A influência das redes sociais no uso irracional de medicamentos para combate ao COVID-19 por estudantes do curso de farmácia e profissionais de uma instituição de ensino superior privada
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16069Palavras-chave:
Pandemias; COVID-19; Redes sociais; Uso irracional de medicamentos; Excesso de informação.Resumo
A facilidade de acesso à informação por meio das diversas redes sociais, tornou-se potencialmente nocivo, tendo em vista, o costumeiro hábito da população de indicar medicamentos para um parente, amigo ou conhecido por meio do uso de consulta das redes sociais tem levado ao aumento do uso irracional de medicamentos. Dessa maneira, o objetivo da pesquisa foi avaliar o quanto a hiperinformação aumentou o uso irracional de medicamentos e a automedicação durante a pandemia do COVID-19, além das consequências da disseminação de Fake News a respeito do tratamento da doença sem a orientação de um profissional habilitado. Foi utilizada uma metodologia exploratória e descritiva com aplicação de questionário online para alunos do curso de farmácia e funcionários de uma faculdade particular do interior da Bahia, contendo 54 participantes. Os resultados foram significativos, a respeito da influência dessas redes sociais no consumo de medicamentos principalmente para o tratamento preventivo do COVID-19, cerca de 73,6% dos indivíduos realizaram a automedicação por medo de se contaminar, embora 81,9% desses participantes não se enquadrarem no grupo de risco. Além disso, grande parte dos entrevistados relataram estar mais ansiosos e estressados com as informações veiculadas. Apesar dos vários meios disponíveis para se obter informações se faz necessário uma maior fiscalização em relação a veracidade das notícias e informes circulantes. Deste modo é necessario a valorização do profissional da saúde, principalmente o farmacêutico responsável pelo último elo entre o paciente e o cuidado continuado que auxilia na diminuição da automedicação.
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