Avaliação de desempenho do processo de descentralização das ações de Vigilância Sanitária no Estado do Rio de Janeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16070

Palavras-chave:

Vigilância sanitária; Vigilância sanitária, descentralização e séries temporais interrompidas.; Descentralização; Séries temporais interrompidas.

Resumo

Objetivo: Avaliar o desempenho do processo de descentralização das ações de vigilância sanitária no Estado do Rio de Janeiro. Método: Pesquisa avaliativa com uso de métodos mistos. Primeiro foi conduzida pesquisa documental sobre o processo de descentralização da vigilância sanitária no Estado do Rio de Janeiro. Em sequência método quase-experimental, séries temporais interrompidas, foi aplicado para testar efeitos imediatos e graduais da intervenção sobre o indicador “percentual de municípios que realizam no mínimo seis grupos de ações de vigilância sanitária consideradas necessárias a todos os municípios no ano”. Essa informação foi extraída do Sistema de Informação Ambulatorial. Em ambas as abordagens o período de análise compreendeu 2010 a 2019. Resultados: A linha do tempo foi fundamental para explicitar o caminho percorrido no processo de descentralização da vigilância sanitária no Estado destacando os principais marcos, avanços e desafios que emergiram nesse contexto. A regressão segmentada mostrou que a partir da ampliação da intervenção no Estado houve um aumento (β2) no patamar de 5,12% (p = 0,0000) na execução das ações pactuadas. Com o passar do tempo, a tendência (β3) apresentou queda de -8,39% (p = 0,1370). Foi identificado aumento estatisticamente significativo do nível do indicador nas regiões Baixada Litorânea (β2: 19,90%, p = 0,0000 e IC 95%: 44,6582 - 55,1423), Médio Paraíba (β2: 15,01%, p = 0,0000 e IC95%: 37,8740 - 52,1592), Serrana (β2: 12,80%, p = 0,0000 e IC95%: 17,9140 - 22,1812), Metropolitanas I (β2: 37,82%, p = 0,0002 e IC95%: 28,5069 - 47,1460) e Metropolitana II (β2: 55,05%, p = 0,0011 e IC 95%: 43,2534 - 86,8552). Apenas a região Serrana apresentou tendência de redução de β3:  -10,63% estatisticamente significativa (p = 0,0000). Conclusão: Os achados sinalizam que o processo de descentralização necessita de efetivo apoio técnico e administrativo para ser legitimado numa perspectiva social que vise à promoção de ações integradas.

Biografia do Autor

Ana Lucia Carvalho de Oliveira, Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro

Superintendência de Vigilância em Saúde

Bianca Ramos Marins Silva, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Instituto de Saúde Coletiva

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Publicado

23/06/2021

Como Citar

OLIVEIRA, C. M. de .; OLIVEIRA, A. L. C. de; SILVA, B. R. M. Avaliação de desempenho do processo de descentralização das ações de Vigilância Sanitária no Estado do Rio de Janeiro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 7, p. e35110716070, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i7.16070. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/16070. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde