Deficiência auditiva e ensino superior: percepções de estudantes e profissionais em uma Instituição Pública Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i1.1603Palavras-chave:
Perda auditiva; Educação Superior; Auxiliares de Audição; Inclusão EducacionalResumo
O objetivo deste estudo foi identificar a percepção de alunos com deficiência auditiva e de profissionais do Núcleo de Acessibilidade de uma Instituição de Ensino Superior pública sobre as políticas e ações de acessibilidade e permanência no ensino ofertada na instituição na qual estão vinculados. Verificar associação entre a Modalidade Linguística preferencial dos alunos com deficiência auditiva com as respostas quanto às políticas de acessibilidade e permanência no ensino em uma instituição de ensino superior. Além de identificar as barreiras arquitetônicas e comunicacionais que interferem no desempenho acadêmico destes alunos. Participaram deste estudo 14 alunos com deficiência auditiva e cinco profissionais do Núcleo de Acessibilidade da Instituição de Ensino Superior. A coleta ocorreu por meio de questionário online. Os resultados identificaram que os dois grupos não obtiveram percepções semelhantes quanto a acessibilidade e permanência. Não houve diferença estatística entre a modalidade linguística e as respostas quanto a acessibilidade e permanência no ensino superior. Os estudantes relatam como principais barreiras arquitetônica e comunicacionais: sala de aula, dificuldade de aprendizagem e dificuldade em acompanhar os conteúdos durante as aulas. Esta pesquisa verificou que há divergência entre as percepções dos alunos e dos profissionais. Independente da modalidade lingüística preferida, os alunos com deficiência auditiva possuem as mesmas percepções sobre acessibilidade e permanência no ensino superior. As barreiras arquitetônicas e comunicacionais foram identificadas na amostra estudada.
Referências
Brazil. (2008) ‘Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva.’ <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf> (Accessed 24 march 2019).
Brazil. (2013) ‘Censo da educação superior’. <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/apresentacao/2014/coletiva_censo_superior_2013.pdf> (Accessed 24 March 2019).
Convertino CM, Marschark M, Sapere P, Sarchet T & Zupan M. (2009) ’Predicting academic success among deaf college students.’ Journal of deaf studies and deaf education, 14(3), 324-343.
Ciantelli APC & Leite LP. (2018) ’Actions taken by accessibility centers in Brazilian Federal Universities.’ Revista Brasileira de Educação Especial, 22(3), 413-428.
Cruz ADD, Angelo TCSD, Lopes AC, Guedes DMP, Alves TKM, Fidêncio VLD, Moret ALM & Jacob RTDS. (2017) ‘Classroom acoustical screening survey worksheet: translation and cultural adaptation to Brazilian Portuguese.’ Audiology - Communication Research, 22, e1766.
Delgado-Pinheiro EMC & Omote S. (2010) ‘Teachers’ knowledge about hearing loss and attitudes towards the inclusion.’ Revista CEFAC, 12(4), 633-640.
Díez AM, Gavira RL & Molina MV. (2015) ‘Students with disabilities in higher education: a biographical narrative approach to the role of lecturers.’ Higher Education Research & Development, 34(1), 147–159.
Gavaldão N & Martins SO. (2016) ‘Implicações para os surdos no ensino superior.’ Journal of Research in Special Educational Needs, 16(1), 592-597.
Leonel WS, Leonardo NT & Garcia RB. (2015) ‘Public of accessibility policies in higher education: implications for the education of the student with disability.’ Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 10, 661-72.
Martins DA, Leite LP & Lacerda CF. (2015) ‘Public policy for disabled persons´ access to higher education in Brazil: an analysis of educational indicators.’ Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 23(89), 984-1014.
Mazzotta MJS & D'Antino MEF. (2011) ‘Social inclusion of people with disabilities and special needs: culture, education and leisure.’ Saúde e Sociedade, 20(2), 377-389.
Melo FRLV & Araujo ER. (2018) ‘Accessibility Centers in Universities: reflections from an institutional experience.’ Psicologia Escolar e Educacional, 22, 57-66.
Mieghem AV, Verschueren K, Petry K & Struyf E. (2018) ‘An analysis of research on inclusive education: a systematic search and meta review.’ International Journal of Inclusive Education, 1-15.
Moriña, A. (2017) ‘Inclusive education in higher education: challenges and opportunities.’ Journal of Research in Special Educational Needs, 32(1), 3-17.
Moura AF, Leite LP & Martins SO. (2016) ‘Possibilidades de acesso à universidade: estudantes surdos em questão.’ Journal of Research in Special Educational Needs, 16(1), 876-879.
Omote S. (2016) ‘Atitudes em relação à inclusão no ensino superior’. Journal of Research in Special Educational Needs, 16(1), 211-215.
Pletsch MD, De Melo FRLV. (2017) ‘Structure and functioning of the accessibility centers on federal universities of the southeast region.’ Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 12(3), 1610-1627.
Powell D, Hyde M &Punch R. (2013) ‘Inclusion in postsecondary institutions with small numbers of deaf and hard-of-hearing students: highlights and challenges.’ Journal of deaf studies and deaf education, 19(1), 126-140.
Santana AP. (2016) ‘A inclusão do surdo no ensino superior no Brasil.’ Journal of Research in Special Educational Needs, 16(1), 85-88.
Strnadová I, Hájková V & Kvetonová L. (2015) ‘Voices of university students with disabilities: inclusive education on the tertiary level – a reality or a distant dream?’ International Journal of Inclusive Education, 19(10), 1080-1095.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.