados; realizou-se análise dos títulos, resumos e os descritores de 180 artigos. Assim, foram selecionados inicialmente 29 artigos para leitura integral a partir dos critérios de inclusão, considerando o recorte temporal de 2015 a 2020, onde foram excluídos 17 artigos, dos quais foram elencados 12 textos completos para leitura e síntese. Resultados: Ficou evidenciado que os casos de paradas cardíacas fora do hospital ocorrem com frequência no mundo, levando a morte frequente dos pacientes, também se evidenciou que a desfibrilação precoce pode salvar tais vidas. As pesquisas remetem a uma série de lacunas em relação ao conhecimento das medidas e procedimentos técnicos de Suporte Básico de Vida (SBV) por pessoas leigas, assim como, a utilização do DEA em vítimas de paradas cardíacas fora do ambiente hospitalar. Conclusão: A pesquisa sintetiza as evidências científicas disponíveis na literatura sobre uso DEA por pessoas leigas no atendimento Pré-hospitalar; os dados apontam para um cenário de que a identificação das paradas cardiorrespiratórias fora do ambiente hospitalar e o início precoce de manobras contidas nas práticas de SBV nas vítimas em PCR é fundamental para aumentar a sobrevida.
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